“Ponto Final” | Os desafios e os problemas que marcam a atualidade nacional. O olhar de Rui Moreira sobre «um país de brandos mas cada vez piores costumes».

Antes do adeus à Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira «não deixa nada por dizer»?

Lisboa, 31 de março de 2025 – Ponto Final., da autoria de Rui Moreira, Presidente da Câmara Municipal do Porto, chega às livrarias pelas mãos da Contraponto no próximo dia 17 de abril.

Dois dias antes, a 15 de abril, o livro tem pré-lançamento marcado na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, pelas 18h30, com apresentação de Paulo Portas. Em Lisboa, a sessão de lançamento está agendada para o dia 21 de abril, pelas 18h30, no El Corte Inglés, com apresentação de Sérgio Sousa Pinto.

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A Economia do Património é o mecanismo das desigualdades que gera uma nova estrutura de classes, in República dos Pijamas, 31/3/2025

No livro The Asset Economy, Adkins, Cooper e Konings discutem o património, em especial a habitação, como o mecanismo das desigualdades das últimas décadas.

Numa entrevista a um podcast australiano em que discutia economia, e o problema específico da habitação, Yanis Varoufakis recordava os tempos em que viveu na Austrália. Entre aquilo que não deixava nenhuma saudade ao economista e político grego estavam os jantares com amigos em que as conversas deixavam-se dominar por negócios imobiliários. As discussões sobre as valorizações das casas, em que estas eram vistas como investimentos, não como algo para viver, frustraram aquele que depois veio a ser o ministro das Finanças grego. Varoufakis usou o exemplo para demonstrar como existia uma classe alargada de interessados num mercado de habitação cada vez menos acessível e isso fazia com que o problema não fosse resolvido.

A estadia de Varoufakis na Austrália viria a terminar no ano 2000, mas é fácil de notar que o foi relatado sobre a Austrália de então é uma realidade cada vez mais presente em países como Portugal. Por coincidência ou não, o livro “The Asset Economy” (aqui traduzido para A Economia do Património), escrito por um trio australiano, oferece uma perspetiva sobre o peso cada vez maior do património nas nossas sociedades, não só à mesa de jantar, mas sobre todo o sistema político e estrutura de classes.

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“Gama, Albuquerque e Magalhães tinham grandes capacidades de chefia, tenacidade, coragem e resiliência”, in DN, 29-03-2025

Historiador José Manuel Garcia vai dar segunda-feira uma conferência na Vidigueira sobre o descobridor do caminho marítimo para a Índia. Iniciativa é da Câmara Municipal e do Ministério da Cultura.

Vasco da Gama é associado a Sines, mas também à Vidigueira. Qual o papel destas duas terras alentejanas na vida do grande navegador português?

Sines e Vidigueira tiveram a maior relevância na vida de Vasco da Gama. Sines porque foi a sua terra natal, pois nasceu no castelo provavelmente em 1466. Foi essa mesma vila que em 1499 ele pediu ao rei como recompensa do feito extraordinário de ter descoberto o caminho marítimo para a Índia. D. Manuel I prometeu doar-lhe Sines em 24 de dezembro de 1499, mas infelizmente ele não pode ficar com a vila porque D. Jorge, governador da Ordem de Santiago, se opôs a tal doação.

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Papa Francisco: “obrigado a quem trabalha para ajudar o próximo”, in Euronews (Pt)

Uma semana depois de ter tido alta da policlínica Agostino Gemelli, em Roma, onde esteve hospitalizado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, o Papa Francisco volta a agradecer aos que ajudam os outros na sua oração do Angelus. Também neste domingo, o texto foi divulgado e não será lido pelo Papa.

“Amados, vivamos esta Quaresma, ainda mais no Jubileu, como um tempo de cura. Também eu a estou a viver assim, na alma e no corpo. É por isso que agradeço de coração a todos aqueles que, à imagem do Salvador, são para o próximo instrumentos de cura com a sua palavra e com o seu saber, com o afeto e com a oração”, escreve o Pontífice. “A fragilidade e a doença são experiências que todos nós partilhamos; mais ainda, porém, somos irmãos na salvação que Cristo nos deu”, acrescenta o Papa, pedindo que se reze pelos territórios atingidos por guerras e por Myanmar, atingida pelo trágico terramoto de sexta-feira.

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Horizontes de Luz | 27ª Exposição individual de José Alberto Mar, 45 obras de pintura

De 29 de Março a 10 de Maio de 2025, Centro Cultural de Rio Tinto “Amália Rodrigues”, Rua da Boavista s/n 4435-123 Rio Tinto

Comentários críticos (Resumos):
“Na obra plástica de José Alberto Mar – pintor, poeta e visionário – confluem o passado e o porvir numa linguagem criptografada de sentimentos e ciências ancestrais que se abrem para mundos para além do visível(…) É de um universo que falamos nascido da correlação plurívoca de signos, sinais, visões, onde o artista se reflete em símbolos comunicantes, representando em cada quadro a sempre nova face de um sempre eterno mundo. Assim, na sua obra, harmonizamo-nos perante arquétipos universais de raiz formal geométrica, surgidos da metamorfose dos signos num processo de morfogénese que progressivamente se tem vindo a acentuar no percurso ontológico da obra do artista, onde busca e revelação surgem indissociáveis. (…). Mais uma vez, também se nos afigura que o cunho inconfundível da arte de José Alberto Mar flui naturalmente da matriz de uma liberdade do ser e do estar como assumida celebração da vida.”
(poeta Sofia Moraes)

