Deixa-me lembrar de ti | Maria Isabel Fidalgo

Deixa- me lembrar de ti. Sei que nunca virás, por isso vai devagar onde houver sombras , a mão na minha e uma lua alta a escorrer de sedução para que possa morrer nos teus braços ou morrermos os dois na dança de todos os sonhos.

A noite é a sede  do teu nome no meu pensamento, por isso danço, canto, deslizo no porto do destino onde nunca desembarcámos.

Estou a olhar o calor noturno e uma leve luz ilumina os meus pensamentos.

Vens então devagar para que nunca chegues e eu possa continuar a  rodar na valsa quimérica da meia noite envolta nos teus braços de neblina.

Maria Isabel Fidalgo

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