Hedy Lamarr was born Hedwig Eva Maria Kiesler on November 9, 1914, in Vienna, Austria, by Imtiaz Bibi, in Facebook

In January 2000, the world lost one of its brightest yet least recognized minds. Her name was Hedy Lamarr. At 85, she was not only a Hollywood star of the golden age, but also an inventor whose work laid the groundwork for modern wireless technology. 🌸

Hedy Lamarr was born Hedwig Eva Maria Kiesler on November 9, 1914, in Vienna, Austria. Raised in a well-off Jewish family, she showed a remarkable intellect from an early age. Her father, a banker fascinated by technology, encouraged her to take apart and analyze mechanical devices, teaching her the basics of engineering as a child. 🌸

Her dazzling beauty led her to the world of cinema early on. At eighteen, she starred in the controversial film “Ecstasy” (1933), causing a scandal with scenes of nudity and open expressions of female pleasure—unheard of at the time. 🌸

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Laura Antonelli, nome artístico de Laurinda García Antonaz, Pola, 28 de novembro de 1941 – Ladispoli, Itália, 22 de junho de 2015) foi uma atriz italiana, popular nas décadas de 1970 e 1980.

“Cunhal se fosse vivo e visse o panorama político, ficaria triste”, História de Marina Gonçalves, in Notícias ao Minuto

‘Camarada Cunhal’ estreia na quinta-feira, dia 24 de abril, na véspera do 25 de Abril, e retrata a fuga de Álvaro Cunhal da Fortaleza de Peniche, uma das prisões mais temidas do regime salazarista.

Inspirado no livro ‘Álvaro Cunhal: Retrato Pessoal e Íntimo’, de Adelino Cunha e que foi publicado em 2010, o filme ‘Camarada Cunhal’, de Sérgio Graciano, conta-nos um dos episódios mais marcantes da vida de Álvaro Cunhal. 

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Fátima acolhe Festival Internacional de Cinema de Temática Religiosa Cristã em 2026

Sessão de antevisão do «cineFé» agendada para 17 de maio de 2025

Fátima foi a cidade escolhida para a realização, em setembro de 2026, do Festival Internacional de Cinema de Temática Religiosa Cristã, uma iniciativa organizada e promovida pela associação de artes cinematográficas Ensaio Imperdível. 

A sessão de antevisão do cineFé, assim se intitula o festival internacional, realiza-se a 17 de maio próximo, nos Missionários da Consolata, em Fátima, ocasião em que será possível conhecer melhor este projeto que se apresenta destinado ao público em geral, até porque “pretende acabar com o preconceito de que filmes de temática cristã só são destinados a pessoas religiosas”, como sublinham os seus promotores.

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O filme “Ainda estou aqui” ganha um Óscar: “É a cultura do Brasil que está a ser reconhecida”, in Agência Lusa

O realizador brasileiro Walter Salles, que venceu esta noite o primeiro Óscar de sempre do Brasil com o filme “Ainda Estou Aqui”, considerou que este reconhecimento é para a cultura e o cinema brasileiros, que agora ecoa pelo mundo

O realizador brasileiro Walter Salles, que venceu esta noite o primeiro Óscar de sempre do Brasil com o filme “Ainda Estou Aqui”, considerou que este reconhecimento é para a cultura e o cinema brasileiros, que hoje ecoa pelo mundo.

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Marcello Mastroianni and Nastassja Kinski, by Ocean of Memories, in Facebook

Marcello Mastroianni and Nastassja Kinski were two of the most captivating figures in European cinema during the 1960s and 1970s, and their pairing exuded a level of sophistication and timeless elegance that became emblematic of the era.

Mastroianni, already a well-established icon of Italian cinema, had become synonymous with a style that blended effortless charm and understated refinement. His roles in La Dolce Vita (1960) and 8½ (1963) solidified his status as one of the most recognizable faces in international cinema. Kinski, known for her striking beauty and versatility, rose to prominence in the 1970s, gaining recognition with roles in films such as Paris, Texas (1984) and Tess (1979), where her presence radiated both innocence and sensuality. Their collaboration in The Amorous Adventures of Moll Flanders (1965) captured their natural on-screen chemistry, epitomizing the romantic yet intellectual allure of European cinema.

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Maria Schneider | French actress

Maria Schneider was a French actress whose beauty, talent, and unconventional spirit left a lasting impression on the world of cinema. Born on March 27, 1952, in Paris, France, she was the daughter of French actor Daniel Gélin and Marie-Christine Schneider, although she grew up without a close relationship with her father. Maria’s early life in Paris and rural France cultivated her free-spirited nature, which became a hallmark of her career and personality.

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Best scene of Doctor Zhivago (with Lara’s Theme by Maurice Jarre)

Jivago mêle le savoir-faire d’un réalisateur pour conter des histoires épiques avec une histoire fabuleuse issue d’une nouvelle de l’écrivain russe “Pasternak” avec la magistrale interprétation de Omar Sharif, la très belle Julie Christie et Rod Steiger. Le mélange crée un romantisme sublime sous fond de révolution russe et de paysages vastes, froids, durs et magnifiques à la fois.

