É PRECISO RESISTIR AO “DEMOFASCISMO” | por João Melo, Opinião/DN

O conflito geopolítico e ao mesmo tempo tribal que decorre presentemente na Ucrânia criou um novo (ou velho?) fenómeno, cada vez mais inegável e incontornável: o recurso, por parte das democracias, a métodos fascistas, a fim de imporem os seus pontos de vista e conquistarem “simpatias” para a sua causa. É o que eu chamo de “demofascismo”.

A recusa liminar em discutir a complexidade da situação na Ucrânia e em reconhecer que a história não começou no dia 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu o país vizinho, foi a primeira manifestação desse fenómeno.

Seguiu-se-lhe a onda de russofobia que assolou o Ocidente, com a discriminação de todo e qualquer cidadão russo, o cancelamento de artistas e desportistas, a proibição de obras literárias russas nas escolas e outras aberrações.

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