PREVENÇÃO SÍSMICA: ESPERAR O INESPERADO António Carias de Sousa, Ordem dos Engºs, in “Anteprojectos”

O terramoto de 1755 é mais do que uma simples nota de rodapé nos livros de história portugueses; é um marco inesquecível na consciência coletiva do nosso país. Desde cedo, somos ensinados sobre a devastação do terramoto naquele fatídico dia. É um evento que transcende as páginas dos livros e se entranha no tecido da nossa cultura, manifestando-se até em expressões quotidianas como ‘ficou resvés Campo de Ourique’.

Não é segredo nenhum que Portugal está situado numa região sísmica ativa, exposta a terremotos, especialmente ao longo da falha tectónica entre a placa euro-asiática e a placa africana. O terremoto de Lisboa, no dia de Todos os Santos do ano de 1755, teve um impacto devastador na cidade. Desde então, só tem havido ligeiros abalos, tendo sido o mais significativo aquele que se registou em Fevereiro de 1969.

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