Rita Hayworth, born Margarita Carmen Cansino on October 17, 1918, in Brooklyn, New York

Retirado do Facebook | Mural “History Glimpses”

Rita Hayworth, born Margarita Carmen Cansino on October 17, 1918, in Brooklyn, New York, was a prominent actress and dancer who became one of the biggest stars of Hollywood’s Golden Age. Her journey from a young girl in a working-class family to an iconic movie star exemplifies the transformative power of the Hollywood studio system. The image of her at a nightclub in Hollywood, likely from 1939, captures her in a moment of glamour and sophistication that would define her legacy.

Rita’s early life was deeply influenced by her family’s artistic background. Her father, Eduardo Cansino, was a Spanish dancer, and her mother, Volga Hayworth, was an American actress. This exposure to the performing arts fostered her interest in dance and entertainment from a young age. By the time she was a teenager, Hayworth had already begun performing in her father’s dance troupe, and she quickly caught the eye of Hollywood scouts.

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Ingrid Bergman and Roberto Rossellini, in American Philosophy/Facebook

Ingrid Bergman’s affair with director Roberto Rossellini marked one of the most turbulent yet defining chapters in her career. Known for her radiant beauty and on-screen grace, Bergman’s personal life dramatically collided with her professional success when the affair became public. At the height of her career in the late 1940s, she was one of Hollywood’s most beloved actresses. The revelation of her relationship with Rossellini shattered her carefully crafted public image and led to a dramatic career shift. This episode is not just about love and controversy but also about the complex dynamics between public perception, cultural morality, and personal choices.

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Paixões cinematográficas | Helena Sacadura Cabral, in Facebook

Apaixonar-se por Alain Delon em “O Leopardo” é como ser arrebatado por um daqueles amores intensos e avassaladores que só se vive na adolescência. Delon, com seus olhos penetrantes e sorriso enigmático, parecia personificar tudo o que era inatingível e irresistível. Vê-lo em cena, elegante e misterioso, como Tancredi, era quase como viver uma fantasia secreta, onde cada olhar e gesto dele poderia ser interpretado como um sinal de algo mais profundo.  Aconteceu comigo!

Naquela época, era fácil sonhar acordada, imaginando-se ao lado dele nos salões sumptuosos, dançando uma valsa num baile inesquecível, enquanto ele sussurrava palavras doces no nosso ouvido. A beleza etérea de Delon, combinada com a aura de melancolia e desejo que ele transmitia, fazia o coração bater mais forte, como se fosse possível sentir uma conexão real através da tela.

Esses sentimentos, misturados com a intensidade das emoções adolescentes, transformam Alain Delon não apenas em uma estrela de cinema, mas em um ideal de amor romântico. Ele representava aquele mistério e fascínio que muitas vezes se associam ao primeiro amor — algo ao mesmo tempo excitante e inalcançável. Talvez o mais tocante de tudo seja como, mesmo depois de tantos anos, a lembrança desse amor adolescente por Delon, ainda pode despertar um sorriso nostálgico, como uma memória querida que nunca se apaga completamente.

ABRA-SE A BOCA AO ACTOR E OLHE-SE LÁ PARA DENTRO, por Manuel S. Fonseca in Facebook

Publicado no Weekend, suplemento de 6.ª feira do Jornal de Negócios

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Hoje, ao saber da morte de Alain Delon, lembrei-me dos actores. E de tentar olhar lá para dentro deles! Será que se pode?

ABRA-SE A BOCA AO ACTOR E OLHE-SE LÁ PARA DENTRO

Tenho um medo dos actores que me pelo. Lembro-me do senhor Adolfo Gutkin me ter mandado subir ao palco do teatro da Trindade, para me juntar aos exercícios de aquecimento a que esses espectros, a que chamam actores, se dedicavam.

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‘Emma Bovary’, filme do cineasta francês Didier Bivel | Dia 14 Julho, 19:50, estreia na RTP2

Uma revisitação da obra-prima de Gustave Flaubert e do julgamento do seu livro ‘Madame Bovary’, domingo, dia 14, pelas 19:50 em estreia na RTP2.

1857. Um tribunal. O procurador e o advogado de defesa preparam-se para se enfrentarem. Entre eles: Gustave Flaubert, o homem a ser julgado. O seu livro ‘Madame Bovary’ é acusado de obscenidade e ofensa à moral pública. À medida que os dois lados expõem o seu caso, a história de Emma ganha vida e desenrola-se diante dos nossos olhos.

“Insubmissa” | documentário sobre a escritora Natália Correia, by Nanook – Joaquim Vieira e Filipa Martins.

A Nanook acabou de entregar à RTP2 a sua mais recente produção: o documentário “Insubmissa”, sobre a escritora Natália Correia (Fajã de Baixo, 1923-Lisboa, 1993), personalidade singular, ousada e irreverente no campo das letras portuguesas do século XX.

Ao longo do filme, dividido em duas partes (“Natália na Resistência” e “Natália na Liberdade”), a câmara vai acompanhando a escritora Filipa Martins na sua descoberta da personalidade de Natália Correia, de quem se encontra a escrever a biografia.

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Filme: A lista de Schindler e a menina do casaco vermelho

A menina do casaquinho vermelho é um dos símbolos do filme “A Lista de Schindler”, de Steven Spielberg (1993), que narra a história de Oskar Schindler, um empresário alemão que salvou a vida de mais de mil judeus, durante o Holocausto, ao empregá-los em sua fábrica.