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ENTREVISTA | Para recordar o famoso “caso Padilla”, por Adelto Gonçalves (*)

Luta do poeta Heberto Padilla contra a opressão do regime cubano permanece viva

Ao revirar papeis e livros, encontrei uma entrevista que fiz em dezembro de 1988 com o poeta cubano Heberto Padilla (1932-2000). Foi uma entrevista feita por troca de correspondência, ainda a uma época em que não se dispunha dos meios digitais. Na carta que me enviou por correio com as respostas para as perguntas que eu lhe havia remetido, Padilla dizia que gostaria muito de conhecer melhor o Brasil, já que só tivera a oportunidade de passar algumas horas no Rio de Janeiro, a caminho de Buenos Aires, onde iria participar de um feira de livros, em 1985.

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Pedro Nuno Santos defende trabalho conjunto da Saúde e Setor Social, in LUSA e Expresso

O secretário-geral do PS defendeu no sábado a necessidade dos setores da Saúde e social trabalharem em conjunto, para melhorarem a qualidade de vida dos mais velhos e reduzirem ou conterem as despesas com cuidados de saúde.

“Nós temos que mudar completamente o paradigma e a relação entre o setor da saúde e o setor social. A saúde e a segurança social não podem andar mais de costas voltadas“, referiu.

Na sua intervenção de mais de meia hora, na apresentação pública dos candidatos do PS de Coimbra, que decorreu ao final da tarde, Pedro Nuno Santos evidenciou que a saúde e o setor social “têm de trabalhar em conjunto”.

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“A Tragédia das Almas Puras”, Fiódor Dostoiévski

A verdadeira tragédia das pessoas de bem reside na falta de resposta instantânea aos ataques. A mente não está alerta, a resposta não está pronta quando surge a adversidade.

Outros exploram sempre essa fraqueza e conquistam vitórias relâmpago – ilegítimas, cruéis, bruscas.

Mas a alma pacífica, o coração honesto, só encontra a resposta certa depois do facto, quando a batalha já está perdida.

Isto não é ingenuidade. Isto não é estupidez.

É uma pureza instintiva… maior do que deveria ser.

Fiódor Dostoiévski

Os desencontros da paz na Ucrânia, por Major-General Carlos Branco, in DN, 22-03-2025

Teve lugar, no dia 11 de março, em Jeddah, na Arábia Saudita, um encontro entre delegações norte-americanas e ucranianas para discutirem a paz na Ucrânia, marcando, assim, o início de um processo diplomático, que se espera conduza à paz. A conclusão mais relevante que saiu desse encontro foi o anúncio de um cessar-fogo temporário, de trinta dias, que passou a dominar as atenções de quem segue o tema. 

Convém, antes de mais, sublinhar que os objetivos definidos pelas partes envolvidas no conflito se encontram muito distantes. São, por enquanto, irreconciliáveis. É importante perceber onde residem as dificuldades nesse caminho de aproximação dos litigantes, antes de se discutir a utilidade do cessar-fogo e os problemas que lhe estão associados. 

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Pedro Nuno Santos propõe parte dos lucros da CGD para autarquias construírem casas, in LUSA, 26-03-2025

O secretário-geral do PS propôs esta quarta-feira que parte dos dividendos da Caixa Geral de Depósitos sejam canalizados para uma conta corrente estatal que permita financiar autarquias na construção de habitação, que considerou ser “o principal problema nacional”.

Pedro Nuno Santos defendeu esta ideia na abertura da sessão setorial sobre habitação que marca, esta manhã, o arranque do processo para a atualização do programa eleitoral com a construção do Manifesto Legislativas 2025, com que o partido se apresentará às eleições antecipadas de 18 de maio.

“Nós achamos que é uma boa ideia que uma parte dos dividendos da Caixa Geral de Depósitos alimente uma conta corrente no Estado que permita às nossas autarquias recorrer a financiamento para avançar com projetos de habitação”, propôs.

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Não é fácil envelhecer, por Alejandro Jodorowsky

Retirado do Facebook | Mural de “Amigos depois dos 60”

É um processo de despedidas constantes—de quem você era, de como caminhava, de quem um dia amou. A cada aniversário, um novo rosto no espelho, um corpo que carrega marcas do tempo e um coração que precisa se libertar dos medos, das culpas e das amarras do passado.

Envelhecer exige coragem. É aprender a caminhar sozinho, a acordar sem esperar nada de ninguém. É se olhar no espelho e não se reconhecer, mas ainda assim se aceitar. 

É entender que algumas partidas são definitivas e que, para seguir adiante, é preciso chorar até secar por dentro—esvaziar-se de tudo o que foi, para dar espaço ao que ainda pode ser.

Porque, no fim, a vida não é apenas sobre perder. 

É também sobre deixar novos sorrisos brotarem, permitir que novas esperanças nasçam e encontrar beleza no que ainda está por vir.                       

Alejandro Jodorowsky

Sobre os tempos políticos de incerteza, por José Luís Carneiro, in DN, 26-03-2025

1 À luz dos dados vindos a público, nomeadamente neste jornal, e que serão apresentados no Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), Portugal terá condições para continuar a estar entre os países mais pacíficos do mundo.

