O romance de Adelto | Anderson Braga Horta

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O professor Adelto Gonçalves é conhecido e enaltecido pelo exercício da crítica literária, função que desempenha com segurança, simpatia e estilo tanto nos modernos meios de comunicação virtual — importantes sites do País e do exterior, notadamente Portugal — quanto em órgãos da imprensa tradicional. A qualidade, a frequência e a intensidade desse trabalho, uma das mais louváveis exceções à tendência dos grandes periódicos, hoje, de eliminar a resenha crítica regular a cargo de profissionais “do ramo”, competentes e respeitados, fazem, por si sós, benemérita a pena do escritor.

A crítica registra e analisa a produção literária, atuando como fiel e guia do leitor e armazenando, para os historiadores e estudiosos do setor, informações sem as quais a pesquisa seria um perder-se na floresta, cada vez mais densa e intrincada, dos produtos e despejos editoriais. Sem a crítica restam a publicidade e a resenha expositiva, cumpridoras, é certo, de um papel respeitável, mas incapazes, por definição, de ir ao âmago da criação literária, em termos de técnica, de humanismo e de arte.

Além disso, é autor de ensaios literários, históricos e biográficos como, apenas exemplificando, os que dedicou a Bocage, Tomás Antônio Gonzaga e Fernando Pessoa, que lhe aumentaram a notoriedade e lhe granjearam justos prêmios.

Finalmente, sabemo-lo autor de narrativas ficcionais, como os contos de Mariela Morta (sua estréia, em 1977) e o romance Barcelona Brasileira, publicado em Lisboa, em 1999, e em São Paulo, em 2002. Quanto a mim, tomo conhecimento direto desta sua faceta de escritor apenas agora, com a recente publicação, por LetraSelvagem, da segunda edição de Os Vira-Latas da Madrugada. Tendo-o escrito no final da adolescência, refundiu-o em 1977-78, vindo essa versão a merecer destaque, dois anos depois, no Prêmio Nacional José Lins do Rego, da editora José Olympio, que o publicou em 1981.

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RÓMULO DE CARVALHO / ANTÓNIO GEDEÃO por Cristina Carvalho

Romulo de CarvalhoRómulo de Carvalho / António Gedeão nasceu a 24 de Novembro de 1906.

Também se comemora hoje, 24 de Novembro, o DIA NACIONAL DA CULTURA CIENTÍFICA instituído em 1996 em sua homenagem, pelo Ministério da Ciência e da Educação.

Quase todo o espólio da sua vastíssima obra pode ser consultado pelo público em geral na Biblioteca Nacional de Portugal em Lisboa.

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