Noticias da A25A | A Biografia de Salgueiro Maia e as Circunstâncias | por Carlos Matos Gomes | Vasco Lourenço

Caros associados

Estamos em plena evocação dos 50 Anos do 25 de Abril.

Nessas comemorações – iniciadas em 23.03.2022, dia em que o tempo de vivência em Liberdade igualou o tempo que durou a tenebrosa e negra ditadura, com a condecoração de alguns dos Capitães de Abril (30) – irão desenvolver-se um conjunto de actividades que o acontecimento em causa plenamente justifica. 

Como afirmou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não devendo, nem podendo esquecer o passado, temos de aproveitar esse passado e o presente, para projectarmos o futuro.

Nós, Capitães de Abril, nunca renegando a nossa acção que provocou o derrube da ditadura e a abertura das portas à Liberdade, à Paz, à Democracia, à Justiça Social, à Solidariedade, valores que assumimos como Valores de Abril, logo, os valores porque nos batemos e continuamos a bater, temos muita honra e algum orgulho em termos cumprido todas as promessas feitas aos portugueses e ao mundo, termos entregue o poder ao povo português, democraticamente organizado, termos exigido apenas a qualidade de cidadão comum, igual aos demais.

Continuar a ler

A Informação e a Guerra na Ucrânia | por Vasco Lourenço, Presidente da Associação 25 de Abril

«A guerra na Ucrânia, resultado da agressão da Rússia a esse país – não entro aqui em considerações, sobre as razões e justificações que levaram a um conflito que, como todos os demais deve ser evitado, mas que é mais frequente do que às vezes se pretende fazer crer – tem dado lugar a inevitáveis reacções das várias partes envolvidas.

Em Portugal, os meios de comunicação social, nomeadamente os audiovisuais TV e Rádio, entraram numa calorosa e animada discussão sobre a guerra. 

Mais do que informação, lançam para a via pública catadupas de “informação”, mais próprias de acção psicológica, seja sobre o inimigo, seja sobre as nossas tropas, do que aquilo que os cidadãos esperariam de órgãos de comunicação social. Assim se transformando, também eles, em autênticos combatentes.

Como temos visto, porque a “outra parte” se tem encarregado de o desmascarar, de um e outro lugar, isto é, de uma e outra parte, o recurso à criação e utilização de notícias falsas (hoje conhecidas por fake news) atingiu tal intensidade que torna difícil a um cidadão ficar devidamente elucidado. O que, pelo que se tem visto, pouco interessa à maioria das pessoas. Lamentavelmente, nesta como em muitas  outras situações, cada um acredita no que quer acreditar. E quando a “informação ” recebida vai ao encontro disso …

Continuar a ler

“Congresso da Cidadania. Ruptura e Utopia para a Próxima Revolução Democrática”

cdc

Celebramos os 40 anos do 25 de Abril. Durante um ano celebrámos os valores de Abril de Liberdade, de Justiça, de Solidariedade. Durante um ano a Associação 25 de Abril promoveu, incentivou, acompanhou e participou em acções onde os portugueses, por todo o país e onde quer que se encontrem no mundo, reafirmaram a sua vontade em construir uma sociedade regida pelos valores do que se pode resumir a uma palavra: dignidade.

Dignidade foi o objectivo que os militares referiram desde os primeiros tempos da conspiração que iria culminar no acto decisivo em 25 de Abril de 1974. Logo nos seus primeiros documentos de intenções, os militares do 25 de Abril afirmaram o seu propósito de restituir a dignidade ao povo português. Era essa intenção que os motivava. Era essa, como é hoje, a força que os determinava e determina.

Os três “D” contidos no Programa do MFA são os da Dignidade. Democratizar, para derrubar uma ditadura que oprimia e infamava a dignidade de homens e mulheres livres. Desenvolver, para assegurar a vida digna a cada um dos cidadãos, a dignidade de ter educação, uma habitação, um trabalho justamente remunerado, assistência na doença, na invalidez, na velhice, a dignidade de relações económicas que impeçam a indigna oposição entre os que tudo têm e os que nada possuem. Descolonizar, para que Portugal se integrasse como uma Nação digna na comunidade internacional, respeitando o direito dos outros povos, conquistando para si um lugar entre os que defendem a paz, o respeito pelos valores, a supremacia do entendimento, a criação de um sistema internacional que promova uma justa troca de bens e riquezas, que promova o desenvolvimento sustentado.

Continuar a ler