“Cidades têm de crescer e só crescem para cima ou para o lado”, Pedro Siza Vieira, in Idealista.pt

O Governo já anunciou que levará em breve a Conselho de Ministros uma nova proposta de reforma do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE), no âmbito do simplex dos licenciamentos. E também há mudanças à vista na revisão do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), a polémica lei dos solos, como é chamada. Pedro Siza Vieira considera que o caminho a seguir para se fazer mais habitação em Portugal passa por construir mais casas, o que “significa que as cidades têm de crescer”. “E só crescem para cima ou para o lado. Portanto, ou expandimos os aglomerados urbanos ou deixamos construir em altura”, diz ao idealista/news o ex-ministro de Estado da Economia e da Transição Digital. 

Salientando que “não se responde ao problema da habitação de um momento para o outro”, Pedro Siza Vieira lembra que em 2015, 2016 eram construídos 7.000 fogos novos por ano, um número que tem de crescer bastante para dar resposta às necessidades atuais, sendo necessário fazer 40.000, 50.000 fogos por ano. “Mas pôr a máquina a andar demora tempo”, adianta.

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“As Fomes Inaugurais”, de Whisner Fraga, por Adelto Gonçalves

O clamor dos deserdados da terra
Em novo livro, Whisner Fraga reúne 55 minicontos que reproduzem o drama dos excluídos que vivem nas ruas de São Paulo. E o faz sem perder a ternura
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Histórias dos deserdados da terra que habitam as ruas de São Paulo compõem As fomes inaugurais (Editora Sinete, 2024), o mais recente livro de Whisner Fraga, autor de mais de uma dezena de obras nos gêneros romance e contos, algumas premiadas. Desta vez, são 55 minicontos sobre personagens que se acostumaram a viver à margem de uma sociedade que não só não tem interesse em acolhê-los como faz questão de enxotá-los de suas calçadas. 

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