O Ocidente visto do mundo | Boaventura de Sousa Santos | in DN

ntre 2011 e 2016 realizei um projeto de investigação financiado pelo Conselho Europeu de Investigação. Intitulava-se ALICE – Espelhos Estranhos, Lições imprevistas: Definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências do Mundo. Nesse projeto, tentei mostrar que a Europa, depois de cinco séculos a procurar ensinar o mundo, se confrontava com um mundo que não tomava em grande conta as lições da Europa e que, em face disso, em vez de propor isolacionismo progressivo, entendia que a Europa devia disponibilizar-se a aprender com o mundo e usar essa aprendizagem para resolver alguns dos seus problemas. A guerra da Ucrânia veio mostrar que as propostas da minha investigação de pouco serviram aos políticos europeus, uma experiência que não é nova para os cientistas sociais.

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OS MAPAS NÃO MENTEM ! | Hugo Dionisio

A Geórgia encontra-se a braços com a tentativa de mais uma revolução “colorida”. Pelas ruas de Tbilissi vagueiam as bandeiras da EU e da Ucrânia, às mãos de manifestantes, os quais pertencem aquela elite paga com os dinheiros do ocidente, seja através de projectos da EU, ONG’s da CIA e do MI6 ou das omnipresentes multinacionais.

No início da “operação militar especial”, as pressões dos EUA sobre o governo georgiano, com vista à abertura de um segunda frente na guerra, foram de tal modo sentidas que um dos seus governantes sentiu a necessidade de o tornar público, dizendo que “se atacarmos a Rússia deixará de haver Geórgia, portanto, não vemos o sentido desse ataque”. Pois, eles não viram, mas houve quem visse. Principalmente quem queria continuar a materializar no terreno a estratégia delineada pela RAND designada de “Stretching Rússia”, e que assenta no desenvolvimento de uma profusão de conflitos ao longo da fronteira do maior país do mundo, de forma a exauri-lo de recurso e fazê-lo cair, partindo-se em 23 pequenas e – manipuláveis – nações.

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Evangelhos Apócrifos | de Frederico Lourenço 

Editor: Quetzal Editores | Edição: outubro de 2022

SINOPSE

A par dos evangelhos canónicos, existem outros (combatidos a partir do século IV e excluídos no século XVI) que mostram a figura e as ideias de Jesus Cristo sob um prisma muito diferente.

Antes da imposição de uma doutrina única no século iv, o cristianismo caracterizou-se pela diversidade de pensamento. A par dos evangelhos tornados canónicos, circulavam também outros, atribuídos a nomes como Pedro, Tomé e Filipe, que davam a ver a figura de Jesus Cristo sob prismas diferenciados.

O Evangelho de Pedro emprega uma palavra que nunca ocorre nos evangelhos canónicos: «discípula». No único evangelho cuja autoria é atribuída a uma mulher (o Evangelho de Maria), a pessoa a quem Jesus confia a sua doutrina não é Pedro nem João, mas sim Maria Madalena.

Muitos destes textos permaneceram desconhecidos até à segunda metade do século xx e o seu conteúdo ainda suscita controvérsia. No entanto, os evangelhos apócrifos constituem um estímulo para repensarmos, hoje, o cristianismo de forma menos dogmática e com mais espírito de inclusão.

A finalidade deste livro é dar a ler o material greco-latino em edição bilingue, com um comentário crítico-histórico tão imparcial quanto possível, trazendo esses textos de regresso em toda a sua plenitude, traduzidos das suas fontes originais.

Evangelhos de Tiago, Tomé, Filipe, Maria, Pseudo-Mateus, Pedro, Nicodemos, Natividade de Maria, Relatos da Paixão de Cristo, Narrativa de José de Arimateia, Evangelho dos Egípcios, Místico de Marcos, Evangelho copta de Maria, Relatório de Pilatos, Descida de Cristo aos Infernos, Evangelho de José o Carpinteiro, etc.


Biografia de Frederico Lourenço

Ensaísta, tradutor, ficcionista e poeta, Frederico Lourenço nasceu em Lisboa, em 1963, e é atualmente professor associado com agregação da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e membro do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da mesma instituição.

Foi docente, entre 1989 e 2009, da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Línguas e Literaturas Clássicas (1988) e se doutorou em Literatura Grega (1999) com uma tese sobre Eurípides, orientada por Victor Jabouille (Lisboa) e James Diggle (Cambridge). Publicou artigos sobre Filologia Grega nas mais prestigiadas revistas internacionais (Classical Quarterly e Journal of Hellenic Studies) e, além da Ilíada, traduziu também a Odisseia de Homero, tragédias de Sófocles e de Eurípides, e peças de GoetheSchiller e Arthur Schnitzler.

No domínio da ficção, é autor de Pode Um Desejo Imenso (2002). Na poesia, é autor de Santo Asinha e Outros Poemas e de Clara Suspeita de Luz. Publicou ensaios como O Livro Aberto: Leituras da BíbliaGrécia RevisitadaEstética da Dança Clássica e Novos Ensaios Helénicos e Alemães (Prémio PEN Clube de Ensaio 2008). Recebeu ainda os prémios PEN Clube Primeira Obra (2002), Prémio D. Diniz da Casa de Mateus (2003), Grande Prémio de Tradução (2003), Prémio Europa David Mourão-Ferreira (2006).
Em 2016 iniciou na Quetzal a publicação dos seis volumes da sua tradução da Bíblia (que lhe valeu o Prémio Pessoa); em 2019 publicou uma Nova Gramática do Latim; em 2020, Latim do Zero a Vergílio em 50 Lições e Poesia Grega de Hesíodo a Teócrito (edição bilingue em grego e português); e, em 2021, as Bucólicas de Vergílio (em latim e português).