A criminalidade geral participada terá descido 4,6% relativamente a 2023 e a violenta e grave terá tido subido 2,6%. Uma das menores subidas dos últimos dez anos. E terá diminuído o número de homicídios. Ora, olhando para os números da mesma tipologia de crimes, em 2024 houve menos 62.542 crimes gerais participados do que em 2004 e menos 7482 crimes na criminalidade grave. Importa sempre lembrar que os fluxos humanos em direção ao nosso país têm vindo a aumentar muito significativamente: 19,4 milhões de hóspedes estrangeiros. A que acrescem os fluxos de estudantes internacionais, investidores e cidadãos migrantes. Mais vida nas nossas vilas e cidades.

É devida, pois, uma palavra às forças e aos serviços que contribuem para estes resultados, em tempos de especial exigência.

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Contra a corrente (12): Mais despesa militar, para quê?, por Vital Moreira, 15-03-2025

Como se vê nesta figura (colhida AQUI), mesmo sem os EUA, o Canadá e a Turquia, a Nato europeia tem mais tropas do que a Rússia, apesar de esta estar mobilizada para a guerra na Ucrânia há três anos; e, como mostrei anteriomente (AQUI), também tem uma despesa militar superior. 

Porquê então um aumento exponencial da despesa militar da UE e dos seus Estados-membros, como se está a decidir, com aplauso mesmo dos partidos de esquerda, à custa de mais dívida pública, de menos investimento público em áreas críticas para o crescimento económico e do sacrifício do Estado social?!

Com o fim da guerra na Ucrânia na agenda política e a perspetiva de um acordo de segurança recíproca com a Rússia, esta “política de guerra” da União é ainda menos justificável.

Licínia Quitério, Os Sítios

Sou a alegria da magnólia 

no estertor do inverno. 

Virada aos céus, livre de folhas 

que virão depois do meu esplendor, 

da branca solidão, depois do amor 

guardado na raiz, do suor 

dos rapazes, do riso das raparigas, 

da partida demorada dos velhos, 

da partida súbita dos novos, 

dos livros duas vezes lidos, 

do grito dos pobres na aresta da fome. 

Plantada à beira vida, 

solene e intensa, perfumada e limpa, 

sem outro anseio que o regresso 

das canções em bando, 

da gravidez aveludada das mulheres,                   

da infância dos homens,                                      

da generosidade dos insetos 

em novas primaveras.

Discreta.

Um arcanjo à beira morte. 

Licínia Quitério, Os Sítios

DIÁLOGOS | “Antes de começar uma discussão com alguém”, por Helen Mirren

“Antes de começar uma discussão com alguém, pergunte a si mesmo: essa pessoa é intelectualmente madura o suficiente para entender o conceito de uma perspectiva diferente? ” Porque se não for, não faz sentido.

Nem toda discussão merece sua energia. As vezes por mais claras que as suas palavras sejam, o outro não te ouve para entender, mas sim para reagir. Trancado na sua própria visão de mundo, ele recusa-se a considerar outro ponto de vista, e se envolver nessa luta só te esgota.

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Fechou contagem na Madeira: PSD fica a um deputado da maioria absoluta, JPP supera PS

Concluída a contagem de votos em todo o arquipélago, o PSD venceu com 43,43% dos votos e elegeu 23 deputados ao parlamento regional, ficando a apenas um do patamar da maioria absoluta. O JPP ultrapassou mesmo o PS e com 11 mandatos (21,05%) tornou-se na segunda maior força política na região. O PS ficou-se por 8 deputados (15,64%).

Em quarto ficou o Chega com 3 mandatos (5,47%). O CDS-PP e a IL elegeram um deputado cada. CDU e Bloco continuam de fora do parlamento regional, ao passo que o PAN perde o mandato que tinha conseguida nas eleições do ano passado.

Juntos, PSD e CDS somam 24 deputados e se se voltarem a entender poderão assegurar apoio maioritário no parlamento regional para uma solução governativa.

https://www.publico.pt/

Poema ao Verão | Maria Isabel Fidalgo

Faz uma chave e abre a porta ao verão

chamarás por mim quando cantar o mar  

e a noite for tão  esguia

que as luas serão guinadas de luz

sobre os pátios da sombra

e o teu nome um odor matinal

a purificar de sangue o espaço.

Deixa a chave na porta

e chama-me num grito

de deus em vertigem.

Entrarei de pés descalços

nas vagas sucessivas 

do teu chão marítimo 

para me afogar maravilhada.

Sou Viagem, Poética Edições

João Duque: “Vejo dois blocos enormes a crescer e a apertar a Europa no meio. É um rolo compressor”, in DN, 22 Mar 2025

O mundo mudou em poucas semanas e trouxe sérios desafios. E o presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), João Duque, põe o dedo numa das feridas: o país terá de decidir qual vai ser a sua contribuição para o rearmamento da Europa.

A crise política, que resultou na convocação de eleições antecipadas, desencadeou logo, na primeira hora, alarme no setor empresarial. É negativa para a economia, disseram os empresários. Por que é que as empresas portuguesas estão tão dependentes dos ciclos políticos? Há países europeus que vivem com relativa facilidade estas incertezas.

