Governo assinou 300 acordos com autarquias para acelerar habitação | in DN 22 julho 2024

Luís Montenegro pediu “esforço” e “empenho” aos municípios para que o país consiga cumprir a meta de ter 26 mil fogos construídos e reabilitados em dois anos, de forma a responder à crise da habitação.

O Governo deu esta segunda-feira mais um passo na missão de acelerar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na área da Habitação com a assinatura de acordos com 18 municípios para a construção de 4483 habitações no âmbito do programa Construir Portugal, numa dotação total de 454 milhões de euros. Na cerimónia, que decorreu na Residência Oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, foram firmados os acordos com Almada, Alcochete, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Odivelas, Oeiras, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira. O protocolo estendeu-se ainda às autarquias de Fafe, Guimarães, Lamego e Matosinhos.

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O que Fizemos da Nossa Liberdade, 50 Anos de democracia em Portugal, de Joaquim Vieira

SINOPSE | As eleições de 10 de março de 2024, quase coincidindo com as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, têm sido vistas como o encerramento de um ciclo de meio século da recente história de Portugal. Vale, por isso, a pena olhar com atenção para este período em que os Portugueses viveram, pela primeira vez, em plena liberdade, e fazer um balanço necessário, se não urgente, para se perceber como chegámos até aqui.

Joaquim Vieira, jornalista de formação desde 1974 e autor de diversos livros dedicados à análise do país contemporâneo, enumera o que de mais significativo aconteceu em democracia até hoje nas diversas áreas da vida pública nacional, assim como os principais protagonistas e as tendências que se foram desenhando.

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SPINOZA, VERTIGEM DA IMANÊNCIA, por Marcos Bazmandegan

Spinoza, no dizer de Deleuze & Guattari, foi o príncipe dos filósofos, aquele que soube plenamente movimentar-se, a uma velocidade incrível (veja-se a Parte V da Ética) – velocidade do terceiro género do conhecimento -, num plano de total imanência, sem qualquer compromisso com a transcendência.

Eles chamam a essa velocidade de música, tornado, vento e cordas. Spinoza “encontrou a única liberdade na imanência”. E, por isso, para eles, Spinoza cumpriu a Filosofia.

A Filosofia inaugura-se e desenvolve-se somente nestes planos de imanência. A substância e os modos spinozistas situam-se num plano assim.

Ilusão de transcendência, que precede todas as outras ilusões, ilusão das ilusões, que instaura e legitima déspotas, deuses, verticalidades e imperialismos.

Ode à imanência, ode a Spinoza, eis que concluem:

“Spinoza é a vertigem da imanência, aquela a que tantos filósofos, em vão, tentaram escapar.”