A importância dos BRICS | António Filipe | in Jornal Expresso

O acrónimo BRICS, composto a partir das iniciais do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, passará a partir do início de 2024, com a fórmula BRICS +, a integrar a Argentina, o Irão, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, a Etiópia e o Egipto como novos membros.

Para além disso, como é sabido, algumas dezenas de outros países pretendem vir a integrar esta plataforma informal de cooperação à escala mundial.

A importância dos BRICS não tem a ver com a natureza dos regimes políticos ou dos sistemas económicos dos países que integram o grupo e que são muito diversos. E não é a pertença aos BRICS ou a ausência dela que vai alterar esse estado de coisas. Há todo um mundo que separa o Brasil da Arábia Saudita em matéria de respeito pelos direitos das mulheres, assim como não há comparação entre a orientação política e ideológica do Partido Comunista que dirige o Estado Chinês e do partido de direita que governa a Índia. A questão não é essa e não é essa a lógica dos BRICS.

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