Journée de la Femme | Nadia Achab

La première Journée de la femme a été introduite à l’initiative du Socialist Party of America, le Parti Socialiste d’Amérique, le 28 février 1909. En 1917, pendant la Révolution soviétique, les femmes russes choisissent le dernier dimanche de février pour faire la grève et obtenir ‘’du pain et la paix’’ ( хлеб и мир ).

La Russie soviétique est le premier pays à officialiser la Journée de la femme en 1921 et en fait un jour férié, mais non chômé jusqu’en 1965. L’événement est repris en Europe à la fin des années 1960 par la deuxième vague féministe. Il sera ensuite suivi par l’ensemble du monde. La journée internationale de la femme est l’occasion de dresser le bilan de la condition féminine dans chaque pays et à travers le monde. Les femmes manifestent pour célébrer les avancées et demander une réduction des inégalités entre les hommes et les femmes.

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O que a democracia deve ao PCP | Daniel Oliveira in Jornal Expresso

Tenta-se apagar o que existiu para escrever o que poderia ter existido. Comparam-se 48 anos de ditadura com um ano de poder na rua. Mas a democracia deve muito ao PCP. Pela duríssima luta contra a ditadura. Por, a 25 de novembro, ter evitado uma guerra civil. Melo Antunes disse que o PCP seria indispensável. Foi fundamental para um poder autárquico vigoroso, foi defensor do Estado de Direito e esteve presente em todas as lutas sociais. Quem respeita a História assume estas dívidas para com os comunistas.

resci numa família de comunistas. Interessava-me muito por política e filiei-me na Juventude Comunista Portuguesa (JCP) com 12 ou 13 anos, mal isso me foi permitido. Só de lá saí com 19 ou 20. As minhas discordâncias começaram por temas distantes: o que se passava na Polónia, a invasão do Afeganistão. Como é normal num processo inicial de politização, foram-se alargando a questões mais profundas e ideológicas. E, no confronto interno sobre estes temas, tornaram-se fatais perante as falhas formais na democracia interna. Quando uso o termo “formais”, não é para as diminuir. É que elas não são propriamente acompanhadas por ausência de debate interno. No PCP discute-se política e discorda-se. O problema é a representação dessas discordâncias. Só uns anos depois de deixar o PCP deixei de ser comunista. Só depois disso deixei de ser marxista. Tudo relativamente cedo na minha vida.

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(…) há sempre quem me diga que eu sou um comunista disfarçado | Ricardo Paes Mamede

Não falha. Sempre que elogio em público o PCP ou anuncio o meu voto naquele partido, há sempre quem me diga que eu sou um comunista disfarçado.

Para quem o diz, o facto eu insistir em afirmar-me como social democrata tem duas explicações possíveis: ou quero passar a mensagem dos comunistas de forma encapotada para a tornar mais aceitável (ou seja, sou um dissimulado); ou tenho receio de me afirmar comunista porque seria menos aceite nos meios sociais em que circulo e penalizado por isso (ou seja, sou um oportunista).

Qualquer uma das explicações, a ser verdade, daria de mim a imagem de alguém que nunca acerta no alvo. É que, como dissimulado, sou muito pouco discreto nas posições que assumo. Como oportunista, não ganho muito: os menos de esquerda desconfiam das minhas posições; os que se têm como revolucionários desconfiam sempre das minhas intenções.

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