Irão e Rússia em negociações

Está em Moscovo o ministro dos Estrangeiros do Irão para negociar com a Rússia assuntos relativos ao cartel do gás natural, produto vital para as economias dos países industrializados e em cuja produção a Rússia e Irão ocupam, respectivamente, o primeiro e o segundo lugares.

O titular chama-se Reza Fatemi Amin que, traduzido para português, será algo como Reza Devoto de Fátima.

Há no xiismo um intenso fundo de piedade mariana, pelo que foi um erro clamoroso termos embarcado nos anos 80 em todas as campanhas de hostilização contra aquele país que foi sempre, juntamente com a Síria, um dos únicos Estados muçulmanos a respeitar o Cristianismo e a cultuar Jesus e Maria. O cerco ao Irão ficará nos anais da história das relações internacionais como o princípio do fim da influência ocidental na região.

DA ESTABILIDADE DO REGIME NA RÚSSIA EM TEMPO DE GUERRA | Gordon M. Hahn*

*About the Author – Gordon M. Hahn, Ph.D., is an Expert Analyst at Corr Analytics, http://www.canalyt.com and a Senior Researcher at the Center for Terrorism and Intelligence Studies (CETIS), Akribis Group, www.cetisresearch.org.

Websites: Russian and Eurasian Politics, gordonhahn.com and gordonhahn.academia.edu

O russo-ucraniano é obrigado a colocar pressão política na solidariedade interna do regime russo, bem como na solidariedade estado-sociedade, mas apenas a longo prazo e apenas em condições de fracasso na guerra.

A cultura política russa valoriza muito a solidariedade política nacional do país, e qualquer declínio na solidariedade provavelmente será uma perspectiva de longo prazo, mesmo em tempos de guerra, dada a extensão em que o presidente russo Vladimir Putin conseguiu restaurar a cultura tradicional da Rússia induzida pelo autoritarismo, após as divisões ocorridas durante o colapso soviético e que se estenderam por toda a década de 1990.

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ESTAMOS PRONTOS? – NÃO | por António Ribeiro

Do ponto de vista militar e dos jogos políticos e de confronto militar, os EUA e a NATO parecem-me desta feita um bocado tímidos. E o adjectivo é favor. O que deixa o tabuleiro todo para a Rússia de Putin.

Quando Lavrov diz na Turquia que a Rússia não deseja uma guerra nuclear, ele está implicitamente a ameaçar o Ocidente de que tal hipótese está em cima da mesa do Kremlin.

Quando foi da crise das ogivas nucleares soviéticas em Cuba, Kennedy impôs um bloqueio naval à ilha de Castro. Foi uma jogada de altíssimo risco, mas resultou, Os navios russos não puderam passar com o seu material nuclear a bordo. E Kennedy ganhou o jogo ao bluff comunista.

As actuais elites americanas não têm coragem para tanto. Nem no “no fly zone” sobre os céus da Ucrânia; nem sequer conseguem aceitar que os caças MIG21 polacos possam descolar dos aeroportos militares polacos para patrulharem os céus da Ucrânia.

Essa fraqueza é fatal, porque se Washington não quer ser destruída, o Kremlin tão pouco. Na prática, estamos a ser submetidos a bullying político-militar de uma potência que já não é o que era. Depois deste falhanço, ninguém mais vai confiar no chapéu de chuva americano. Porque não é credível. De facto, “América First”, com Biden ou com Trump (este que aliás tinha telhados de vidro com os russos), significa “a Europa que se lixe e que se desenrasque como puder”.

Retirado do Facebook | Mural de  António Ribeiro

Secretas norte-americanas alertam para armas anti-satélites de Rússia e China |  Nuno Patrício, RTP |10-03-2022

© Direitos Reservados Neste relatório pode ler-se que o risco de que os conflitos bélicos existentes se estendam ao espaço vai aumentar à medida que a Rússia e a China intensificarem o desenvolvimento de armas anti-satélite (ASAT).

Neste relatório pode ler-se que o risco de que os conflitos bélicos existentes se estendam ao espaço vai aumentar à medida que a Rússia e a China intensificarem o desenvolvimento de armas anti-satélite (ASAT): “À medida que Estados como China e Rússia veem cada vez mais o espaço como um domínio de combate, as discussões multilaterais de segurança espacial assumem maior importância como forma de reduzir o risco de um confronto que afetaria a capacidade de cada estado de operar com segurança no espaço”.

Excerto do documento da ATA-US Intelligence Community

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