Princípio da incerteza | 5 pontos para entender a teoria de Werner Heisenberg | por Marília Marasciulo in Revista Galileu – Globo

A vida do alemão Werner Heisenberg, que nasceu em 5 de dezembro de 1901 e viveu até 1º de fevereiro de 1976, é cercada de incertezas. O físico foi um dos cientistas que ajudou o governo nazista de Hitler a (tentar) criar uma bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial. Por erros de cálculos, não deu certo — e ninguém sabe se porque Heinserberg falhou de propósito ou sem querer. Jamais saberemos.

A mesma imprecisão se aplica à teoria criada por ele, em 1927, que deu origem aos estudos da mecânica quântica. O princípio da incerteza de Heinsenberg garantiu ao alemão o Nobel de Física em 1932, e até hoje é um dos conceitos mais importantes da física quântica. Entenda:

1. Um ideia contraintuitiva
As ideias da teoria quântica, que já vinham sido desenvolvidas por físicos como Niels Bohr, Paul Dirac e Erwin Schrodinger, tinham uma lógica pouco intuitiva: elas propunham que a energia não era contínua, mas sim dividida em “pacotes” (quanta). A luz, por sua vez, poderia ser descrita como uma onda e um fluxo desses pacotes.

2. Impossível precisar
O princípio da incerteza define que não podemos medir a posição (x) e o momentum (p) de uma partícula com total precisão. E mais: quanto mais precisamente conhecemos um dos valores, menos sabemos o outro. Se multiplicarmos os erros nas medições dos valores, o resultado deve ser um número maior ou igual de uma constante que recebeu o nome de “h-barra”. Ela, por sua vez, é igual à constante de Planck (representada por h, que mede a granulosidade do mundo em suas menores escalas, e vale 6.626 x 10^-34 J.s) dividida por 2π.

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