Ucrânia | por Rainer Matos-Franco

Internacionalista por El Colegio de México y maestro en Estudios de Rusia y Eurasia por la Universidad Europea de San Petersburgo. Colaborador frecuente en Istor (CIDE), Nexos, la Revista de la Universidad de México y Este País. Es autor de la Historia mínima de Rusia (México, El Colegio de México, 2017).

Não custa nada aprender, basta um pouco de paciência e vontade, além de curiosidade. Este texto foi traduzido do espanhol e terá por isso algumas imprecisões meramente gramaticais. (Rodrigo Sousa e Castro).

Rainer Matos-Franco

O que hoje é conhecido como “Ucrânia” reúne territórios muito diversos – em termos políticos, econômicos, sociais, culturais, religiosos e linguísticos – que formaram uma única entidade política até 1954, quando Nikita Khrushchev cedeu a maioria étnica República Autônoma da Crimeia Russa, a República Socialista Soviética da Ucrânia.

Mesmo nos últimos anos temos visto rearranjos territoriais mesmo naquele país, como a anexação da própria Crimeia à Rússia em março de 2014. A última região que foi incorporada à Ucrânia antes de 1954 foi o que é amplamente conhecido como Galícia em 1939, com a União Soviética invasão da Polônia pelo leste para “proteger” as minorias rutenas do avanço alemão do oeste.

Ao contrário da Ucrânia soviética entre 1917 e 1939, onde o conteúdo nacional foi impulsionado de cima com a política de nacionalidades ou Korenizatsiia – promovendo a cultura e a língua ucraniana para conter o nacionalismo –(Martin, 2001), as minorias políticas ucranianas na Polônia do entreguerras, que eram maioria em províncias como Volínia, se radicalizaram ao longo dos anos. Além da tentativa caótica e complicada de estabelecer uma Ucrânia independente durante a Guerra Civil Russa (1917-1921), o movimento nacionalista radical ucraniano nasceu na Polônia anos depois e logo optou pelo radicalismo. Desde 1929, foi fundada em Viena a Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN), um típico movimento fascista que buscava libertar-se do jugo polonês e, em segundo lugar, estabelecer laços com a nação ucraniana ampliada na Ucrânia soviética.

Continuar a ler