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Grande Angular – Central, moderado, responsável, em coligação, por Vital Moreira, in ” Sorumbático”, 22-03-2025

As atribuladas experiências dos governos provisórios, seis ao todo, de 1974 a 1976, não foram propriamente governos de aliança, coligação ou bloco central. Tratava-se bem mais de governos de salvação nacional, sob controlo do MFA (Movimento das Forças Armadas). Cometeram erros medonhos e deixaram-se, parte do seu tempo, dominar pelos comunistas e pelos militares revolucionários, mas salvaram a hipótese de democracia. Dentro dos próprios governos, partidos e militares combatiam-se mortalmente. Os militares do MFA mais moderados, em estreita associação com os socialistas, principalmente, mas também os sociais democratas, conseguiram dar conta do recado e preservar a democracia, o futuro Estado de direito e as liberdades.

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Marques Mendes defende “acordo de estabilidade” entre PSD e PS, in LUSA e CNN

O candidato presidencial Luís Marques Mendes defendeu esta sexta-feira um “acordo de estabilidade” entre o PSD e o PS para garantir a governabilidade do país e evitar a realização de eleições de ano em ano.

Em Vila Verde, distrito de Braga, onde participou numa conferência sobre “O sistema parlamentar português e a construção de governos estáveis: saídas e bloqueios”, Marques Mendes disse que aquele acordo teria de passar pela não apresentação de moções de censura e de confiança e pela negociação dos orçamentos do Estado.

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BENTO DE ESPINOSA | BARUCH SPINOZA BENEDICTUS SPINOZA | FILÓSOFO PORTUGUÊS

CAUTE, foi a divisa que adoptou, 1632 – 1677

ALGUMAS PROPOSIÇÕES DA SUA OBRA MONUMENTAL “ÉTICA”

PARTE II | DA NATUREZA E DA ORIGEM DA MENTE

PROPOSIÇÃO I

O pensamento é um atributo de Deus; por outras palavras, Deus é uma coisa pensante.

PROPOSIÇÃO II

A extensão é um atributo de Deus; por outras palavras, Deus é uma coisa extensa.

PROPOSIÇÃO III

Existe necessariamente em Deus uma ideia tanto da sua essência como de tudo o que necessariamente se segue da sua essência.

PROPOSIÇÃO IV

A ideia de Deus, da qual se seguem coisas infinitas em infinitos modos, não pode ser senão única.

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A FLOR | ALMADA NEGREIROS

Pede-se a uma criança. Desenhe uma flor! Dá-se-lhe papel e lápis. A criança vai sentar-se no outro canto da sala onde não há mais ninguém.
Passado algum tempo o papel está cheio de linhas. Umas numa direcção, outras noutras; umas mais carregadas, outras mais leves; umas mais fáceis, outras mais custosas. A criança quis tanta força em certas linhas que o papel quase não resistiu.
Outras eram tão delicadas que apenas o peso do lápis já era demais.

Depois a criança vem mostrar estas linhas às pessoas:
Uma flor !

As pessoas não acham parecidas estas linhas com as de uma flor.
Contudo, a palavra flor andou por dentro da criança, da cabeça para o coração e do coração para a cabeça, à procura das linhas com que se faz uma flor, e a criança pôs no papel algumas dessas linhas, ou todas. Talvez as tivesse posto fora dos seus lugares, mas são aquelas as linhas com que Deus faz uma flor!

Almada Negreiros

EUA: ENTRE MANIPULAÇÃO E IMPARCIALIDADE HOMÉRICA, por Viriato Soromenho-Marques

Uma das mais dolorosas aprendizagens durante estes mais de três anos de guerra na Ucrânia tem sido a de confrontar-me com o trágico declínio da honorabilidade académica e do brio intelectual, tanto nas instituições universitárias como nos meios de comunicação social. 

É com tristeza que tenho acompanhado o modo como professores, investigadores e jornalistas têm violado o imperativo de “imparcialidade homérica”, expressão cunhada por Hannah Arendt para definir uma virtude específica da tradição espiritual do Ocidente: a capacidade de analisar com objetividade a realidade, a natureza das situações, e os motivos dos agentes coletivos e individuais, mesmo no quadro de conflitos violentos. 

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Banco de Portugal: guerra tarifária tem “impacto negativo relevante na economia portuguesa”, in DN, 20-03-2025

Num cenário de incerteza “máxima” e grandes incógnitas para os investidores, guerra comercial global combinada com degradação da previsibilidade pode tirar 1,1% ao PIB português em três anos.

“O indicador global de incerteza das políticas económicas atingiu valores próximos dos máximos históricos no início de 2025, o que por si só poderá limitar o crescimento da atividade mundial” e o investimento privado, mas para já o crescimento da economia portuguesa ressente-se apenas de forma muito ligeira, abrandando de 2,3% este ano para 2,1% no próximo, prevê o Banco de Portugal (BdP), no novo boletim económico, divulgado esta quinta-feira.

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Onze Contos Malditos, de Hélio Brasil, por Adelto Gonçalves

A voz dos excluídos. Em seu derradeiro livro, Helio Brasil reconstrói, com uma linguagem dura, sem adornos, o mundo violento da periferia carioca.