O filme é considerado, pela crítica especializada, como um dos melhores já feitos. Nele, uma das escolhas estéticas que mais chamaram a atenção foi o fato de ser quase todo em preto e branco. Segundo o diretor, isso traria uma atmosfera de documentário e seria a melhor representação para a época. Para ele, a cor é o símbolo da vida. Logo, um filme sobre o Holocausto tinha que ser em preto e branco.

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Romance ‘Bom Dia, Tristeza’, de Françoise Sagan

O romance ‘Bom Dia, Tristeza’, de Françoise Sagan, é uma pedra angular da história da literatura que abalou os valores morais de uma época, deu voz à juventude e continua a ressoar na sociedade atual. Quem é a sua autora, uma jovem desconhecida de 18 anos de idade, e como é que captou com tanta precisão a juventude do seu tempo, antecipou a libertação sexual, o fim do modelo de família tradicional, a emancipação feminina, reivindicações que explodiriam 14 anos depois, a partir dos protestos de Maio de 68?  ‘Bom Dia, Tristeza: Sagan By Sagan’ revela a génese e criação do mito de Sagan, terça-feira, dia 14, às 22:50 em estreia na RTP2

Bow Clara | Publié le 21 juillet 2023 par Mémoires de Guerre

Clara Bow est une actrice américaine née le 29 juillet 1905 à New York et décédée le 27 septembre 1965 à Los Angeles. Principalement connue sous le surnom de It Girl, elle joue dans une cinquantaine de films entre 1925, où elle fait ses débuts dans Down to the Sea in Ships, et 1933, année de sa retraite, parmi lesquels d’incontestables réussites dont Kid Boots (1926) et Le Coup de foudre (1927).

ALTA CULTURA: LUXO OU NECESSIDADE?

O que é Alta Cultura? Qual a missão desta página (no Facebook)? Pareceria, dado a adjetivação, que pretendemos hierarquizar diferentes culturas arbitrariamente, um apelo etnocentrista ou “elitista”, com algum viés ideológico ou religioso. Mas não se trata disso. A página não tem qualquer finalidade ou compromisso político e ideológico.

Matthew Arnold, poeta e crítico britânico, em seu célebre ensaio “Cultura e Anarquia”, publicado em 1865, definiu ‘alta cultura’ como “o melhor do que uma sociedade pensou e falou”. 

No uso popular, o termo “alta cultura” identifica a cultura da classe alta (a antiga aristocracia), ou de uma classe de status (como a intelligentsia – elite intelectual); ou, ainda, e o principal, segundo o filósofo britânico e especialista em estética, Sir Roger Scruton, “o conjunto de produções culturais, principalmente artísticas, realizadas por meio de grande apuro técnico, levando em conta a tradição e a beleza”.

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O filme “Morte em Veneza” | por Victor Oliveira Mateus

O filme “Morte em Veneza”, que fez a minha geração embandeirar em arco, e que hoje é varrido para debaixo do tapete com aquele pudor hipócrita que a ignorância sempre traz. Esse filme é um magistral levantamento da dualidade ético-epistemológica que sempre tem lavrado na cultura ocidental.

W. K. C. Guthrie, na sua magistral História da Filosofia Grega em 6 volumes, não se coíbe em afirmar que o Pensamento Ocidental, ao longo dos séculos, não tem sido mais do que um confronto entre Platão e Aristóteles. Ou seja: entre o primado da Alma, do racional, com a subsequente subalternização dos sentidos ou, até mesmo, a sua recusa, e o encumear dos sentidos, com a respetiva secundarização do intelecto.

Este é o tema central do filme de Visconti, bem como do conto homónimo de Thomas Mann. Logo no início da película assistimos à estreia de uma Sinfonia de Aschenbach, que é, depois, incrivelmente pateada. No diálogo que se segue, um dos grandes amigos do maestro grita-lhe dizendo que o insucesso que ele acabara de experimentar era mais do que merecido, já que ele criara uma sinfonia puramente racional (geométrica?), de onde os sentidos tinham sido abolidos, isto é, Aschenbach desenvolvera a tese pitagórica (convém não esquecer que Kepler e Einstein não andaram muito longe de correspondências análogas!) da correspondência entre os números e as nota musicais, urge também referir, aliás, que em Platão o conhecimento matemático funcionava como uma mera propedêutica ao saber filosófico.

Esta relação matemática/ filosofia vigora ainda hoje em algumas Escolas filosóficas! O amigo de Aschenbach salta, então, para o piano e ataca uns acordes, continuando a gritar que a obra de arte, a Beleza, não pode ignorar os sentidos, as emoções.

Esta situação dilemática atravessou, e atravessa, toda a nossa cultura: na literatura podemos encontrá-la em Stefan Zweig (Confusão dos sentimentos), Hermann Hesse (Narciso e Goldmund), Julien Green (Terre Lointaine), etc. No entanto, este tema não aparece só na literatura assumidamente homoerótica ou, como é o caso no conto de Mann, naquela outra em que a heterossexualidade de uma personagem sofre um qualquer abanão (Veja-se o filme “Oito mulheres” de Ozon), podemos encontrar esta temática, por exemplo, no cinema: em “Para além das Nuvens” de Antonioni, vemos que Kim Rossi Stuart sofrendo de uma paixão avassaladora por Chiara Caselli, depois de muito peregrinar e quando se encontrou, finalmente, a sós com ela num quarto, não deixou que a sua mão tocasse o corpo nu da amada (que o conspurcasse?): a mão aproxima-se e, a uns 3/4 centímetros da pele daquela porque tanto ansiara, a dita mão recolhe-se, e Rossi Stuart abandona o quarto abruptamente, fugindo rua afora.

