Spínola e a Revolução, de Francisco Bairrão Ruivo

SpínolaeaRevolucao_FBRDesde finais do marcelismo que a acção do general António de Spínola apontava para a chegada ao poder, estando umbilicalmente ligada à questão africana. Com o golpe miltar de 25 de Abril de 197 4, tomava-se o primeiro Presidente da República após o Estado Novo. Até Setembro desse ano, procurará reforçar os poderes presidenciais, retardar descolonização e aplicar -lhe uma via federalista. impor um projecto político assente na limitação de direitos e liberdades. na contenção da democratização e, fundamentalmente, do que se afirmava como uma revolução.
Meses depois, regressaria com o precipitado golpe de 11 de Março de 1975.
Neste livro analisa-se esta caminhada do spinolismo. Se o fio condutor é Spínola, nem por isso são esquecidas outras vozes e protagonistas: militares, políticos, dirigentes partidários, líderes africanos, artistas, intelectuais, estudantes, mulheres, operários, membros de comissões de moradores e trabalhadores, enfim, a sociedade, aquilo que se chama de «povo».
Será, precisamente, nesse «povo», ou parte dele, nos movimentos sociais e na revolução que Spínola encontrará a razão fundamental do fracasso do seu projecto político.

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