                     I
    Depois de lançar o romance A Pele do Soldado (Rio de Janeiro, Editora Mauad X), em 2022, Hélio Brasil volta a mostrar que continua em plena forma como ficcionista, ao publicar Onze Contos Malditos (Rio de Janeiro, Editora Lacre, 2024), obra em que, “na flor da idade, com seus noventa anos”, reúne textos “nada suaves, mas realistas, trágicos e, às vezes, chocantes”, como observa, com acerto, o escritor e advogado Gilberto Moog no texto de apresentação. 
    Este lead já estava pronto quando veio a notícia infausta: o autor faleceu dia 14 de março de 2025, sexta-feira, no Rio de Janeiro, aos 94 anos, deixando vasta obra que inclui livros de contos, novelas, romances e memórias, especialmente sobre o bairro carioca de São Cristóvão, onde, praticamente, sempre morou.  

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Cegueira Deliberada, por Carlos Matos Gomes

Está a decorrer uma alteração radical da estratégia americana para a redefinição dos centros de poder mundial que estava em vigor desde os anos 80 do século passado. Esta estratégia foi gizada por Zbigniew Brzezinski, conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos durante a presidência de Jimmy Carter, entre 1977 e 1981 e que ele publicou numa uma obra hoje clássica: «Grand Chessboard — American Primacy and Its Geostrategic Imperatives», que marcou a estratégia americana até à administração Biden.

Esta estratégia assentava no conceito de hegemonia americana, no cerco ofensivo contra a URSS, o inimigo principal e na importância decisiva do que ele designou «Eurásia» e que corresponde grosso modo à Ucrânia. Para o desenvolvimento dessa estratégia os EUA necessitavam da Europa como base de retaguarda ou de ataque.

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MACHADO DE ASSIS, MESTRE DA IRONIA

Retirado do Facebook | Mural de “Leituras Livres”

O escritor brasileiro Machado de Assis rompe com o idealismo romântico de toda uma geração de escritores (por exemplo José de Alencar) e inagura uma outra escola literária: o realismo.

Mas, além desse mérito, ele também é conhecido como o mestre da ironia, recurso do qual usa e abusa na maioria de suas histórias. 

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CONVERSAS COM AGOSTINHO DA SILVA

“A Filosofia tem um perigo terrível, que é o de cada homem, por esse pensamento filosófico, acabar de construir uma verdade e achar que é o senhor da Verdade e, portanto, ter quase à mão uma Inquisição pronta a agir. 

Quanto à Ciência é a mesma coisa. Quanto à Ciência, também o perigo de pensarmos que o Universo é inteiramente racional, que o Universo é inteiramente matemático, que tudo está dentro de uma determinação de lógica matemática quando, hoje, a própria Física Quântica está a chegar ao ponto de ter de concordar que a Vida tem mais imaginação que a Matemática. 

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Antes de discutir com alguém, Helen Mirren

Helen Mirren disse uma vez: Antes de discutir com alguém, pergunte a si mesmo, essa pessoa é mesmo mentalmente madura o suficiente para entender o conceito de uma perspetiva diferente. Porque se não, não adianta absolutamente nada.

Nem toda discussão vale a sua energia. Às vezes, não importa quão claramente você se expresse, a outra pessoa não está ouvindo para entender – ela está ouvindo para reagir. Eles estão presos na sua própria perspetiva, não querem considerar outro ponto de vista, e interagir com eles só te esgota.

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PROLEGÓMENOS A UM TRATADO DE METEOROLOGIA DE CAFÉ, por José Gabriel

Temos de admitir. O IPMA cada vez está mais preciso e rigoroso. Para quem gosta de surpresas, isso não é uma boa notícia. Perde-se aquela emoção de hesitar se se sai com um guarda-chuva ou não.

Qual a roupa adequada à insegurança meteorológica que se adivinha. Depois, conforme as decisões nestes magnos problemas e subsequentes resultados, dispúnhamos de um rol de imprecações para reagir, sendo que os crentes dispõem de um significativo rol de divindades que podem culpar – a começar pelo inevitável S. Pedro, a quem é atribuído, dizem, este pelouro. 

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FLORBELA ESPANCA

Eu queria mais altas as estrelas,
Mais largo o espaço, o Sol mais criador,
Mais refulgente a Lua, o mar maior,
Mais cavadas as ondas e mais belas;

Mais amplas, mais rasgadas as janelas
Das almas, mais rosais a abrir em flor,
Mais montanhas, mais asas de condor,
Mais sangue sobre a cruz das caravelas!

E abrir os braços e viver a vida:
– Quanto mais funda e lúgubre a descida,
Mais alta é a ladeira que não cansa!

E, acabada a tarefa… em paz, contente,
Um dia adormecer, serenamente,
Como dorme no berço uma criança!

Um mergulho na memória | Em novo livro, o historiador e arquiteto Nireu Cavalcanti rememora os anos da infância e juventude em Maceió, por Adelto Gonçalves

Nireu Cavalcanti

  I
Depois de escrever vários livros em que reconta a História do Brasil, com base em documentos manuscritos de arquivos portugueses e brasileiros, o historiador e arquiteto Nireu Cavalcanti acaba de publicar Borbulhar da Memória (Edições Júlio e Maria, 2024), em que trata de  reconstituir a história de sua própria família, gente oriunda do agreste e do sertão de Alagoas, entre Palmeira dos Índios e Santana do Ipanema, que se transferiu  para Maceió em 1947, quando o autor tinha apenas três anos, e, finalmente, para o Rio de Janeiro, em 1962.

