Adeus Senhor António | Texto de Fernando Pessoa com narração de Mundo Dos Poemas

Ouve-se, encantamo-nos … e choramos. É impossível não chorar! [vcs]

Único texto conhecido do heterónimo esquecido de Fernando Pessoa “Maria José”, cujo nome conhecido é “Carta Da Corcunda Para o Serralheiro”.

Fernando Pessoa criou 46 pseudónimos e autores fictícios mas só um era mulher, Maria José, corcunda e patética, figura nada atraente, imagem que o poeta também tinha de si. Fernando António Nogueira Pessoa (1888 — 1935) foi um poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário, astrólogo, inventor, empresário, correspondente comercial, crítico literário e comentarista político português. Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa Literatura e um dos poucos escritores portugueses mundialmente conhecidos. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século XX. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da Vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos – Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.

President Biden on Nord Stream 2 Pipeline if Russia Invades Ukraine: “We will bring an end to it.”

During a joint news conference with German Chancellor Olaf Scholz, President Biden is asked about the Nord Stream 2 pipeline. “If Russia invades, that means tanks or troops crossing the border of Ukraine again, then there will be no longer a Nord Stream 2. We will bring an end to it.” When asked how, the president says, “I promise you, we will be able do that.”

Mozart – A Flauta Mágica – Ária da Rainha da Noite (Legendado) | Diana Damrau, The Royal Opera

Pelos 231 anos da sua genial criação. Retirado do Facebook, mural de José Mário Costa

Der Hölle Rache kocht in meinem Herzen (A vingança do inferno ferve no meu coração, em alemão), comumente chamada apenas de “Der Hölle Rache”, também referida como Ária da Rainha da Noite, é uma ária integrante da ópera Die Zauberflöte (A Flauta Mágica) de Wolfgang Amadeus Mozart. Considerada uma das mais famosas árias de ópera, faz parte do segundo ato da ópera e representa um acesso de fúria vingativa, em que a Rainha da Noite coloca um punhal na mão da sua filha, Pamina, e a exorta a assassinar Sarastro, rival da Rainha. O libreto da ópera foi escrito em alemão por um amigo e companheiro da loja maçónica de Mozart, Emanuel Schikaneder.

Carolina | A Esposa de Machado de Assis | in Brazil Imperial

A Portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novaes (1835-1904) foi esposa do escritor Brasileiro Machado de Assis de 1869 a 1904, ano da morte de Carolina.

Eles se conheceram por intermédio do irmão de Carolina, o poeta Faustino Xavier de Novaes, após ela se mudar de Portugal para o Rio de Janeiro, aos 32 anos, cinco a mais do que Machado. No período, era incomum uma mulher solteira com essa idade, mas a decisão, nesse caso, era da própria Carolina, a quem sobravam pretendes. A portuguesa é descrita por Miguel-Pereira como “mulher feita, inteligente, desembaraçada, senhora de si, habituada, na casa paterna, ao trato dos intelectuais”.

O namoro foi reprovado pela família de Carolina, pertencente à elite intelectual, enquanto Machado ainda não tinha grande reconhecimento social – na época, escrevia para jornais e trabalhava no Diário Oficial – e, mais importante, era mulato.

“Na hierarquia social, Carolina se uniu, por escolha própria, a alguém de nível abaixo. Ela foi determinante para que ele tivesse estabilidade emocional e também transitasse entre intelectuais”, diz Luís Augusto Fischer, professor de literatura brasileira da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, autor do livro Machado e Borges (Arquipélago).

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RÚSSIA VAI ABSORVER REGIÕES PRÓ-RUSSAS DA UCRÂNIA | por Carlos Fino

Trata-se, grosso modo, da chamada Nova Rússia, incluindo o Donbass. Um território integrado ao Império russo em meados do século XVIII, por Catarina, a Grande, no contexto mais alargado da disputa com o Império turco, para lá tendo ir viver milhares de colonos russos.

Durante a URSS, por razões administrativas e políticas, esse território foi integrado na República Socialista Federada da Ucrânia e foi nessa configuração que passou para a República da Ucrânia, quando do colapso da União Soviética.

Nele vivem atualmente entre 6 a 7 milhões de pessoas (eram 8, antes da guerra), na sua maioria de origem russa e de língua russa.

As repúblicas do Donbass (Lugansk e Donetsk) não aceitaram o governo de Kíev saído da chamada “revolução Maidan”, de 2014, que consideraram um golpe inspirado pelos EUA, contra um governo legítimo, eleito em escrutínio validado pela OSCE – a organização de segurança e cooperação na Europa.

Como forma de conciliação, os acordos de Minsk – patrocinados pela Alemanha, França e Rússia, previam a concessão de autonomia a essas regiões, o que Kíev, entretanto nunca implementou.

Pelo contrário – as forças ultranacionalistas ucranianas que dominam o governo de Kíev tentaram (à revelia das promessas eleitorais de Zelensky) uma “solução de força” – proibição dos partidos e políticos favoráveis a um entendimento com Moscovo, proibição do uso da língua russa na administração pública, incluindo no ensino, fecho dos canais de televisão em língua russa e continuados ataques militares, na tentativa de derrotar as milícias pro-russas locais, que passaram, por seu turno, a ter apoio cada vez maior da própria Rússia.

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