A identidade da Europa — o Ocidente para que lado fica? | por Carlos Matos Gomes

Um artigo de Simon Jenkins no The Guardian comenta o resultado do último senso no Reino Unido: De acordo com o censo, agora somos uma terra de muitas religiões.

“Inglaterra e País de Gales não são mais cristãos! De acordo com o censo de 2021, o número dos que colocaram um X na caixa cristã do formulário caiu para menos de 48%. Um número superior de habitantes vai a uma mesquita todas as semanas em vez de ir a uma igreja paroquial. Os “sem religião” triplicaram desde o milênio, para 37%. As minorias étnicas agora compreendem 18% da população e formam maioria em cidades como Birmingham e Leicester. Isso significa que muçulmanos e hindus criaram algum terreno para a religião como tal.”

As opiniões dominantes nos meios de comunicação europeus podem condenar o racismo e a discriminação, mas isso não deve esconder as alterações resultantes da diversidade, nem as suas consequências, seja nas Ilhas Britânicas, seja na Europa continental onde a mesma alteração demográfica e cultural está a ocorrer. Paris, o Sul de França, Bruxelas, Berlim, Franckfurt, Amesterdão são hoje regiões multiétnicas, multiculturais, onde o cristianismo e a sua história, a visão do mundo que marcou a Europa desde o império romano são minoritárias e estão em competição com outras cosmogonias.

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