Pandemia, Política e Decência | Rodrigo Sousa e Castro

Se o País fosse declarado em estado de guerra, não passava pela cabeça de ninguém que aos diversos ramos das forças armadas não se juntassem outras forças armadas, como as policias, GNR, guardas de outra natureza, proteção civil e corpos de bombeiros.

Era então certo que haveria um comando único com o seu estado maior, uma hierarquia única e um plano de combate que todos deveriam realizar.

Pode então perguntar-se, porque é que numa situação pandémica com um forte agravamento em curso, todos os órgãos e estabelecimentos ligados ao sistema de saúde, hospitais sejam eles privados públicos ou sociais, clinicas, academias médicas, inem, centros de saúde básicos ou intermédios não são colocados sob uma comando único, obedecendo a uma mesma hierarquia, perdendo temporariamente as condições especificas de gestão que após a pandemia debelada recuperariam ?

A resposta a uma questão tão óbvia é bem fácil e de constatação dolorosa:- a Politica governamental e Presidencial segue o seu caminho demagógico e titubeante mesmo em tempos pandémicos;- A ganância do lucro oblitera o sentido patriótico que a parte privada do sistema tinha a estrita obrigação de ter nesta conjuntura;- agentes altamente responsáveis, desde sindicalistas a bastonários agem com a fria determinação de aproveitaram em modo de abutres uma situação onde só deveria caber, sacrifício, luta, compaixão e dever patriótico.

A distância entre a generosidade e esperança de quem baniu a ditadura e sonhou um regime livre e justo é agora mais evidente.

Retirado do Facebook | Mural de Rodrigo Sousa Castro

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