Literatura | 145 anos da morte de Alexandre Herculano | in Antena 1 RTP

Alexandre Herculano morreu faz hoje 145 anos. Aderiu às ideias em voga na Europa do seu tempo, do Romantismo enquanto movimento literário e na vertente política, batendo-se pelos ideais de liberdade dos povos e monarquias constitucionais.

Era, portanto, um liberal, numa altura em que o regime vigente repudiava esta ideologia. Lutou contra os setores mais conservadores do clero e da sociedade portuguesa.

O seu envolvimento numa revolta militar, em 1831, obrigou-o a fugir de Portugal e a procurar refúgio em Inglaterra e, posteriormente, em França. Regressou a Portugal integrado no exército liberal e participou no desembarque do Mindelo, em 1832, ao lado de Almeida Garrett, e foi soldado durante o tempo que durou a guerra civil.

Nisto tudo, foi essencialmente um intelectual, homem de letras que refletiu sobre os problemas do seu tempo. Deixou uma importante obra literária, sobretudo romances históricos, mas também peças de teatro, poesia e ensaios, opúsculos e reflexões sobre o Estado, a sociedade e a Igreja de Portugal.

Foi o introdutor do Romantismo, a par de Almeida Garrett. Contudo, o seu maior contributo foi no campo da História. Pode afirmar-se que Alexandre Herculano foi o primeiro historiador moderno português, tendo-se dedicado, sobretudo, ao estudo das origens de Portugal e dos problemas políticos e sociais da Idade Média, assim como à publicação de documentos, de forma crítica e rigorosa. Assume particular relevância a sua História de Portugal, em vários volumes, que continua a ser um trabalho de grande valor e de importância fundamental para os medievalistas dos nossos dias.

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One thought on “Literatura | 145 anos da morte de Alexandre Herculano | in Antena 1 RTP

  1. « A Galiza deu-nos população e língua, e o português
    não é senão o dialeto galego civilizado e aperfeiçoado» –
    Alexandre Herculano em carta datada de 1874, enviada ao seu amigo.
    ——
    Tomo a liberdade de juntar: “numa carta que, em 25 de julho de 1874 enviou, de Vale de Lobos (Santarém), ao seu amigo Benito Vicetto, autor da “História da Galicia” (vcs)

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