Medidas anunciadas são insuficientes mas é importante “garantir que as insuficiências se concretizam”, Paulo Raimundo, in LUSA, 23-08-2025

Almada, Setúbal, 22 ago 2025 (Lusa) – O secretário-geral do PCP disse hoje que as medidas anunciadas pelo Governo em resposta aos incêndios são insuficientes, mas que a questão principal “é garantir que as insuficiências se concretizam”.

“Ontem [quinta-feira], o Governo anunciou um conjunto de medidas para enfrentar de forma mais urgente as questões decorrentes dos incêndios, insuficientes,. Mas a questão principal não é apenas a insuficiência das medidas é garantir que mesmo as insuficientes se concretizam”, disse.

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PCP defende que acesso à habitação não se resolve com mexidas na taxa de esforço | Paulo Raimundo

Cantanhede, Coimbra, 02 jul 2023 (Lusa) – O secretário-geral do PCP defendeu hoje que o acesso à habitação não se resolve com o aumento da taxa de esforço nos empréstimos, admitida pelo Banco de Portugal, mas sim com o aumento dos salários e das pensões.

“O Banco de Portugal parece que vai mexer na taxa de esforço para que seja possível mais gente aceder ao crédito, mas o problema de cada um de nós e do país não são as taxas de esforço – são o preço das casas e os vergonhosos lucros que a banca arrecada”, disse Paulo Raimundo.

O líder comunista, que discursava na praia fluvial Olhos da Fervença em Cantanhede, no distrito de Coimbra, no convívio do Passeio das Mulheres CDU do Porto, salientou que o grande problema são os salários e pensões baixas, que “não conseguem resistir a estes aumentos brutais”.

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Paulo Raimundo, o homem dos vários ofícios que chega a secretário-geral do PCP | in Lusa

A infância foi passada entre a vivência “de rua” e a acompanhar a mãe nos trabalhos na agricultura, nas limpezas e nas obras. Aos 46 anos é o novo líder do PCP, partido ao qual se juntou em 1991, aquando da implosão da União Soviética.

Paulo Raimundo entrou para os órgãos diretivos mais restritos do PCP no último Congresso, em 2020, e exerceu vários ofícios que o ligam ao mundo do trabalho, substituindo, aos 46 anos, Jerónimo de Sousa na liderança do partido.

Nas notas biográficas divulgadas pelo PCP, destaca-se que o dirigente comunista “começou como carpinteiro, foi padeiro e animador cultural na Associação Cristã da Mocidade na Bela Vista”, realidades que “lhe permitiram medir o pulso às “contradições do dia-a-dia”, como os baixos salários, a exploração e a precariedade, mas também a “camaradagem e solidariedade” entre os trabalhadores.

A divulgação do nome proposto para secretário-geral, depois de uma “auscultação” às estruturas comunistas, foi feita pelo gabinete de imprensa do PCP em comunicado ao início da noite de sábado e causou alguma surpresa já que Paulo Raimundo é conhecido nas bases do partido mas relativamente desconhecido na esfera mediática.

Num comício comemorativo dos 101 anos do PCP, no início do ano, fez uma intervenção com o título “a força organizada dos trabalhadores é capaz de tudo” e pronunciou-se contra o aumento do custo de vida, da alimentação à energia, que atribuiu a uma “autêntica pilhagem liberal que há muito está em curso”.

O dirigente aderiu à JCP em 1991, e ao PCP em 1994, passando a funcionário dez anos depois. Apenas dois anos depois de se filiar, é eleito membro do Comité Central e e 2016 sobe ao Secretariado. Em 2000, no XVI Congresso, em 2020, é eleito para a Comissão Política do Comité Central comunista, acumulando a presença nos dois órgãos mais restritos da direção, ao lado de nomes como Jerónimo de Sousa, Francisco Lopes, Jorge Cordeiro e José Capucho.

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