Filipe Morato Gomes é blogger de viagens e viajante profissional. Num workshop de escritas de viagem partilha connosco a sua técnica de contar histórias com a viagem em pano de fundo, transmitir emoções e fazer com outros viajem através do nosso olhar.

Do programa do curso:

Viajar a pensar na escrita e escrever a pensar no leitor é o desafio que lançamos nesteworkshop, eminentemente virado para as questões práticas. Como planear uma viagem de trabalho? Quais as bases no terreno que possam conduzir a uma boa reportagem (observação e anotações, interação com a realidade local, ação face ao imprevisto)? Como estruturar uma boa história? Como vender as reportagens?

Vamos analisar exemplos concretos de crónicas e reportagens, umas publicadas e muito elogiadas, outras recusadas – e perceber porquê foram recusadas.

Vamos sair à rua, com o objetivo de recolher material e vivências para escrever uma crónica de viagem numa zona emblemática de Lisboa ou Porto.

Vamos partilhar e comentar os escritos. Vamos aprender em conjunto.

Saiba mais aqui sobre este workshop.

Filipe Morato Gomes por ele próprio:

Tenho, atualmente, 44 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, estive em quase 100 países e estou certo de que essa experiência pode ser útil para os que, como tu, querem também descobrir o mundo. Estejas a dar os primeiros passos ou a desbravar novas e mais desafiantes geografias.

Quero, especialmente, inspirar-te.

Inspirar-te a viajar mais e melhor, a viver em vez de ver, a estar em vez de passar.

Mostrar que todos podem viajar, independentemente dos normais receios que todos sentimos ao sair da nossa “zona de conforto”. Mostrar que não é preciso ser rico para viajar e que, tendo objetivos bem definidos, poupar para viajar não custa nada. Mostrar que as pessoas são boas em todo o mundo – e contar histórias delas, com elas.

E, já agora, dar-te a conhecer alguns locais por onde vou passando.

Na qualidade de cronista de viagens ou de líder de viagens de aventura, passo boa parte do ano em viagem. Por isso, matéria-prima para histórias novas e atuais é o que seguramente não me falta.

Visita o blog para conheceres as últimas histórias publicadas. Ou, melhor ainda, começa por esta compilação de artigos para planeares a tua viagem – são um bom ponto de partida para explorares o site.

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Obrigado por viajares comigo através deste site. Sugiro que partilhes também a tua paixão pelas viagens comentando os posts do blog e, se tiveres alguma questão a colocar, envia-me um email. Sou todo ouvidos e terei o maior prazer em ajudar-te a ter asas.

Qual o meu estilo de viagem?

Antes de mais, defendo que as pessoas são o mais importante das viagens. São as pessoas com quem me cruzo na estrada que mais me marcam – não as paisagens ou monumentos.

Continuo a viajar de mochila às costas e o meu espírito é esse mesmo, o de um mochileiro. Prefiro os transportes públicos ao táxi, da mesma forma que prefiro o ambiente social doshostels ao ambiente hermético dos hotéis. Confesso que não gosto de resorts e hotéis de luxo – chamem-me herege, mas não troco uma dormida em casa da “Ti Maria” lá da aldeia pela suite presidencial do Hilton.

Mas já não sou um viajante tão hardcore como antigamente, estou um pouco mais comodista: evito os dormitórios e, sempre que possível, prefiro um quartinho privado numhostel ou na casa de alguém, mesmo que pequeno e sem casa de banho. Sou também adepto do Couchsurfing e da imersão na vida local que a experiência permite.

Em suma, dispenso os luxos, mas valorizo a privacidade. Até porque viajo sempre acompanhado por um computador portátil, smartphone e máquina fotográfica.

Sou, portanto, uma espécie de flashpacker – uma nova era de backpackers tecnológicos.