Para melhor recuperar os anos perdidos, o autor ainda agrega ao livro depoimentos de quatro de seus irmãos, que enriquecem o trabalho.

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Helena Roseta, A luta pelo direito à habitação, in Jornal de Letras, 28-10-2024

Dirigente e ativista política, deputada, autarca, arquiteta e bastonária da sua Ordem, Helena Roseta acaba de dar a lume “Habitação & Liberdade”, um livro sobre um dos maiores problemas do nosso país. Ouvimo-la a seu propósito.

Não é possível, nem aqui necessário, fazer aqui uma síntese, mesmo que muito reduzida, do percurso de Helena Roseta, desde a sua ligação, ainda estudante, a movimentos católicos e de intervenção progressista, a eleita para a Assembleia Constituinte aos 27 anos, figura destacadíssima do PPD e apoiante de Sá Carneiro (PPD de que saiu para, em 1986, apoiar Mário Soares para Presidente da República), presidente da Câmara de Cascais, deputada primeiro independente, depois eleita nas listas do PS, fundadora do Movimento Intervenção e Cidadania, bastonária da Ordem dos Arquitetos, grande amiga e testamenteira de Natália Correia, etc., etc.

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Siza Vieira defende RSI (Rendimento Social de Inserção) para combater pobreza, in SIC Notícias

Num discurso dirigido aos jovens, na Academia do PS nos Açores, o antigo ministro da Economia sublinhou a importância de prestar atenção a quem vem de contextos mais difíceis.

O antigo ministro da economia Pedro Siza Vieira defende que o rendimento social de inserção (RSI) é essencial para pessoas em situação de pobreza extrema. 

Perante uma plateia de jovens, nos Açores, uma região muito afetada pela pobreza, o antigo ministro fez uma defesa absoluta do RSI.  

“Quando se diz que “o rendimento social de inserção é para esses tipos que não fazem nada”: pois não. Mas são essas pessoas, precisamente, que precisam de atenção. E é um investimento no nosso futuro, no futuro da comunidade”, afirmou Siza Vieira, na “Academia Novo Futuro” do PS Açores. 

Nos Açores, o tema tem sido bastante discutido. A taxa de risco de pobreza na região autónoma até desceu, em 2024, mas continua a ser das mais altas do país

“Morramos ao menos no porto”, o segundo livro de Francisco Mota Saraiva, Prémio José Saramago

Pediu o título emprestado a Séneca e conquistou o Prémio José Saramago no final de 2024. Morramos ao menos no porto, o segundo livro de Francisco Mota Saraiva, chega às livrarias a 20 de março com carimbo da Quetzal Editores. Trata-se de um romance que abala os fundamentos da narrativa clássica, um fogo que alastra até consumir todas as suas personagens e que revela o seu autor como uma voz poderosa na literatura portuguesa.

Intenso e comovente, o novo Prémio José Saramago é um romance que trata da perda, da melancolia e da recordação, num registo fragmentado que desafia o leitor. Morramos ao menos no porto acompanha a ligação de Silvina e António, um retrato de um casamento de vinte e cinco anos contado em diferentes dimensões. Um livro sobre amor, finitude e memória, que dá voz aos mortos que murmuram debaixo do chão de casa.

Últimas semanas foram “completo desastre para a democracia”, diz Marques Mendes

Luís Marques Mendes diz que as últimas semanas foram desastrosas para a democracia.

O candidato à presidência da República apela a uma campanha limpa, que não afaste ainda mais os portugueses da política.

SIC Notícias | https://sicnoticias.pt

If Death isn’t the End, Why Are We Scared? The Buddha’s Answer

5/03/2025 | If Death isn’t the End, Why Are We Scared? The Buddha’s Answer.

We all think about death. Why are we so scared? What if death is not the end? This video looks at what the Buddha taught about life and death. It talks about change, holding on too tight, and who we really are. You can learn a new way to think about death, so you can live without fear and enjoy each day.

Learn about: Buddha’s ideas, death, change, not holding on, being yourself, being calm. 00:00 – Intro 01:36 – What Exactly Are We Afraid Of? 05:31 – Does Death Really Mean the End? 09:23 – Why Do We Suffer in the Face of Death? 14:15 – The Final Answer – Why We Shouldn’t Fear Death.

Pedro Nuno Santos quer discutir problemas do país na campanha para as eleições, in LUSA e jornal Público, 16-03-2025

Pedro Nuno Santos quer discutir problemas do país na campanha para as eleições
O secretário-geral do PS acusa Luís Montenegro de ser o responsável pelas eleições antecipadas e promete fazer da campanha um local para falar de propostas para o país.

Ler a notícia aqui: https://www.publico.pt/2025/03/16/politica/noticia/pedro-nuno-santos-quer-discutir-problemas-pais-campanha-eleicoes-2126172

Poesia, Substantivo Feminino | CONVITE de Livraria Buchhzolz, dia 3 Abril, 18h30m

Com as autoras Raquel Serejo Martins,  Catarina Santiago Costa, Inês Dias, Marta Magalhães, Rosalina Marshall, Renata Correia Botelho, Cláudia Lucas Chéu, Marta Chaves, Filipa Leal, Inês Fonseca Santos, Raquel Nobre Guerra, Yara Nakahanda Monteiro, Cláudia R. Sampaio, Raquel Gaspar Silva, Catarina Nunes de Almeida, Minês Castanheira, Raquel Lima, Gisela Casimiro, Beatriz Hierro Lopes, Tatiana Faia, Sara F. Costa, Inês Francisco Jacob, Mafalda Sofia Gomes, Beatriz de Almeida Rodrigues e Sara Duarte Brandão.