Esta recusa do corpo é exatamente a mesma que esteve na base da surpresa de Alcibíades, que, segundo os historiadores, era extremamente belo e nada – mulher ou homem – lhe escapava, mas que “agora” não entendia como é que aquele velho feio e imundo (Sócrates) tinha dormido a seu lado e nem sequer lhe tocara (Cf. final do “Banquete”).

Esta linha de raciocínio e comportamental podemos encontrá-la ainda hoje, passando por obras como, por exemplo, “Estudios sobre el amor” de Ortega y Gasset. Se por um lado temos todos estes quadros mentais, por outro acena-nos Aristóteles com o seu privilegiar dos sentidos, embora depois, reconheçamos, os ideais de Felicidade e de AMIZADE (tão necessária àquela!) já não tenham nada a ver com o sensorial.

Esta tentativa de vivenciar o aristotelismo no quotidiano foi sempre marcada por um certo insucesso, e nem a afirmação de Averróis de que a alma era mortal e que, de facto, havia um intelecto, mas que este era uno e partilhado por toda a espécie… nem sequer esse averroísmo latino conseguiu singrar, que o digam Sigério de Brabante exilado na corte papal e depois estranhamente assassinado, bem como um Boécio incansavelmente perseguido.

Aristóteles – e o averroísmo latino – passaram a vigorar, sim, mas através da leitura de Tomás de Aquino. Os sentidos contavam, mas vigiados pela razão!

Claro que encontramos grandes exceções: Sade, Condillac… e contemporaneamente Miller, Genet e Tony Duvert, mas tudo isso não passa de exceção (Duvert, que tem um livro em português traduzido pela Luiza Neto Jorge, não encontra hoje, em França, quem o publique!).

É com este dilema que Aschenbach, e após a morte da filha, parte para Veneza, para o Lido. Aí, nessa solidão procurada, o Destino coloca-o à prova! O tal corpo belo, que Platão, no Fedro, afirma só servir de ponto de partida e deve ser imediatamente afastado, o tal corpo belo atenaza-lhe diariamente “o coração”. Coração esse que o matará!

Repare-se em toda a simbologia! É confrangedora a cena em que Aschenbach, no barbeiro, tenta o “alindar do corpo”. Não restam dúvidas que a atração do maestro é correspondida, mas não restam também dúvidas que ela, para permanecer, deve ser irrealizável e com a distância de permeio.: o Absoluto, onde o amor (incorpóreo) fusional se pode concretizar só é passível de ser encontrado no para-lá-do-aqui, por isso no final do filme Tadzio levanta o braço e aponta o horizonte.

Será interessante incorporar aqui algumas leituras como, por exemplo, os místicos do século XVI: quem ler “Os caminhos da Perfeição” de Teresa d’Ávila e “A subida ao Carmelo” de S. João da Cruz verá que não se está assim tão longe de Mann, de Visconti e do “Morte em Veneza”.

Notas

a) quando refiro obras que privilegiam os sentidos não refiro certos pseudo-decadentismos que andam por aí, pois as caricaturas não são a minha especialidade, isto caso eu tenha alguma;

b) não referi propositadamente o “Teorema” de Pasolini, e outros trabalhos dele, pois em breve sairá um artigo meu sobre o tema nesse autor;

c) convém não esquecer também, no filme, as interpretações de Silvana Mangano e de Marisa Berenson

d) quanto a Tony Duvert, a primeiro livro que li dele, era eu menino e moço, e andava com a cunhada do Ricardo Pais pela feira do livro de Madrid, quando comprei o “Diario de un inocente”: ia tendo um enfarte.

A vida de Mozart (The Mozart Story) , Capítulo 1 (Série completa, ative a legenda/Subtitles)

Parte 1    • A vida de Mozart (The Mozart Story)  …   Parte 2    • A vida de Mozart (The Mozart Story) ,…   Parte 3    • A vida de Mozart (The Mozart Story) ,…  

O BEATLE, OS MONTY PYTHON E BRIAN | José Gabriel

Há pouco, tropecei aqui, na mesma página, em duas publicações que, não estabelecendo qualquer relação entre si, me chamaram a atenção por terem mais a ver uma com a outra do que se possa suspeitar pela sua leitura em separado. Uma, consistia numa imagem, sem qualquer legenda, retirada do filme Life of Brian dos Monty Python. Outra, era um texto biográfico sobre o quiet Beatle, George Harrison. Tinha as historietas do costume, nada de novo. Porém, quando se biografam personagens como George Harrison, é fácil, dada a sua grandeza e/ou popularidade em áreas bem conhecidas, esquecer outras não menos estimáveis. No caso, raramente se fala no cinéfilo, no produtor cinematográfico, no admirador devoto dos Monty Python a quem, segundo ele, deve a sanidade mental fazendo-lhe companhia no difícil período de separação dos Beatles. E, lá está, Harrison tem tudo a ver com o Life of Brian. Tanto, que talvez o filme não existisse sem a ousadia do Beatle.

