Casimiro de Brito | Acolho-me ao teu seio

seio

Acolho-me ao teu seio. Ofereces-te
como se fosses uma festa. Um átrio. Um palco.
Um campo de batalha. E eu entro
no teu mar vivo: um altar.
Na tua lama ardente: um paraíso.
E tu sorris. E tu cantas para mais ninguém
ouvir. E tu choras, vejo as tuas lágrimas
correrem onde sou mais nu.
E num dado momento a morte vem
e toma posse de nós. E já pareces
em repouso. Eu também.

Retirado do Facebook, mural de Casimiro de Brito.

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