É ESTA A HORA | Sophia de Mello Breyner Andresen

É esta a hora perfeita em que se cala
O confuso murmurar das gentes
E dentro de nós finalmente fala
A voz grave do sonhos indolentes.

É esta a hora das vozes misteriosas
Que os meus desejos preferiram e chamaram
É esta a hora das longas conversas
Das folhas com as folhas – unicamente.
É esta a hora em que o tempo é abolido
E nem sequer conheço a minha face.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)
in, DIA DO MAR.

 

Tango with Lions ~ In a Bar

Tango with Lions are the project of singer/song-writer Kat, and were originally conceived in 2006 after the musical dressing of diaries, photos and book-reading influences. A band was officially formed during a summer-time jam in 2007, in a beach house with former members Johniethin and Dana. Johnniethin’s blues-folk guitar playing and harmonica style, met cellist Stavros’ confident melodies and Dana’s delicate clarinet sound to complete what the debut album “Verba Time” represents. Since the recording sessions during 2009-2010 with producer Ottomo at Fab Liquid Studios, the line up has changed, with Yannos now playing guitars and the appearance of drums. Tango with Lions is seen as a collective of day-dreamers, hard-workers and music-lovers. The album “Verba Time” got released by InnerEar Records on June 21st, 2010 and was warmly welcomed by critics and audience. Tango with Lions are currently giving concerts along with preparing new songs.”

Members:
Kat- voice, piano, guitars, harp, bass
Yannos- guitars, vocals
Stavros- cello, mandolin
Nikos V.- drums, percussion, vocals
Jimmy Star – trompone

Sur les femmes | Denis Diderot

Résumé :
«Quand on écrit des femmes, il faut tremper sa plume dans l’arc-en-ciel et jeter sur sa ligne la poussière des ailes du papillon ; comme le petit chien du pèlerin, à chaque fois qu’on secoue la patte, il faut qu’il en tombe des perles.» Un hommage vibrant aux femmes, un plaidoyer enlevé en faveur de leur émancipation, par l’un des plus grands philosophes des Lumières.

Denis Diderot

ISBN : 2070453308
Éditeur : GALLIMARD (12/09/2013)
 

Morangos Silvestres (legendado) | Ingmar Bergman

Um médico, prestigiado professor, aos 78 anos viaja de Estocolmo para Lund para receber um título honorífico da universidade onde se formou… apesar do prestígio social e profissional, o professor sonha que talvez esteja morto porque poderá ter falhado a parte propriamente humana da vida… a nora acusa-o de “egoísmo, frieza, indiferença”… e diz-lhe que o filho o respeita… mas também o odeia!… e ficamos a saber que o filho não quer ter filhos porque foi “um filho indesejado”, gerado num “casamento infernal”… no final, porém, o mestre Bergman diz-nos que pode haver esperança!… há mestres!… (André Freire)

Retirado do Facebook | Mural de André Freire

Omnisciencia e Confissão | José Filipe da Silva

Nunca percebi a necessidade de confissão a um deus omnisciente… (José Filipe da Silva)

La omnisciencia, es la capacidad de saberlo todo. Es un atributo propio de Dios en las religiones abrahámicas. En literatura, cuando el narrador conoce todos los pensamientos de los personajes y sucesos de la historia se le conoce como narrador omnisciente. 

… sendo a religião a base da ética / moral, pilares importantes da cultura que suporta uma sociedade, está obviamente sob o escrutínio permanente dos pensadores sociais, portanto em discussão aberta e continuada. Não podemos aceitar que cada um creia no que creia, sob risco de termos que aprovar fundamentalismos e suas consequências sociais (guerras santas, jihad’s, inquisições). Os Concílios provam que não há repouso à discussão.
Reconhecer os nossos pecados e verbalizá-los? A verbalização é uma das formas de comunicação menos usada pelos deuses de serviço. Quanto ao reconhecermos “pecados”, ou os fizemos de forma inconsciente e somos inimputáveis, ou os fizemos conscientemente e os reconhecemos no próprio acto de os cometer. Diz-se que pedir perdão ou desculpa é algo que não deve ser práxis, a práxis é evitar ter que o fazer. Aliás o perdão só dignifica o concessor e a má fé daquele a quem foi concedido perdão é patente na caminhada semanal para o confessionário… a reincidência tem que ter limites 😉  Enfim… confessar algo a um “ser omnisciente” é um atentado à lógica ou o reconhecimento prático de que a omnisciência inexiste…

Retirado do Facebook | Mural de José Filipe da Silva