XANANA GUSMAO | por AS Curvelo-Garcia

De seu nome José Alexandre Gusmão, nasceu em Laleia, Manatuto, Timor-Leste, então colónia portuguesa, em 20 de junho de 1946. Frequentou um colégio jesuíta, nos arredores de Dili. Aos 15 anos saiu do colégio, por motivos financeiros da sua família, continuando os estudos numa escola noturna e exercendo diversas profissões não qualificadas. Durante o governo português em Timor-Leste, de 1966 a 1968, foi funcionário do Departamento de Silvicultura e Agricultura. Em 1968 foi incorporado no exército português, onde esteve durante três anos, conforme o que se passava na altura com todos os jovens em Portugal e nas suas colónias: Portugal mantinha a guerra colonial em diversas frentes!

Em 1971, ingressou numa organização nacionalista encabeçada por José Ramos-Horta; até 1974, esteve ativamente envolvido em protestos pacíficos dirigidos ao sistema colonial. Em 1974, quando o governo português promoveu a descolonização de Timor-Leste, tornou-se membro da ASDT (Partido Social-Democrata de Timor-Leste), mais tarde transformado na FRETILIN (Frente Revolucionária para a Independência de Timor-Leste). Integrou o Comité Central da FRETILIN. Em 1975 uma intensa luta interna

ocorreu entre duas fações rivais no Timor Português. Xanana Gusmão envolveu-se profundamente com a FRETILIN, tendo sido preso e encarcerado pela fação rival, a União Democrática Timorense (UDT), em meados de 1975. A Indonésia começou

imediatamente uma campanha de desestabilização, e frequentes incursões no Timor Português foram realizadas a partir de Timor Ocidental indonésio. No final de 1975, a FRETILIN ganhou o controlo do Timor Português e Xanana foi libertado, sendo

conduzido ao cargo de secretário de imprensa dentro da organização. Em 28 de novembro de 1975, foi declarada a independência do Timor Português como “República

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