O MOTIM DE PRIGOZHIN | José Manuel Correia Pinto

Há quem defenda a tese de que o motim do Grupo Wagner, chefiado por Prigozhin, não passou de uma encenação destinada a criar o ambiente que permita ao Kremlin escalar o conflito, seja com nova mobilização de forças, seja mediante a utilização de outros meios e identificação de outros alvos.

Não me parece que esta seja a origem do motim.

Parece-me muito mais aceitável uma explicação mais próxima da realidade conhecida 

O Grupo Wagner, depois da vitória de Bakmut, não mais voltou a ter a autonomia com que até então actuou. Uma autonomia que desagradava às forças armadas convencionais e às chefias militares, estando por isso prevista a sua integração nas forças armadas como forças especiais, desde que os seus combatentes aceitassem ou para os combatentes que aceitassem o regime previsto.

Isto desagradava a Prigozhin  por várias razões. Antes de mais por razões financeiras, mas também pela perda de autonomia e de comando que tal integração acarretaria.

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