Cavalos Selvagens, o novo romance de Silas Corrêa Leite, de novo surpreende, cativa, emociona.

Lançamento

“…quem somos nós, autointitulados humanos, senão meros cavalos passando de mão em mão e servindo como veículos para que a vida possa escorrer por meio de nossas existências? – Roberto Damatta

-Como em seus outros diferenciados romances anteriores, o polímata Silas Corrêa Leite de novo se supera. Seu novo livro, bancado pela LetraSelvagem (SP) e Kotter (PR) – Editoras que inauguram parceria de coedição – começa como se em um thriller desesperado e assustador, já iniciando a própria dicotomia que funda a obra como um todo, feições entre a vida morrendo e a morte nascendo, nesses entremeios o medo, o desespero, revisitanças, mais doces e amargas memórias, passagens de vidas a limpo, a corrida contra o tempo, desvãos de almas, tudo isso partindo de uma doença fatal, da capital, para o interior, mais precisamente Itararé, sudoeste do Estado de São Paulo, divisa com o noroeste do Paraná, e ali finca-se o palco do romance em que o cavalo selvagem pode ser apenas uma metáfora de tudo o que somos, como em Hamlets, carnicentos e afins. Diz o rock Cavalos Selvagens “A infância é algo fácil de viver(…)/Você sabe que não posso deixar você deslizar pelas minhas mãos(…)/Cavalos selvagens não conseguiriam me levar embora(…)/Eu assisti você sofrer uma dor lancinante(…)/Nenhuma saída ligeira ou falas nos bastidores(…)/Podem me fazer sentir amargurado ou lhe tratar com grosseria – Wild Horses, (Composição de Keith Richards / Mick Jagger).

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