Fundação José Saramago | Eduardo Lourenço

No dia em que nos despedimos de Eduardo Lourenço, sobre quem José Saramago escreveu «Abriu-nos os olhos, mas a luz era demasiado forte. Por isso, tornámos a fechá-los.», recuperamos, dos diários de José Saramago (Cadernos de Lanzarote e O Caderno), algumas passagens sobre a duradoura relação de amizade e admiração que construíram.
Adeus, querido Eduardo Lourenço.

Abertura do «Último Caderno de Lanzarote», de José Saramago

23 de maio de 1993
Bastou-me esperar com paciência, e aí está: Eduardo Lourenço fez hoje 70 anos, apanhou-me. Jantámos juntos: Annie e Eduardo, Luciana, Pilar e eu. O restaurante chama-se El Callejón, também nomeado Rincón de Hemingway, cujas lembranças (fotos, nada mais que fotos) se mostram dentro. Espero que o Hemingway tenha tido a sorte de comer melhor do que nós: estes restaurantes que se gabam das celebridades que um dia por lá passaram, geralmente servem mal. Divertimo-nos como garotos em férias. Alguma má-língua risonha.

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Eduardo Lourenço faleceu | por Francisco Louçã

Eduardo Lourenço (1923-2020)

Será lembrado como o ensaísta mais marcante das últimas décadas, e era-o. Será venerado como um exigente europeísta, que não cedia ao maniqueísmo financeiro, e era-o certamente. Será homenageado como um pensador da esquerda e um criador de pontes, como era. E deve ser recordado como um ser humano excepcional, de amizade inquebrantável e fiel às interrogações que nos levam para a frente. Adeus, Eduardo.

1 de dezembro de 1640 | Restauração da Independência

A 1 de dezembro de 1640, D. João IV era aclamado Rei de Portugal, rompendo desta forma com o jugo castelhano sobre Portugal e dando inicio à Guerra da Restauração, que duraria até 13 de fevereiro de 1668, data em que se assinou o Tratado de Lisboa, entre Afonso VI de Portugal e Carlos II de Espanha.

Conflitos da Guerra da Restauração: 1- Batalha do Montijo (maio de 1644); 2- Cerco de Elvas (outubro de 1644); 3- Recontro de Arronches (novembro de 1653); 4- Cerco de Badajoz (julho de 1658);5 – Batalha das Linhas de Elvas (janeiro de 1659);6 – Batalha do Ameixal (julho de 1663);7 – Batalha de Castelo Rodrigo (julho de 1664);8 – Batalha de Montes Claros (junho de 1665).

Aclamação de D. João IV como Rei de Portugal, pintado por Veloso Salgado (Museu Militar de Lisboa).