Raul Luís Cunha | As posições dos comentadores militares sobre o conflito na Ucrânia

Aproveitando e copiando uma grande parte do notável texto, em resposta aos dislates do coronel DFA, pelo meu amigo MGen Carlos Branco (a quem pedi autorização para o efeito) e após introduzir as necessárias alterações para o referir à minha pessoa e acrescentar algo da minha lavra, especialmente o adjectivar que me é característico, produzi o artigo que se segue e que mais uma vez importa salientar – só foi possível graças ao extraordinário talento do meu Camarada:

“As posições dos comentadores militares sobre o conflito na Ucrânia podem ser, em termos genéricos, divididas em dois grupos, cujos fundamentos reflectem, curiosamente, as suas experiências profissionais. De um lado estão os que estiveram na guerra e, do outro, os que não estiveram (ter passado pela ex-Jugoslávia, quando já não havia guerra, ou mesmo no Afeganistão, mas sem sair do alojamento, não conta como guerra). As vivências pessoais parecem afectar o modo como se percepcionam os acontecimentos. Se é que é possível enquadrar a posição dos indefectíveis apologistas do Zelensky, ela é mais característica do segundo grupo.

É infantil reduzir o presente conflito ucraniano a uma conveniente fórmula maniqueísta e despojá-lo da complexidade que ele encerra. Os bons contra os maus; de um lado, os invadidos, do outro, os invasores. Será, talvez, uma mensagem forte para efeitos de Comunicação Estratégica, porque é simples e fácil de ser apreendida, mas não é útil para ajudar a compreender um conflito complexo.

Continuar a ler