Gouveia e Melo considera que protestos de rua dos militares “são inadmissíveis” | in SIC Notícias

Para o almirante, “as manifestações de rua [de militares], ou outro género de manifestações, criam instabilidade” e “não devem ser feitas nem permitidas, porque os militares são o último refúgio da estabilidade do país”.

Em entrevista à Renascença, o almirante Gouveia e Melo, falou sobre a possibilidade de eventuais protestos de rua por parte dos militares, caso o Governo aumente os subsídios de risco da PSP e da GNR e se esqueça das Forças Armadas.

Nestas declarações, Gouveia e Melo deixou ainda claro que se opõe a esse tipo de ações e considera que estas são “contra o próprio regime democrático”.

Sobre a justiça, ou não, da reivindicação dos militares, independente da existência de protestos, Gouveia e Melo frisou que “as reivindicações que os militares tenham, ou deixem de ter, são tratadas através do nível hierárquico, nos fóruns apropriados que a democracia tem”.

Confrontado com a pergunta se será este um sinal de radicalização, ou de populismo, no interior das Forças Armadas, o almirante preferiu não responder.

“Isso eu já não quero comentar”, referiu Gouveia e Melo acrescentando “o que quero lhe dizer é que as Forças Armadas são o último esteio da Nação. Como tal, não devem fazer nenhuma ação que comprometa não só a democracia como a estabilidade do país. E, portanto, nós – militares – não devemos ir para a rua…não faz parte da nossa missão, da nossa ética e da forma como nos devemos comportar em democracia”.