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A solidão em passo de corrida | Manuel S. Fonseca | in paginanegra.pt e j. de negócios

Quem, mesmo se fosse na Quinta Avenida, não desataria a correr atrás de Greta Garbo? Liv Ullmann correu. E recordo, como se fosse preciso, que Liv é a actriz norueguesa que se fundiu, na arte e na vida, com o sueco Ingmar Bergman.

Aliás, a rua, e não só a Quinta Avenida, tem um sortilégio indelével na vida dessa norueguesa de beleza metafísica. Liv vinha na rua, na gélida Estocolmo, com uma amiga de recente data, outra actriz, a sueca Bibi Andersson, que trabalhara, amara e vivera com Bergman, quando tropeçaram em quem? Fatal como o destino, no próprio Ingmar pois claro! Já a história de amor com Bibi tinha acabado – ou andaria adormecida – mas mal as viu, Bergman sentiu a bela amizade delas e, ali mesmo, decidiu que queria imiscuir-se, deitar-se, aninhar-se na amizade daquelas duas mulheres. Olhou para Ullmann e disse-lhe: “Quero que faça um filme comigo. Aceita?”

Nasceu, assim, “Persona”, o mais escandalosamente erótico dos filmes, de uma sexualidade seminal e amoral. Uma intensíssima Liv Ullmann, uma actriz sufocada por um trauma, atravessa em silêncio, esfíngica, todo o filme: Bergman ofereceu a Ullmann, logo para a destrunfa, o silêncio de Deus. Ao seu lado, Bibi, a sua enfermeira no filme, fala sem parar, deslargando-se em monólogos perturbadores sobre o aborto, o horror, o sexo, a orgia, o mais escuso e escuro da identidade humana ou, se se quiser, da identidade feminina.

E, uma vez que não sou um daqueles rapazes que escreve no “Público” sobre cinema, não digo mais sobre “Persona”, a não ser que o vejam para perceberem como se pode fazer do “enigma” (seja lá o que o “enigma” for) o mais belo dos filmes.

Fazendo curta uma história tão bonita como longa, confirmo que, tal como acontecera com as suas anteriores protagonistas, Harriet Andersson e Bibi Andersson, Ullmann e Bergman acabaram amantes: nunca se casaram, mas viveram juntos cinco anos, desse amor tendo nascido Anna, a filha de ambos. A perfeita simbiose, e era tanta, que se em “Persona” Bergman pôs no silêncio de Ullmann as suas mais inquietantes angústias, mais tarde pedir-lhe-ia que realizasse um seu pessoalíssimo guião, “Confissões Privadas”. Liv sentiu que o texto lhe queimava as mãos. Porquê ela? Por que razão, de tão íntimo, de tão envolvido com Deus, Bergman não o realizava? E ele explicou: “Porque tu acreditas em Deus e eu não!”

Sim, esqueci-me de Greta Garbo, que deixei lá em cima, sozinha com Deus. Vejam, os americanos, loucos com Liv Ullmann, convidaram-na para Hollywood, primeiro, depois para a Broadway. Estava então Liv a interpretar, no teatro a “Anna Christie”, depois de ter já feito, de Ibsen, com delírio nova-iorquino, “A Casa de Bonecas”. Chamam-lhe “a nova Garbo”. A caminhar pela Quinta Avenida, Liv vê e reconhece uma transeunte discreta. Era a própria Garbo. Pensa: “Aqui estamos nós, duas escandinavas, actrizes, e ambas fomos, ela no cinema, eu no teatro, a Anna Christie! Vou contar-lhe!”

Vejam, Liv já acelerou o passo, a Garbo sente que alguém se aproxima, olha e vê Liv, vira-se e acelera ainda mais. Liv pensa “ela não me viu, tenho de dar ainda mais à perna”. Dá. A Garbo, ameaçada, começa a correr, Liv corre também. Em plena Quinta Avenida, na prodigiosa Nova Iorque, há uma lenda sueca a correr, e uma bergmaniana mulher norueguesa esfalfa-se no seu encalço. A Garbo entra pelo Central Park dentro e Liv pára. Uma chispa bergmaniana atravessou a cabeça de Liv. Vai ali, em corrida pelo Central Park, a inenarrável e pasmosa solidão da Garbo: não tem o direito de a invadir.

Publicado no Jornal de Negócios

Espinosa | O apóstolo da razão | Filme

 Nas palavras do Filósofo Bento de Espinosa: “A mente humana é parte do intelecto infinito de Deus.”

De origem judaica, Bento de Espinosa (1632-1677) nasceu em Amsterdã e teve como primeira formação os estudos sobre o hebraico, mais tarde teve acesso à leitura dos modernos, como BaconHobbes e, principalmente, Descartes. Ganhava a vida polindo lentes para telescópios e microscópios. Vivia com simplicidade, cercado por pessoas identificados com o seu pensamento. Recusou um convite para lecionar na Universidade de Heldelberg – e ter a folga financeira que o trabalho como polidor não permitia – para não renunciar à liberdade de pensamento.
Sua filosofia, classificada como racionalista, constitui um sistema estruturado, concebido segundo o método dedutivo, obtido da geometria. Entre suas principais obras figuram o Tratado teológico-político (1670), o Tratado da correção do intelecto (1622) e a Ética (1677).
O filme é uma produção da Tv Escola e faz um apanhado geral sobre a vida e a obra de Espinosa, para aqueles que queiram conhecer melhor o pensamento do filósofo é uma ótima oportunidade.