Braço privado do Banco Mundial perspetiva expansão nos países lusófonos, in LUSA

Santa Maria, Cabo Verde, 15 mar 2025 (Lusa) – A Sociedade Financeira Internacional (IFC, sigla inglesa), braço do Banco Mundial para o setor privado, perspetiva continuar a expandir o investimento nos países lusófonos, disse hoje à Lusa Cláudia Conceição, diretora regional da IFC para a África Austral. 

“Nos últimos cinco anos, a IFC aumentou significativamente a presença na África lusófona. Temos atualmente representações em cinco dos seis países e a perspetiva é, sem dúvida, expansionista”, referiu aquela responsável, à margem do Fórum de Negócios da África Lusófona, que decorreu quinta-feira e sexta-feira na ilha do Sal, Cabo Verde.

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Marques Mendes destaca subida em sondagem: “Seguimos confiantes”, in Notícias ao Minuto

Apesar de a sondagem apontar Henrique Gouveia e Melo como o preferido dos portugueses na ‘corrida’ a Belém, Marques Mendes ficou satisfeito por ser quem mais se aproxima do almirante.

Neste duelo, Gouveia e Melo recolheria 49% das intenções de voto, o que significa uma queda de dois pontos percentuais em relação à sondagem anterior, enquanto o antigo presidente do PSD teve 37%, uma subida de sete pontos percentuais.

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Jorge Miranda defende que Portugal só deixe entrar imigrantes que falem português, in Agência LUSA e TVI Notícias

O constitucionalista Jorge Miranda defende que a imigração para Portugal só deve ser permitida a quem souber falar português, mostrando-se totalmente favorável à imigração dos países africanos de língua portuguesa e do Brasil.

“Eu sou muito favorável à imigração, antes de mais nada, por uma questão de fraternidade humana. Nenhum país pode fechar-se ao resto do mundo”, disse.

E acrescentou: “Quando sabemos que há muita miséria, muita desigualdade, muitas questões étnicas e outras nos chamados países do terceiro mundo, na África e na Ásia, não podemos fechar os olhos à imigração”.

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“Desperdício total de dinheiro”: antigo primeiro-ministro italiano Conte denuncia plano de rearmamento da UE, in Euronews

O plano de rearmamento que acaba de ser apresentado pela Comissão Europeia e que visa desbloquear até 800 mil milhões de euros é considerado um desperdício total de dinheiro pelo antigo primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte.

Numa entrevista à Euronews, Conte afirma que o ReArm EU significa “deitar dinheiro fora para permitir que todos os Estados-membros continuem a aumentar as despesas militares de forma descoordenada e desordenada”, em vez de impulsionar um “projeto sério de defesa comum”, que, na sua opinião, deveria alcançar uma autonomia estratégica com “um passo importante” na integração política da UE.

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Bertrand Editora | Elvira Fortunato, a história de uma extraordinária mulher e cientista, de Portugal para o mundo

«Este livro conta a história de uma cientista portuguesa com uma projeção única a nível internacional», escreve o autor no arranque do livro Elvira Fortunato – Uma vida de paixão pela ciência. Durante mais de três décadas como jornalista do Expresso, Virgílio Azevedo acompanhou o mundo da ciência, o que lhe permitiu seguir de perto, ao longo de quase vinte anos, uma das maiores figuras do panorama nacional nesta área: Elvira Fortunato.

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Viriato Soromenho Marques | PORTUGAL À DERIVA NA TEMPESTADE – quatro notas de leitura, in Jornal de Letras, 5-2-2025

Os EUA nunca acreditaram, ao contrário da ignara arrogância de Bruxelas, que a máquina de guerra russa poderia ser derrotada no plano convencional. Como o secretário da Defesa L. Austin afirmou, logo em maio de 2022, o objetivo dos EUA era o de fazer “sangrar a Rússia”, enquanto Kiev tivesse capacidade para o fazer.

As grandes crises revelam os grandes líderes. Contudo, apenas quando os povos têm a sorte e a capacidade de os produzirem. A guerra da Ucrânia, que já entrou no seu quarto ano é, sem dúvida, a maior crise existencial de toda a história portuguesa, pois é a primeira vez que Portugal tem um governo que se deixou, com entusiástica estultícia, enrolar num confronto com a Rússia, totalmente contrário ao interesse nacional mais elementar, o salus populi suprema lex esto (seja a salvação do povo a lei suprema), imortalizado no De Legibus, de Cícero. 

Nem os fanáticos que queriam declarar guerra ao império britânico, na sequência do Ultimato de 1890, nem o furioso Afonso Costa, colocando Lisboa a ferro e fogo em maio de 1915 para enviar, por decisão unilateral, milhares de soldados analfabetos para a Flandres, se comparam à façanha do mesquinho consenso nacional que vai de António Costa a Rui Tavares, numa contemporânea demonstração da veracidade da tese de Unamuno que considerava ser Portugal um país de suicidas. O que continua em causa é a possibilidade de Portugal ser destruído num conflito total com a Rússia, o país com o mais poderoso e moderno arsenal nuclear do planeta.

