Book Loving Girls | Portraits of Women and Their Favorite Book

Aquilo a que chamamos o mundo ocidental, e particularmente a Europa, estarão sempre em dívida para com a cultura grega. Parece-me legítimo ver na Odisseia o primeiro romance europeu, matriz de todos os outros, e a sua (re)leitura tem-me acompanhado há muitas décadas.

Ulisses é um arquétipo do ser humano em viagem pela vida, e qualquer um se pode identificar com ele, sem medo de cair no pecado da hubris. Daí a persistência e a ressurreição do mito, nas várias literaturas, em diferentes épocas, até à actualidade.

Na Odisseia Ulisses é um homem que considera a vida mortal suficientemente atractiva tal como é, e não aceita trocá-la por nada, nem mesmo pela imortalidade. É portanto uma figura positiva, de afirmação, e a Odisseia é a história de um amor feliz. Ulisses quer voltar, e volta, para casa. Para a mulher amada. Viajante, navegador, homem de perigos e situações-limite, conquistador de cidades, (a ele se deve, na tomada de Tróia, o estratagema do cavalo), sabe usar a inteligência e a racionalidade, mas também a intuição e a astúcia, é capaz de recuar e pensar, mas também de rapidamente captar e apreender novas situações a que se adapta.

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Teolinda

Teolinda Gersão – 7 de Outubro de 2013