A prisão do Gungunhana pelo “valente Mousinho” – no DN

O DIA EM QUE O DN CONTOU: O ‘leão de Gaza’, senhor do segundo maior império de África no século XIX, seria capturado a 28 de dezembro de 1895, pelo jovem major de cavalaria Mouzinho de Albuquerque. A notícia chegaria a Lisboa sete dias depois. O folhetim haveria de marcar presença nas páginas do DN entre 4 e 10 de janeiro. E regressar de 13 a 16 de março para relatar a chegada da “pretalhada” que, metida numa jaula, atravessaria a cidade e pararia no Jardim Botânico… para exibição.
Um artigo de Artur Cassiano.

No dia em que Gungunhana desembarca na Praça do Comércio, não é só o régulo Moçambicano que se encontra perdido, também Mouzinho lhe seguirá os passos, acabando “desterrado” de Moçambique, enviado para a corte como percetor do príncipe herdeiro. Um confronto de personalidades onde o lado selvagem e cru habita as circunstâncias de cada um. Este é um dos eixos narrativos do romance que Ana Cristina Silva dedicou a este episódio da história da presença portuguesa em África.

Um livro que o Acrítico – leituras dispersas – recomenda.

COMO SE FOSSE A ÚLTIMA VEZ, António Lopes

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«Quando o desejo de viver é imenso, uma vida não é suficiente»

A vida de C. parecia perfeita: era uma mulher bonita e inteligente, tinha um casamento realizado, um emprego estável, uma vida tranquila. Um dia, inesperadamente, o seu corpo é encontrado sem vida. Estamos perante um suicídio? Foi a jovem e bela mulher assassinada?

Enquanto o marido, homem egocêntrico e ambicioso, e a melhor amiga, racional e objectiva, procuram entender as razões da morte, o aparecimento em cena de um amante solitário e de um enigmático amigo poeta complicam uma explicação.

A par destas quatro vozes que relatam a secreta, enigmática ou frustrada relação que mantinham com a vítima, numa tentativa de compreender o mistério em volta desta morte, também a polícia vai fazendo o seu trabalho. Que segredos escondem estas quatro pessoas?

Obra de intenso mistério, Como se fosse a última vez é uma viagem às profundezas das emoções humanas e uma inteligente procura do sentido da vida. Sobretudo, quando o desejo de a viver é incontrolável…

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