In MEMORY of CYD CHARISSE on her BIRTHDAY | (Mar 8, 1922 – Jun 17, 2008)

Em MEMÓRIA de CYD CHARISSE no seu ANIVERSÁRIO – (8 de março de 1922 – 17 de junho de 2008)

Anos de carreira: 1939 – 2007

Nascida Tula Ellice Finklea, atriz e dançarina americana.

Depois de se recuperar da poliomielite quando criança e estudar ballet, Charisse entrou no cinema nos anos 40. Os seus papéis geralmente apresentavam as suas habilidades como dançarina, e ela foi par com Fred Astaire e Gene Kelly; os seus filmes incluem Singin’ in the Rain (1952), The Band Wagon (1953), Brigadoon com Gene Kelly e Van Johnson (1954) e Silk Stockings (1957). Ela parou de dançar em filmes no final dos anos 50, mas continuou atuando no cinema e na televisão, e em 1991 fez a sua estreia na Broadway. Nos seus últimos anos, ela discutiu a história do musical de Hollywood em documentários, e foi destaque em That’s Entertainment! III em 1994. Ela foi premiada com a Medalha Nacional de Artes e Humanidades em 2006.

Charisse foi destaque no Guinness Book of World Records de 2001 sob “Most Valuable Legs”, porque uma apólice de seguro de 5 milhões de dólares foi supostamente emitida em suas pernas em 1952.

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Actriz | Jane Russel

Ernestine Jane Geraldine Russell (21 de junho de 1921 – 28 de fevereiro de 2011) foi uma atriz, cantora e modelo norte-americana. Ela foi um dos principais símbolos sexuais de Hollywood nas décadas de 1940 e 1950. Ela estrelou em mais de 20 filmes.

Russell mudou-se do Meio-Oeste para a Califórnia, onde teve seu primeiro papel no cinema em The Outlaw (1943), de Howard Hughes. Em 1947, Russell mergulhou na música antes de retornar aos filmes. Depois de estrelar em vários filmes na década de 1950, incluindo Gentlemen Prefer Blondes (1953), Russell retornou novamente à música enquanto completava vários outros filmes na década de 1960.

Russell se casou três vezes, adotou três filhos e, em 1955, fundou o Waif, o primeiro programa internacional de adoção. Ela recebeu vários elogios por suas realizações no cinema. Sua mão e pegadas foram imortalizadas no pátio do Teatro Chinês de Grauman. Uma estrela com seu nome foi colocada na Calçada da Fama de Hollywood.

https://en.wikipedia.org/wiki/Jane_Russell

Luzes da Cidade | Charlie Chaplin | in Pensamientos De cine

Charlie Chaplin dirigiu esta terna história de amor, não isenta de uma certa amargura e tristeza. Esse filme é imperdível… Sua inocência, seu senso de humor, sua ternura, sua expressão corporal, irrepetível… Este é um dos seus filmes mais celebrados e também um dos mais adoráveis.

Luzes da cidade é um filme de 1931 escrito e dirigido por Charles Chaplin. Uma obra-prima hoje em dia, mas que na sua época veio em um momento muito inoportuno. O cinema sonoro começava a ganhar a batalha do cinema mudo. Os atores de repente podiam ser ouvidos, as atrizes cantavam e os diálogos enchiam a tela.

A beleza do cinema mudo começava a languidecer perante uma revolução imparável. Mas Chaplin soube resolver o problema adicionando à sua história muda, música ao vivo para tornar a sua maior realismo. Música composta por: Charles Chaplin, José Padilla Sánchez, Alfred Newman, Arthur Johnston. Chaplin fazia magia.

Vivemos tempos convulsos, mas isso não é novidade. No filme o protagonista mostra que os pobres sempre o foram, sempre estiveram lá, no meio de uma sociedade alheia à sua existência. O ator interpreta um vagabundo que, uma noite qualquer, se encontra no lugar certo e hora e coincide com um bilionário que influenciará o futuro do seu destino. Mas não é ele que vai mudar sua vida… uma existência na qual não há apenas motivações é interrompida pelo aparecimento de uma bela florista. O pobre vagabundo fica apaixonado por ela e mal repara num detalhe importante: ela é cega.

O resto é história, uma história que se espera, claro que sim. Agora sabemos tudo. Mas nessa época todas as histórias de amor estavam por inventar, restavam ilusões, propósitos de ser melhores e ainda se podia encontrar o amor ao virar qualquer esquina. E quando você a vê, todo esse tempo, esses valores e sonhos renascem por algumas horas.

A coisa mais fascinante das Luzes da cidade é a força nos olhos de Virgínia Cherill, essa florista cega que é capaz de trancar tantas emoções num olhar fixo, no vazio, no infinito.

