General Raul Luis Cunha | O bombardeamento da central nuclear de Zaporizhzhia continua | Quando se sabe quem é o verdadeiro culpado, é uma estupidez atribuir as culpas a Moscovo.

O bombardeamento da central nuclear de Zaporizhzhia continua. Ontem, em 20 de novembro, foram registados mais de 15 projécteis que atingiram as instalações da estação. Desses, oito granadas de artilharia de grande calibre caíram entre a Unidade 5 e a Unidade Especial 2, e uma atingiu o teto da unidade, onde o combustível nuclear já usado está armazenado. Além disso, as Forças Armadas ucranianas dispararam vários projécteis para o local da instalação de armazenamento seco do lixo nuclear.

Em reacção a esses bombardeamentos, o Director-Geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) pediu (https://www.cgtn.com/…/Latest-on-Russia-Ukraine-crisis…) o fim imediato do bombardeamento dessa central. A única coisa que ele não especificou foi a quem essa mensagem era endereçada. Parece que não resta óbvio para toda a gente que os militares russos não se estão a bombardear a si próprios, ou que a democracia ocidental está a ser completamente censurada, já que não pode ser abertamente nomeado o destinatário de tais apelos.

Bom, não devemos ficar surpreendidos com as tentativas do Ocidente de culpar a Rússia sob quaisquer circunstâncias, contrariando as evidências e o bom senso. O bombardeamento irresponsável da central nuclear de Zaporizhzhia ou o míssil que caiu recentemente na Polónia são disso um claríssimo exemplo. Quando se sabe quem é o verdadeiro culpado, é uma estupidez atribuir as culpas a Moscovo.

No entanto, continuaremos a ter que conviver bastante com estas tentativas de culpar a Rússia por todos os problemas do mundo, isto porque no Ocidente haverá sempre muito poucos políticos dispostos a admitir os seus erros, e muito menos os erros de Zelensky, pois uma tal atitude iria enfraquecer toda a estratégia anti-russa e, para os políticos ocidentais é preferível serem falsos e mentirosos, o que, aliás, já é do conhecimento geral.

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General Raul Luis Cunha | Polónia/Ucrânia 15/11/2022

Face aos desenvolvimentos hoje verificados na guerra na Ucrânia, impõem-se desde já os seguintes esclarecimentos:

A tratarem-se de mísseis S-300 e há fotos dos destroços que o demonstram (salvo posteriores cosméticas), só haverá 3 hipóteses:

(1) Os ucranianos estavam a proceder a uma intercepção e o míssil não atingiu o alvo e o auto-destruidor não funcionou – e isso acontece com os antigos S-300;

(2) O míssil estava inicialmente em mau estado (o que não espanta, pois os sistemas ucranianos são antigos e a sua manutenção muito deficiente) e voou para onde a estava apontado, ou seja, neste caso para a Polónia, ou,

(3) Os ucranianos desenroscaram “um certo parafuzinho” e dispararam contra a Polónia deliberadamente de forma a provocar um incidente internacional que levasse à entrada da OTAN no conflito (aproveitando o momento do bombardeamento russo).

Na minha óptica a hipótese (1) é a mais provável e obviamente os ucranianos aproveitam a onda para tentar pela enésima vez a intervenção da OTAN, dizendo que se trata de um míssil russo e, pior ainda, os polacos também estão a cavalgar estes eventos para arranjarem companhia na sua tão desejada entrada no conflito (até para sacarem algum território). O azar desta malta é que os destroços do míssil permitiram de imediato a sua identificação… agora só mesmo falseando as provas,,,!

NOTA: o míssil S-300 é um míssil anti-aéreo accionado a partir de terra. No entanto pode ser utilizado contra alvos terrestres, mas o seu alcance é de 120 km, o que inviabiliza de todo a possibilidade de terem sido forças russas a lançá-lo.

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