Dia Internacional De La Mujer

𝙀𝙡 𝙩𝙞𝙚𝙢𝙥𝙤 𝙚𝙨 𝙨𝙤́𝙡𝙤 𝙪𝙣𝙖 𝙖𝙡𝙚𝙜𝙤𝙧𝙞́𝙖
𝙇𝙤𝙨 𝙖𝙣̃𝙤𝙨 𝙥𝙚𝙧𝙙𝙞𝙙𝙤𝙨 𝙤 𝙜𝙖𝙣𝙖𝙙𝙤𝙨 𝙮𝙖 𝙣𝙤 𝙚𝙭𝙞𝙨𝙩𝙚𝙣
𝙎𝙚 𝙙𝙚𝙨𝙣𝙪𝙙𝙖 𝙖𝙗𝙧𝙞𝙡 𝙚𝙣𝙩𝙧𝙚 𝙩𝙪𝙨 𝙢𝙖𝙣𝙤𝙨
𝙔 𝙩𝙪 𝙘𝙪𝙚𝙧𝙥𝙤 𝙚𝙨 𝙪𝙣 𝙙𝙚𝙥𝙤́𝙨𝙞𝙩𝙤 𝙙𝙚 𝙖𝙢𝙖𝙣𝙚𝙘𝙚𝙧𝙚𝙨
𝘿𝙚𝙨𝙥𝙞𝙚𝙧𝙩𝙖 𝙡𝙖 𝙢𝙪𝙟𝙚𝙧 𝙦𝙪𝙚 𝙖𝙪́𝙣 𝙣𝙤 𝙝𝙖𝙗𝙞𝙩𝙖𝙨
𝙔 𝙥𝙧𝙤𝙫𝙚𝙚𝙡𝙖 𝙙𝙚 𝙣𝙪𝙚𝙫𝙤𝙨 𝙥𝙡𝙖𝙘𝙚𝙧𝙚𝙨
𝙄𝙣𝙨𝙩𝙧𝙪́𝙮𝙚𝙡𝙖 𝙚𝙣 𝙡𝙖𝙨 𝙥𝙖𝙨𝙞𝙤𝙣𝙚𝙨
𝙔 𝙙𝙖𝙡𝙚 𝙖 𝙘𝙤𝙣𝙤𝙘𝙚𝙧 𝙡𝙖 𝙨𝙖𝙗𝙞𝙙𝙪𝙧𝙞́𝙖 𝙙𝙚 𝙡𝙖𝙨 𝙥𝙞𝙩𝙤𝙣𝙞𝙨𝙖𝙨
𝘾𝙤𝙣𝙫𝙞𝙚́𝙧𝙩𝙚𝙡𝙖 𝙚𝙣 𝙢𝙖𝙚𝙨𝙩𝙧𝙖
𝙋𝙖𝙧𝙖 𝙖𝙥𝙧𝙤𝙫𝙚𝙘𝙝𝙖𝙧 𝙘𝙖𝙙𝙖 𝙨𝙚𝙜𝙪𝙣𝙙𝙤 𝙦𝙪𝙚 𝙧𝙚𝙨𝙥𝙞𝙧𝙖𝙨
𝙔 𝙖𝙡 𝙩𝙚𝙧𝙢𝙞𝙣𝙖𝙧 𝙙𝙚 𝙡𝙖 𝙟𝙤𝙧𝙣𝙖𝙙𝙖 𝙘𝙖𝙙𝙖 𝙙𝙞́𝙖
𝙋𝙪𝙚𝙙𝙖𝙨 𝙙𝙚𝙘𝙞𝙧 𝙨𝙖𝙩𝙞𝙨𝙛𝙖𝙘𝙩𝙤𝙧𝙞𝙖𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚
𝙉𝙤 𝙝𝙚 𝙙𝙚𝙨𝙥𝙚𝙧𝙙𝙞𝙘𝙞𝙖𝙙𝙤 𝙢𝙞 𝙩𝙞𝙚𝙢𝙥𝙤 𝙣𝙞 𝙢𝙞 𝙫𝙞𝙙𝙖.

𝙑𝙞𝙚𝙣𝙩𝙤

Retirado do Facebook | Mural de Viento

In MEMORY of CYD CHARISSE on her BIRTHDAY | (Mar 8, 1922 – Jun 17, 2008)

Em MEMÓRIA de CYD CHARISSE no seu ANIVERSÁRIO – (8 de março de 1922 – 17 de junho de 2008)

Anos de carreira: 1939 – 2007

Nascida Tula Ellice Finklea, atriz e dançarina americana.

Depois de se recuperar da poliomielite quando criança e estudar ballet, Charisse entrou no cinema nos anos 40. Os seus papéis geralmente apresentavam as suas habilidades como dançarina, e ela foi par com Fred Astaire e Gene Kelly; os seus filmes incluem Singin’ in the Rain (1952), The Band Wagon (1953), Brigadoon com Gene Kelly e Van Johnson (1954) e Silk Stockings (1957). Ela parou de dançar em filmes no final dos anos 50, mas continuou atuando no cinema e na televisão, e em 1991 fez a sua estreia na Broadway. Nos seus últimos anos, ela discutiu a história do musical de Hollywood em documentários, e foi destaque em That’s Entertainment! III em 1994. Ela foi premiada com a Medalha Nacional de Artes e Humanidades em 2006.

Charisse foi destaque no Guinness Book of World Records de 2001 sob “Most Valuable Legs”, porque uma apólice de seguro de 5 milhões de dólares foi supostamente emitida em suas pernas em 1952.

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