Pensamientos De cine

O JOVEM CUNHAL | filme de João Botelho

Depois de uma primeira sala esgotada, no próximo domingo, 9 de Outubro, às 19h30, nova sessão especial de O JOVEM CUNHAL, de João Botelho, no Cinema Medeia Nimas.

O filme será apresentado pelo realizador, e Carmen Granja lerá “Três poemas em memória de Álvaro Cunhal”, de Manuel Gusmão.

Bilhetes à venda em ActiveTicket.pt

“Responde às calúnias rasteiras/ […] Ameaça o inimigo que o tem preso/ que o terá encarcerado 11 anos seguidos/ 14 meses incomunicável/ E 8 anos em tenebroso/ Isolamento/ E não cedeu Nunca cedeu”

in Manuel Gusmão, A Foz em Delta, edições Avante!

As Vinhas da Ira | John Steinbeck

Estarei nos risos das crianças quando têm fome e as chamam para jantar.

«Não sei para onde vou mãe (…). Andarei por ai no escuro. Estarei em toda a parte. para onde quer que olhem. Onde houver uma luta para que os famintos possam comer, estarei lá. Onde houver um policia a espancar uma pessoa, estarei lá. Estarei nos gritos das pessoas que enlouquecem. Estarei nos risos das crianças quando têm fome e as chamam para jantar. E quando as pessoas comerem aquilo que cultivam e viverem nas casas que constroem, também lá estarei.»

Do filme, As Vinhas da Ira

As Vinhas da Ira – Resumo em Vídeo

Onde é que se metem os narizes | por Manuel S. Fonseca in Página Negra

Posted on  by Manuel S. Fonseca

O beijo de The Flesh and the Devil

De boca fechada já tinha havido muitos. A primeira vez que os amantes abriram a boca foi em “The Flesh and the Devil”. E não foi para falar, que o filme ainda era mudo. Primeiro, um cigarro passa da boca de Greta Garbo para a boca de John Gilbert. “És lindíssima” sussurra ele num elegante cartão escrito. “E tu… tu és tão novinho”, responde ela noutro cartão, por ser assim, por escrito, que os actores falavam no cinema mudo.

O cigarro já está na boca dele, as mãos aflitas à procura do fósforo que logo acendem. Não sabemos se é a labareda do fósforo, se a do ardor deles, que os ilumina como lua alguma iluminou amantes. Ofuscada, Garbo sopra e apaga a ardente cabecinha do fósforo como quem pede um beijo. Sabe-se lá que lábios, se os dele, se os dela, se abriram primeiro! Sabemos só que foi a primeira vez que num filme americano se beijou à francesa.

Há beijos escritos, beijos pintados. E míticos: o de Pigmaleão insuflou vida em Galateia. Em contos de fadas, o beijo de uma mulher faz de um sapo um príncipe. Rodin aprisionou em mármore frio e nu o beijo infernal que Dante lhe inspirou. Em “Romeu e Julieta”, cantou-o Shakespeare, como quem reza, fazendo dos lábios “dois peregrinos ruborizados” onde talvez “blushing” seja tanto o rubor como a calorosa vergonha que o precede.

Mas foi no cinema que os lábios peregrinos encontraram o seu santuário. O cinema beija melhor do que a literatura, até mesmo do que o luxo da pintura de Klimt. O movimento, luz e sombras do cinema oferecem tudo ao beijo. Fazem-no ingénuo e carnal, romântico e canalha, mignon e descarado.

Pensando que inventara o beijo, o cinema fez-lhe até a pedagogia. Em “For Whom the Bell Tolls”, a loura e sueca Ingrid Bergman, na cena em que mais celestes lhe vi os olhos, é uma improvável espanhola, uma improvável camponesa e a mais improvável Maria. Apaixonou-se por Gary Cooper, americano e combatente na Guerra Civil ao lado dos republicanos. Quer, mas não sabe como beijá-lo: “Onde é que se metem os narizes. Sempre me intrigou para onde é que vão os narizes,” diz, a escaldar de coqueterie. Senhor de um nariz que não se mete onde não é chamado, Cooper roça os lábios pelos lábios dela. “Afinal não se atravessam no caminho, pois não,” e já é ela que o beija, uma, duas vezes. À americana.

À americana, Hawks mostra em “To Have and Have Not”, as vantagens do trabalho de equipa. Bacall beija um impávido Bogart para lhe provar o sabor. Deve ter gostado porque o cântaro volta à fonte e já não me lembro se é logo, ou à terceira que o lento Bogart dá ordens à boca dele para reagir à dela: “É ainda melhor quando tu ajudas!”

À americana ou à francesa, boca mais fechada ou aberta, são precisos dois para o beijo. Nem mesmo tu, ó orgulhosa e fresca boca de Keira Knightley, beijas sozinha.

A escandinava Greta (esta é Garbo) e a paixão por Gilbert, em três capítulos que se lêem como um fósforo | por Manuel S. Fonseca in Página Negra

Posted on  by Manuel S. Fonseca

Esta é, em três fragmentos a que só por inadvertida audácia se pode chamar capítulos, a história de rejeição e paixão de John Gilbert e Greta Garbo, ídolos da América e do mundo, no final dos anos 20 e começo dos anos 30Para os mais jovens, acrescento mais informação: eram actores de cinema. E complemento: cinema era uma arte de sombras, indulgências, tesouros e cabalas, cultivada pela calada da noite em insidiosos palácios nocturnos, invisíveis durante o dia.

