Um romance sobre a fragilidade do amor | Marta Barbosa Stephens | por Adelto Gonçalves 

Com “As viúvas passam bem”, Marta Barbosa Stephens se reafirma como uma das principais romancistas do Brasil de hoje.


            Depois de fazer sua estreia como romancista com Desamores da portuguesa (Rio de Janeiro, Imã Editorial, 2018), obra que conta a história de vida de uma rapariga lusitana, de 41 anos, sem nome, que vive um triplo autoexílio do país, da língua e do passado, Marta Barbosa Stephens volta a exercitar o gênero com As viúvas passam bem (São Paulo, Folhas de Relva Edições/São Paulo Review Produções, 2023), livro finalista do Prêmio Leya de 2021, de Portugal, em que torna a exibir um texto fluente, sóbrio, em vários momentos poético e com passagens bem-humoradas.
A obra traz também algumas “cenas muy calientes de êxtase amoroso, em linguagem direta, sem metáforas”, como bem salienta o jornalista e escritor Hugo Almeida no texto de apresentação. Enfim, trata-se de um romance sobre a fragilidade de um amor que, aparentemente, mostra-se perfeito e que, de repente, em razão dos inesperados movimentos da vida, perde-se, embora seja sempre possível um recomeço, ainda que com outro(a) parceiro(a).

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