LUTERO – 508.º aniversário das Teses de Lutero – 31 de outubro de 1517, por Carlos Esperança

Há 508 anos, Martinho Lutero enviou as famosas 95 Teses anexadas a uma carta a Alberto de Mainz, Arcebispo de Mainz, tornando-se este monge agostiniano na principal referência da Reforma Protestante.

Ter posto em causa dogmas da Igreja católica e, sobretudo, a autoridade do Papa, foi a heresia que fez mais pelo progresso e pela emancipação do pensamento do que todas as verdades aceites até aí.

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Proclamação da República | 5 de Outubro de 1910, por Carlos Esperança

Viva a República!

Há 114 anos, ao meio-dia, na Câmara Municipal de Lisboa, Eusébio Leão proclamou a República, perante a aclamação jubilosa de milhares de populares.

A ação doutrinária e política levada a cabo pelo Partido Republicano Português, desde a sua criação, em 1876, conduziu à Revolução que, iniciada em 2 de outubro de 1910, fez capitular a monarquia na data gloriosa do 5 de Outubro.

Portugal colocou-se na vanguarda dos países que aboliram a monarquia, regime que se perpetuava dentro de uma só família, com precedência etária e do sexo masculino, cuja legitimidade era a tradição e a alegada vontade divina.

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À atenção da Assembleia da República, por Carlos Esperança

Recentemente o futebolista Manuel Fernandes e o artista plástico Cargaleiro tiveram na AR um voto de pesar pela sua morte. Foi justo e merecido, mas faleceram na mesma data dois capitães de Abril, o coronel Rui Guimarães e o general Franco Charais que tiveram participação importante no 25 de Abril, e foram esquecidos.

É na vergonhosa amnésia parlamentar que a reescrita da História está a ser feita sem um sobressalto cívico. Foi, aliás, o lamento do capitão de Abril, Rodrigo Sousa Castro, no Twitter que me levou a deplorar o esquecimento dos deputados. Aqui fica o testemunho da minha indignação.

A União Europeia (U.E.) e a guerra na Ucrânia, por Carlos Esperança

Não discuto a bondade do apoio da U.E. a esta guerra, mas gostaria de pôr em causa a sensatez das suas decisões perante as consequências, sem ser acusado de estar ao lado da Rússia.

Há mais de dez anos que acompanho a guerra civil na Ucrânia e, há mais de dois, a sua escalada após a invasão russa. Já ouvi todos os prognósticos, e demasiados argumentos para justificar a continuação da guerra que devora as juventudes da Ucrânia e da Rússia e os recursos financeiros da UE.

Não me atrevo a discordar das boas razões, mas permitam-me a reflexão, sem anátemas ou insultos, para prosseguir a guerra, arriscando a vida de todos os europeus, o que só é legítimo se essa for a vontade democrática dos europeus, livremente expressa.

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