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Advogado do Porto regista marca “Movimento Gouveia e Melo Presidente” em nome do almirante, in DN, 12-03-2025

“Movimento Gouveia e Melo Presidente” é a marca que já foi registada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

A notícia foi avançada pela CNN Portugal e confirmada pelo DN, sendo que foi apresentada por a 27 de fevereiro de 2025 por Hugo Telinhos Braga, um advogado do Porto, que coloca como titular da marca o próprio almirante Henrique Gouveia e Melo.

Se dúvidas existissem, este é mais um sinal que o ex-chefe do Estado-Maior da Armada vai mesmo avançar para as eleições Presidenciais que vão realizar-se em janeiro de 2026. Até ao momento, Gouveia e Melo ainda não assumiu a candidatura e prometeu para breve um esclarecimento sobre o assunto.

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Em quatro línguas | F. Scott Fitzgerald

  • In the end, we’re all just humans, and love, only love, can heal our brokenness.
  • Et à la fin, nous sommes tous juste des humains, et l’amour, seul l’amour peut guérir notre brisement.
  • Y al final, todos somos humanos, y el amor, solo el amor puede sanar nuestro quebrantamiento.
  • E no final, todos nós somos apenas humanos, e o amor, somente o amor pode curar nosso quebrantamento.

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F. Scott Fitzgerald

Pintura “The Kiss” de Gustav Klimt

Inclusive Capitalism: Our North Star

lynn forester de rothschild – 1

In times of rapid change and shifting political currents, we stand by our guiding purpose: to build a more inclusive, sustainable, dynamic and trusted economic system.

At the Council for Inclusive Capitalism, this commitment remains our North Star and we are deeply grateful for your participation and interest.

In a recent interview with the radio program Leadership Matters, I reflected on how my upbringing, faith, and career experiences shaped my conviction that business—at its best—can align benefits for people and the planet with healthy profits.

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DO LABORATÓRIO À COZINHA, por A. M. Galopim de Carvalho, in “Sorumbático”

Vinte e quatro anos depois da jubilação, eis-me a publicar mais um livro em que se fala de açordas, migas e outros comeres, como diziam os rurais alentejanos no tempo em que, como adolescente, pude conviver com eles.

Nos três anteriores, “Com Poejos e Outras Ervas”, “Açordas Migas e Conversas” e “Com Coentros e Conversas à Mistura”, além de receitas culinárias, fala-se “de tudo e mais alguma coisa”, da crónica à ficção, da mineralogia e geologia à história e à filosofia, das artes à sociologia. Neste, síntese dos anteriores, a que se acrescenta o que fui editando na minha página do Facebook apenas das muitas confecções aprendidas e criadas, todas elas da gastronomia alentejana ou nela inspirada.

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Política Explicada aos mais Novos, por João Carlos Durão

Sinopse | “Política Explicada aos Mais Novos” é um guia acessível e inspirador que torna os conceitos de política e democracia simples e interessantes para os jovens. 

Criado com a ajuda de inteligência artificial, este livro desmistifica a política, mostrando como ela molda o nosso dia a dia e o futuro do mundo. 

Com histórias, exemplos práticos e linguagem clara, é uma ferramenta essencial para ajudar os jovens a compreenderem o valor da cidadania e a importância da participação ativa. 

Descobre como a política pode ser mais próxima e relevante do que imaginas!

NO MEIO DO CAMINHO | CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Stone in Death Valley National Park

California

Trump veut détruire l’UE et la reconstruire à son image, par NICHOLAS VINOCUR et CAMILLE GIJS, in “POLITICO”

Donald Trump a tenté, en vain, de trouver une faille dans l’armure de l’UE avec la guerre commerciale qu’il a déclenchée au cours de son premier mandat.

Mais aujourd’hui, il a trouvé un point plus vulnérable : la crise sécuritaire massive qu’il a provoquée en retirant le soutien des Etats-Unis à l’Ukraine expose des fissures potentiellement mortelles dans le bloc des 27 nations.

Rien ne pouvait lui plaire davantage.

Le président américain nourrit depuis longtemps un mépris non dissimulé pour l’UE, qu’il a décrite — à tort — comme ayant été créée “pour baiser les Etats-Unis”. Pour Trump, l’Union fait partie de ses autres bêtes noires supranationales, telles que l’Organisation mondiale du commerce et l’Organisation mondiale de la santé, qu’il convient d’abattre pour avoir escroqué l’Amérique.

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Isaltino Morais. “O mercado da habitação vai estar muito pior daqui a cinco anos”, in DN, 06-03-2025

O autarca de Oeiras considera que o poder político não quer resolver o problema da habitação em Portugal. E sublinhou que a nova lei dos solos contém uma “veia neoliberal” que só pensa nos privados.

O presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, considerou hoje que a nova lei dos solos contém uma “veia neoliberal” do PSD que “pensa que os promotores privados podem resolver o problema da habitação em Portugal”.

O autarca de Oeiras, que falava no decorrer da Conferência Habinov 3.0, organizada pela Nova SBE, disse que “tal como a lei ficou não vai ter impacto absolutamente nenhum”.

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