Primeiro-Ministro Britânico, Winston Churchill

Retirado do Facebook | Mural de José Rafael Trindade Reis

Era um homem difícil. Fumava charutos na cama e queimava o pijama e os lençóis.

Às vezes bebia — até demais.

A sua vida foi feita de altos e baixos. Lutava, errava, quebrava-se e voltava a erguer-se.

Mas uma coisa nunca mudou — amava a sua esposa infinitamente. Ninguém mais — nem literalmente, nem em sentido figurado. Na maior parte do tempo, só ouvia a si mesmo.

Não era bonito. Não fazia desporto.

E, no entanto, amava-a acima de tudo.

Não sabia viver sem ela.

Embora também a ela — por vezes — não escutasse.

E ela encontrou o seu caminho. Não gritava, não precisava provar que tinha razão.

Começou a escrever-lhe cartas.

Cheias de amor e ternura. Com pedidos, explicações, direções.

Às vezes apenas um pequeno coração no fim — como fazemos hoje nas mensagens.

Ele lia. E mudava.

As suas palavras davam-lhe força. Nunca discutiam.

E em todos aqueles anos ele nunca a traiu — embora antes do casamento tivesse sido um homem muito diferente.

Amou-a durante 57 anos.

E depois — partiu, já idoso.

E Clementina ficou sozinha. Sem ele. Sem sentido.

Repetia sempre:

«Quero ir ter com ele. Já não tenho ninguém nem nada por quem viver.»

Um dia começou a vasculhar os seus papéis.

E encontrou uma frase escrita pela sua mão.

Palavras que soaram como uma resposta do outro mundo.

Uma resposta à sua dor. À sua pergunta: «Como continuar a viver?»

E então pareceu-lhe ouvir de novo a sua voz:

«Nunca desistam. Nunca, nunca, nunca.

Nem nas coisas grandes, nem nas pequenas.

Nem nas importantes, nem nas triviais.

Nunca desistam, se isso não contrariar a honra e o bom senso.

Nunca se submetam à força.

Nunca cedam perante a superioridade numérica do inimigo.»

Ela não desistiu.

Organizou o seu legado. Publicou todas as suas obras. Concluiu o que ele tinha começado.

E depois — partiu silenciosamente para junto dele. Do homem que amara toda a vida.

Daquele que, mesmo após a morte, encontrou uma forma de a apoiar.

E de lhe recordar como vale a pena viver.

📌 Porque o amor não é só palavras.

É: ouvir. Escrever. Recordar.

E resistir — mesmo quando é terrivelmente difícil.

One thought on “Primeiro-Ministro Britânico, Winston Churchill

  1. “Tolos são, tanto espanhóis como portugueses, por não seguirem o exemplo do Ato de União da Inglaterra, Irlanda, Escócia e País de Gales”. – Winston Churchill

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