“Poéticas Periféricas: novas vozes da poesia soteropolitana” | Lançamento do livro em 04 de agosto de 2018

 Segue, em anexo, release como sugestão de pauta sobre o lançamento do livro “Poéticas Periféricas: novas vozes da poesia soteropolitana”, que acontece dia 04 de agosto de 2018, das 14:30 às 16:30h, no estande da PerSe Editora, na 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
O livro reúne 100 poetas de saraus e slams de poesia de várias quebradas de Salvador, apresentação de Tia Má (Maíra Azevedo) e prefácios de Day Borges (Coletivo de Entidades Negras) e Geilson dos Reis (Sarau Arte Livre – UNEB).

Galinha Pulando lança livro com cem poetas na Bienal de São Paulo

A antologia “Poéticas periféricas: novas vozes da poesia soteropolitana”, reúne textos de poetas da periferia de Salvador-BA e será lançada no dia 04 de agosto de 2018 (sábado), das 14:30 às 16:30hs, no Estande N010 da PerSe Editora, na 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo

Contemplado pelo Calendário das Artes da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb/SecultBA), o livro reúne cerca de 100 autores e é resultado do trabalho coletivo de vários protagonistas de saraus, slams, grupos e coletivos de artistas da palavra, oriundos das periferias de Salvador. Textos de apresentação: Tia Má, Dhay Borges e Geilson dos Reis. Capa de Marcos Paulo Silva e Alisson Chaplin. A juventude da Bahia ocupa o centro e os bairros de Salvador como nunca antes na história, em luta, através da poesia, por espaço na cena literária e contra as opressões como racismo, genocídio dos jovens negros, intolerância religiosa etc. São centenas de grupos de saraus que recitam em ônibus, praças, esquinas. Este livro é uma compilação de parte dessa produção poética.

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Revista “Outros Ares” | Entrevista a Liudmila Petruchévskaia | por Ernane Catroli

A ideia de entrevistar Liudmila Petruchévskaia veio naturalmente, logo após terminar de ler “Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha”, primeiro livro da autora publicado no Brasil (pela editora Companhia das Letras e traduzido direto do russo por Cecília Rosas).

Como afirmo em uma das perguntas, os contos de “Era uma vez…” mais parecem misturar fantasia com realidade, em vez do contrário. Nesse caso, a ordem dos fatores altera, sim, o produto. Há uma grande diferença entre ler uma história cujo cenário é real, verossímil, e de repente deparar com um elemento fantástico, e ler um conto cuja atmosfera, desde seu início, é soturna, misteriosa, às vezes beirando o místico, e de repente a realidade vir à tona, puxando o nosso tapete. Assim são os contos de Liudmila.

São contos fantásticos, apesar de a realidade estar lá, muito presente, viva. E o estranhamento que essa mistura em ordem e dosagens diferentes causa no leitor é muito marcante. Os contos de Liudmila são encantadores, mas num sentido quase perverso. Mas faço questão de frisar: eu escrevi “quase”, porque os contos de Liudmila também são maravilhosos, de extrema qualidade literária. E, como diz a autora numa das respostas abaixo, são muito simples.

Na entrevista que você lerá a seguir, Liudmila fala sobre sua passagem por sanatórios quando criança, por causa de uma tuberculose; sobre a censura que sofreu, e ainda sofre, na Rússia; sobre de onde vêm suas histórias; dá uma alfinetada em Nabokov e outras coisas mais.

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