Omnisciencia e Confissão | José Filipe da Silva

Nunca percebi a necessidade de confissão a um deus omnisciente… (José Filipe da Silva)

La omnisciencia, es la capacidad de saberlo todo. Es un atributo propio de Dios en las religiones abrahámicas. En literatura, cuando el narrador conoce todos los pensamientos de los personajes y sucesos de la historia se le conoce como narrador omnisciente. 

… sendo a religião a base da ética / moral, pilares importantes da cultura que suporta uma sociedade, está obviamente sob o escrutínio permanente dos pensadores sociais, portanto em discussão aberta e continuada. Não podemos aceitar que cada um creia no que creia, sob risco de termos que aprovar fundamentalismos e suas consequências sociais (guerras santas, jihad’s, inquisições). Os Concílios provam que não há repouso à discussão.
Reconhecer os nossos pecados e verbalizá-los? A verbalização é uma das formas de comunicação menos usada pelos deuses de serviço. Quanto ao reconhecermos “pecados”, ou os fizemos de forma inconsciente e somos inimputáveis, ou os fizemos conscientemente e os reconhecemos no próprio acto de os cometer. Diz-se que pedir perdão ou desculpa é algo que não deve ser práxis, a práxis é evitar ter que o fazer. Aliás o perdão só dignifica o concessor e a má fé daquele a quem foi concedido perdão é patente na caminhada semanal para o confessionário… a reincidência tem que ter limites 😉  Enfim… confessar algo a um “ser omnisciente” é um atentado à lógica ou o reconhecimento prático de que a omnisciência inexiste…

Retirado do Facebook | Mural de José Filipe da Silva

Direitos Universais da Carneirada | in “mural de Facebook” de José Filipe da Silva

Olhai os poderosos do mundo e reflictam. É necessário estabelecer, desde já, os Direitos Universais da Carneirada.

1 – A carneirada deverá ter direito a pasto suficiente, para que não morra de fome;
2 – A carneirada deverá ter direito a um redil, de escolha do seu pastor;
3 – A carneirada tem direito a manter a cabeça sobre o corpo, independentemente do uso que lhe dá;
4 – A carneirada pode ser tosquiada, desde que lhe seja mantida lã suficiente para que não morra de frio;
5 – Ninguém poderá inibir o balir da carneirada, mesmo que haja total indiferença aos “més-més” e à interpretação dos mesmos;
6 – Mais do que um dever, é um direito do carneiro ser escolhido para imolação;
7 – Cada grupo de carneiros deverá ter direito a um cão pastor e “perceber” que ele está presente para sua protecção e segurança;
8 – Se o pastor tiver “patrões” ocultos a carneirada pode adorar esses “patrões” como se de o pastor se tratasse;
9 – A carneirada tem direito à procriação e à multiplicação do rebanho, desde que eduque os carneirinhos nos são princípios enunciados pelos pastores e de que não faça deles coisa sua;
10 – Sempre que a carneirada julgue ter razão poderá dar um “mês-més” mais altos, sem que nunca questione as soluções do pastor;
11 – A carneirada tem direito a um cantinho de pasto, desde que pague taxa de relva, taxa de ocupação de terra, taxa de rega, taxa de sol sobre a eira e taxa de ventilação de ar puro;
12 – É livre a circulação da carneirada, dentro dos limites do arame farpado definido pelos pastores;
13 – A carneirada tem o direito de escolher periodicamente o menos mau dos pastores e a fazer ensaios entre os mais improváveis para essa tarefa.

carneirada

Os “pilha galinhas” | José Filipe da Silva

pilha

Reflexão histórica ::: Mandava El-Rei D. Pedro I, o Justiceiro ou o Cruel, aquele que padecendo de amores, deles não morreu… e sua majestade legislou, na “Ordenação sobre a tomada de galinhas”, que se proibisse, “tanto aos grandes como à própria casa real, que fossem comprados por preço inferior ao corrente, ou tomados à força, patos galinhas, leitões e outros géneros”. Estavam assim proibidos e identificados (as elites, os grandes, o poder político), em pleno século XIV, os “pilha galinhas” de Portugal. Não consta que esta legislação tenha sido revogada, garanto-vos que pesquisei abundantemente. Fica a questão, até quando o povo português terá que pagar milhares de milhões (das receitas dos seus impostos) para “salvar” bancos e “negócios públicos” geridos por “pilha galinhas”? É que é manifestamente contra a lei… 😉

Retirado do Facebook | Mural de José Filipe da Silva

DESCOBERTA EXTRAORDINÁRIA | Sonified Higgs data show a surprising result | by Harriet Jarlett

Serão os grandes músicos excepcionais sensitivos e descodificadores das mais ténues vibrações do mundo físico? Porque nos toca a “alma” a música dos grandes clássicos? Sintonia (sinfonia) universal?

(José Filipe da Silva)

Scientists at CERN have been using new techniques to try and learn more about the tiniest particles in our universe. One unusual method they’ve utilised is to turn data from the Large Hadron Collider (LHC) into sounds – using music as a language to translate what they find.

Physics data and music share many similar connections, from resonances and vibrations, to patterns and frequency. By sonifying the data, comparing it to a musical score and then applying what we know about music theory it can give researchers a different perspective on the data, and throw up unusual insights.

This is exactly what happened this week when physicists at CERN sonified the Higgs boson data. They were shocked when, after listening to random notes as the data played its random tune, a bump in the graph translated into a well-known pattern of recognisable notes.

“It’s surprising that such an awful piece of music would be found in such important data,” said Wilhelm Richard Wagner, a CERN physicist who works on the Valkyries theory. “I’d have expected the universe to sound even more dramatic, more like a film score…’

The team are now working on sonifying as much data as possible to see if further musical patterns can be recognised. The next step is to see if other physics theories, not just the Standard Model, have music in their background noise.

You can listen to the sonified Higgs boson in the video below

VER AQUI:  CERN

a tolerância alavanca-se na intolerância de intolerâncias | José Filipe da Silva

jose filipeA Europa do pós-guerra cultivou a tolerância, em todos os azimutes comportamentais, como timbre da sua elevação civilizacional. Por estranho e cacofónico que possa soar, a tolerância alavanca-se na intolerância de intolerâncias e, se assim não for, é mera submissão, abdicação de liberdade. Não podemos compactuar com fundamentalismos bárbaros e assassinos, temos que ser actuantes. Por uma questão de premência, anular numa primeira fase os efeitos e, numa segunda fase, por mais complexo e moroso, tratar das causas. O islamismo radical (eventualmente um pretenso islamismo), põe em causa o islamismo moderado que partilha uma paz ecuménica. No fervor das soluções possíveis, arrisca-se fazer pagar o justo pelo pecador. Para combater o radicalismo islâmico é preciso estar-lhe próximo, sendo que é o islamismo moderado que usufrui dessa proximidade. As ovelhas negras não podem viver camufladas pelas ovelhas brancas, gostaríamos de ver o verdadeiro islamismo na primeira linha desta luta.

José Filipe da Silva

2016-03-24