A Família Bélier, de Eric Lartigau

Numa família de surdos, apenas Paula ouve. Uma adolescente a quem é descoberto um dom que lhe permite aceder a uma escola em Paris. Um dom que os pais não conseguem apreciar. Espreitam-no através de um silêncio difuso, no qual estão irremediavelmente presos, numa espécie de purgatório. Cabe ao pai vencer essa barreira ao sentir a emoção que se desprende da filha quando canta.

O mundo dos surdos é retratado com respeito e sensibilidade. Logo no início do filme, desconhecendo o barulho que a louça pode fazer, durante o pequeno-almoço, tudo é manuseado com relativo desprendimento, sem se aperceberem como isso pode incomodar quem ouve. Uma boa imagem de como a audição pode cavar uma fronteira entre duas realidades tão próximas.

Sem cedências, este filme revisita alguns clichés do cinema americano, numa aposta ganha. Para ver em família, entre risos e lágrimas, servidos num ritmo perfeito.

Sinopse:

Na Família Bélier todos são surdos – exceto Paula, 16 anos. Ela é uma intérprete indispensável no cotidiano de seus pais, ajudando principalmente no funcionamento da fazenda da família. Um dia, impulsionada por seu professor de música que descobriu seu dom para cantar, ela decide se preparar para o concurso da Radio France. Uma escolha de estilo de vida que significaria para ela ficar longe da família e a inevitável transição para a vida adulta.

Saiba mais.

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