Heróico, viril e vil

Todo o passado é sincrético. Como sabem, John Gilbert é um actor do tempo de Homero ou Ben-Hur ou não fosse o cinema uma invenção mediterrânica. Um dos criadores desse cinema da antiguidade clássica foi Louis B. Mayer. Judeu, claro. Como Aquiles, era heróico, viril e vil. De poderoso soco. Basta vê-lo, à porta do Alexandria Hotel, aos murros a Charlie Chaplin. Foi em Los Angeles: na minha antiguidade clássica já havia América e hotéis de cinco estrelas.

Mas é de outro soco que falo. A viking Greta Garbo chegara a Hollywood. Vinha filmar “Temptress”, auto-estrada de adultérios em cadeia. Isto passou-se em 1925 e 1926, anos de lânguido aquecimento e dilatação dos corpos em Hollywood, como o provam os filmes que Mayer então produziu.

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Charlie Chaplin | Luzes da Cidade (City Lights) – 1931 – Legendado

Sinopse: Um vagabundo (Charles Chaplin) impede um homem rico (Harry Myers), que está bêbado, de se matar. Grato, ele o convida até sua casa e se torna seu amigo. Só que ele esquece completamente o que aconteceu quando está sóbrio, o que faz com que o vagabundo seja tratado de forma bem diferente. Paralelamente, o vagabundo se interessa por uma florista cega (Virginia Cherrill), a quem tenta ajudar a pagar o aluguel atrasado e a restaurar a visão. Só que ela pensa que seu benfeitor é, na verdade, um milionário. _____ FICHA TÉCNICA Título Original: City Lights. Ano: 1931 Elenco: Charlie Chaplin, Virginia Cherrill, Harry Myers. Roteiro e Direção: Charlie Chaplin

Pasolini e o sagrado | Abílio Hernandez

Sou ateu, disse Pasolini, mas a minha relação com as coisas está cheia de mistério e de sagrado. Nada para mim é natural, nem sequer a natureza.

Para Pier Paolo, o sagrado não é um conceito religioso, uma fuga ao presente ou uma fixação nostálgica no passado. É uma transcendência sem o divino, um mistério, uma alteridade incondicional e irredutível. Pertence ao domínio do sonho e da utopia, mas mantém uma relação intensa, simultaneamente distante e familiar, com a realidade quotidiana.

O sagrado representa para ele tudo o que foi sendo destruído por um poder que privilegia o fetichismo dos bens materiais, a uniformização dos costumes e do pensamento, a mercantilização do viver. É a diversidade, são as diferenças étnicas, os dialetos destruídos pela língua hegemónica, as tradições ancestrais, o instinto, a afirmação do corpo, a sexualidade plena. São todas as formas alternativas de liberdade. Nele reside o que em cada um de nós é inviolável, inapropriável pela realidade quotidiana.

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Victoria Fyodorova | Russian-American actress and author

Victoria Fyodorova (formerly Pouy; January 18, 1946 – September 5, 2012) was a Russian-American actress and author. She was born shortly after World War II to Jackson Tate (1898–1978), then a captain in the United States Navy, and Russian actress Zoya Fyodorova (1909–1981), who had a brief affair before Tate was expelled from Moscow by Joseph Stalin. Victoria Fyodorova wrote the 1979 book, The Admiral’s Daughter, which was about her experience attempting to reunite with her father.

Norma Jeane Mortenson | Los Angeles

Nascida em Los Angeles, 1 de junho de 1926 — Brentwood, 4 de agosto de 1962) foi uma atriz, modelo e cantora norte-americana. Como estrela de cinema de Hollywood, é um dos maiores símbolos sexuais do século XX, imortalizada pelos cabelos loiros e as suas formas voluptuosas. Inicialmente, ficou famosa por interpretar personagens cômicos, tornando-se sucesso no cinema. Apesar de sua carreira ter durado apenas uma década, seus filmes arrecadaram mais de duzentos milhões de dólares até sua morte inesperada em 1962. Mais de cinquenta anos após sua morte, continua sendo considerada um dos maiores ícones da cultura popular.

Hiroshima, Meu Amor (Hiroshima, Mon Amour, 1959) | Alain Resnais

“Hiroshima, Meu Amor”, filme seminal da Nouvelle Vague, muito embora seu diretor, Alain Resnais, não fizesse exatamente parte do movimento. O filme narra a história de dois amantes, ela uma atriz, ele um arquiteto, que se encontram na cidade de Hiroshima.

A atriz rememora seu ´passado na cidade francesa de Nevers, onde viveu um romance proibido com um militar alemão.Uma obra seminal, com uma linguagem soa moderna até hoje.

Direção: Alain Resnais Roteiro: Marguerite Duras Elenco: Emmanuelle Riva, Eiji Okada, Stela Dassas, Pierre Barbaud e Bernard Fresson.

Hipernormalisation (2016) | Legendado | Documentário do cineasta Adam Curtis

Documentário do cineasta Adam Curtis. O filme argumenta que desde a década de 1970, os governos, o mercado financeiro e os tecnocratas desistiram do complexo “mundo real” em prol de um “mundo falso”, mais simples, comandado pelas corporações e controlado pelos políticos.