Poema sobre o Mar | Sophia de Mello Breyner Andresen

A minha vida é o mar o abril a rua
O meu interior é uma atenção voltada para fora
O meu viver escuta
A frase que de coisa em coisa silabada
Grava no espaço e no tempo a sua escrita

Não trago Deus em mim mas no mundo o procuro
Sabendo que o real o mostrará

Não tenho explicações
Olho e confronto
E por método é nu meu pensamento

A terra o sol o vento o mar
São a minha biografia e são meu rosto

Por isso não me peçam cartão de identidade
Pois nenhum outro senão o mundo tenho
Não me peçam opiniões nem entrevistas
Não me perguntem datas nem moradas
De tudo quanto vejo me acrescento

E a hora da minha morte aflora lentamente
Cada dia preparada

Sophia de Mello Breyner Andresen

DEFENDER, RECONHECER E VALORIZAR + ENGENHARIA | Pedro Neves e Alexandra Escarameia | Candidatos pela Região Sul

Uma ORDEM DE ENGENHEIROS forte deve DEFENDER, RECONHECER E VALORIZAR A ENGENHARIA e os Engenheira(o)s !

 

Acabo de chegar da Bulgaria e quando me perguntaram pelos modelos que utilizamos em Portugal, respondi:

 

É bom melhorar o nosso país; projetem, construam, operem e mantenham pontes e estradas, redes de agua e estações de tratamento, escolas e hospitais e habitação digna,

Mas façam-no a pensar nas pessoas, e TAMBÉM naqueles que fazem acontecer a transformação.

PROTEJAM E RECONHEÇAM, A CLASSE DE ENGENHARIA HOJE E NO FUTURO PARA QUE APÓS A GRANDE TRANSFORMAÇÃO OS ENGENHEIRA/OS CONTINUEM A TER O SEU PAPEL VALORIZADO.

Uma classe de engenharia forte, é um motor de crescimento econômico, é criadora de emprego e deve proteger o ambiente.

O MOVIMENTO MAIS ENGENHARIA está a dar voz, a esta visão e modelo de transformação e neste momento precisa da tua ajuda!

Pedimos pois que passem a mensagem e que deem mais um passo e recolham o apoio de mais colegas.

O nosso programa tem 3 pilares :

1 – à reconhecer e valorizar o papel da classe de engenharia;

2 – à desenvolver o envolvimento da engenharia na gestão de projetos; nos programas de investimento e nas políticas de desenvolvimento;

3 – à melhorar a “ponte” entre a academia e a indústria nomeadamente entre os centros de conhecimento e investigação, os promotores, os investidores e os financiadores.

A vossa ajuda é HOJE preciosa pelo que vos pedimos nos enviem HOJE o formulário (ver contacto em baixo) em anexo com mais assinaturas.

Pedro Neves e Alexandra Escarameia

Candidatos pela Região Sul

(com pedido de divulgação) | contacto : pedrorsneves@gmail.com 

Être poète | Ser poeta | Florbela Espanca

Florbela Espanca, batizada como Flor Bela Lobo, e que opta por se autonomear Florbela d’Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa.

8 de dezembro de 1894 | 8 de dezembro de 1930

Être poète

Être poète c’est être fort et le plus grand

Des hommes ! Et mordre comme mord un baiser !

Être mendiant et donner comme donnerait

Le Roi du Royaume d’En-deçà et d’Au-delà

… de la Douleur !

 

C’est d’avoir de milliers de désirs, la splendeur

Et ne pas même savoir ce que l’on désire !

C’est d’avoir au-dedans un astre qui flamboie,

C’est d’avoir les griffes, et les ailes du condor !

 

C’est d’avoir la faim et la soif de l’Infini !

Pour heaume, les matins de l’or et du satin…

C’est ramasser le monde entier en un seul cri !

 

Et c’est pouvoir t’aimer ainsi, éperdument…

C’est d’être l’âme, et le sang, et la vie en moi

Et pouvoir le dire à tout le monde, en chantant !

— 

Ser poeta

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior

Do que os homens ! Morder como quem beija !

É ser mendigo e dar como quem seja

Rei do Reino de Aquém e de Além Dor !

 

É ter de mil desejos o esplendor

E não saber sequer que se deseja !

É ter cá dentro um astro que flameja,

É ter garras e asas de condor !

 

É ter fome, é ter sede de Infinito !

Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…

É condensar o mundo num só grito !

 

E é amar-te, assim, perdidamente…

É seres alma e sangue e vida em mim

E dizê-lo cantando a toda a gente!

 

In Lyrics Translate

https://lyricstranslate.com/pt-br/ser-poeta-%C3%AAtre-po%C3%A8te.html

JOSÉ PACHECO PEREIRA | OPINIÃO | Aprender com a crise da Fundação Mário Soares | in Jornal Público

A crise na FMS tem outro efeito perverso que é a desconfiança de que a entrega de espólios e acervos a instituições que pareciam sólidas se revele instável com o tempo.

Este artigo pode ser entendido como manifestando um conflito de interesses. Fica já isto dito à cabeça, embora pense que na verdade não o seja, visto que o que me move é uma questão de interesse público que está muito para além de também eu “andar aos papéis” para o Arquivo Ephemera.

O assunto é, como é óbvio, a crise da Fundação Mário Soares (FMS), uma instituição com enorme mérito, que muito estimo e que acompanho praticamente desde a sua criação. Aproveito, aliás, para dizer que o que se diz pelas redes sociais e nos comentários, mesmo de leitores do PÚBLICO, sobre essa crise me merece a maior repulsa e um sentimento de vergonha pelos meus semelhantes capazes de se regozijarem com o que se está a passar em nome do ódio a Mário Soares. Esse ódio justifica para eles uma política de terra queimada, o equivalente a queimar livros numa pira como se fazia nos tempos do nacional-socialismo. A crise da FMS empobrece-nos a todos e torna Portugal pior.

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