A Ética de Spinoza pode ser vista como um mapa: uma carta do mundo e da mente humana, por Marcos Bazmandegan

A Ética de Spinoza é um hipertexto. Um livro dinâmico, labiríntico, com inúmeras referências internas e quase nenhuma referência externa. Pretende ser um sistema fechado e infinito, imanente, autorreferencial.

Spinoza não remete o leitor para fora do texto, para outros autores ou obras. Continuamente remete para o próprio texto, para as definições e proposições anteriores que são premissas e pressupostos de outras proposições. A complexidade estrutural da Ética exprime a própria complexidade do universo, na sua teia de relações e afeções.

Na imagem abaixo vemos graficamente essa teia de relações que se estabelecem entre as cinco partes da Ética. Este mapa digital foi realizado por John Bagby, um estudante de doutoramento da Universidade de Boston e procura apresentar a estrutura argumentativa da Ética de Spinoza.

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