Centeno na despedida. “Não há vergonha em ser europeu”, in Observador, 29/9/2025

Que bom seria para Portugal ser o próximo Presidente da República! (vcs)

Não devemos ter vergonha de ser europeus, pelo contrário“, defendeu Mário Centeno, num discurso que deverá ser o último como governador do Banco de Portugal. Num evento que comemora os 10 anos do Mecanismo Único de Resolução, em Lisboa, o (ainda) governador afirmou, perante uma audiência internacional, que “a Europa tem sido, nos últimos anos, o maior pilar de estabilidade em todo o mundo“, acrescentando que nem perante a maior crise económica do século (a crise pandémica) nem perante o surto inflacionista “alguma vez a estabilidade financeira esteve em causa“.

Mário Centeno focou-se em temas europeus, neste discurso em inglês, mas lembrou que Portugal foi, talvez, o país que mais sentiu na pele, até agora, a importância de ter um mecanismo de resolução comum. Numa referência implícita às resoluções do Banco Espírito Santo (BES) – que ocorreu ainda antes da entrada em vigor, de forma plena, do mecanismo europeu de resolução bancária – e, também, do Banif, Centeno lembrou que Portugal foi um dos países onde o “sistema foi testado” e “mostrou capacidade” para reagir.

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Carneiro tenta “diversidade” e grupo de conselheiros, in Observador, 5 junho 2025

O novo líder do PS queria manter alguns membros da anterior direção do PS na sua equipa para dar um sinal interno de unidade, mas teve dificuldades. Nos convites para a nova direção, José Luís Carneiro deparou-se com negas, mas sobretudo indisponibilidades manifestadas logo à partida. A maioria dos socialistas que tinha feito parte da equipa mais próxima de Pedro Nuno Santos não esteve disponível para ficar, alguns preferindo manter-se apenas na direção da bancada parlamentar. Carneiro foi à procura de pontes por outros lados para garantir “diversidade”.

Este sábado, depois de aprovar o novo secretariado na Comissão Nacional do PS, vai também anunciar que pretende criar um Conselho Estratégico que junte notáveis do partido e figuras que representem várias áreas da sociedade civil. A ideia de Carneiro é que esta estrutura possa reunir-se a cada três meses e que seja um “espaço de aconselhamento do secretário-geral”, explica fonte do partido.

Este Conselho vai, depois, coordenar-se com o gabinete de estudos do PS para o qual Carneiro ainda procura um diretor. Um dos nomes que tentou ter à frente desta estrutura foi o de Ascenso Simões. mas o antigo deputado e secretário de Estado (que tem sido uma voz socialista presente na opinião publicada, com críticas a várias lideranças) não aceitou, segundo apurou o Observador. O gabinete ganha especial importância numa altura em que o partido estão não só na oposição, como tem a necessidade de promover uma reflexão interna depois do desastre eleitoral nas legislativas.

Legislativas. Nova sondagem mostra Partido Socialista à frente da Aliança Democrática, in Observador, 11-04-2025

Oiça aqui o episódio de sexta-feira, 11 de Abril de 2025 do Noticiário

A última sondagem da Intercampus mostra o PS à frente da AD. No entanto, ainda existe empate técnico. À esquerda, o PAN ultrapassou o BE nas intenções de voto.

Para quem acha que, por mau que seja, só há um culpado | Jaime Nogueira Pinto, in Observador, 21-03-2022

Retirado do Facebook | Mural de Rodrigo Sousa e Castro

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Em 1815, no Congresso de Viena, os vencedores da guerra contra o Império napoleónico tiveram o cuidado de não humilhar a França, de fazer de conta que a Revolução e Napoleão eram os únicos culpados dos 25 anos de guerra na Europa, que esses anos de guerra e sofrimento não tinham nada a ver com o povo francês e que a restauração dos Bourbon curava as feridas passadas.

Cem anos depois, os vencedores da Grande Guerra fizeram do Tratado de Versalhes uma paz punitiva para a Alemanha e para o povo alemão, pondo a primeira pedra para o que seria a vertiginosa ascensão de Adolf Hitler.

Em 1945, as políticas seguidas com a Alemanha e o Japão vencidos foram diferentes. A Alemanha ficou dividida, mas como a Guerra Fria começou logo a seguir, soviéticos e ocidentais, depois dos primeiros tempos de brutal ocupação, tiveram o cuidado de tratar bem os “seus” alemães.

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