Sofia Ribeiro | Interditas Palavras

Interditas Palavras

talvez

inscritas na dor de uma armadura agarrada a silêncios
mil vezes guardados
mil vezes entornados
nessa (re)câmara
violentamente reconhecida
dual sensação
DO AMOR
qual orgia sísmica pintada a escarlate, onde amantes acedem à visão deste espaço-tempo, ainda floreado em êxtase… porque não?
eis que irrompe o som
obscuro punhal, que num acto de loucura executa o ritual
pacto de sangue
o duo
nesta urgência de querer
não querer
aprender a ser fogo e gelo
num qualquer mar onde a linguagem se quebra…

Sofia Ribeiro

sr

Dia Internacional da Mulher

Marita

Un 8 de marzo de 1857, un grupo de obreras textiles tomó la decisión de salir a las calles de Nueva York a protestar por las míseras condiciones en las que trabajaban.

Distintos movimientos se sucedieron a partir de esa fecha. El 5 de marzo de 1908, Nueva York fue escenario de nuevo de una huelga polémica para aquellos tiempos. Un grupo de mujeres reclamaba la igualdad salarial, la disminución de la jornada laboral a 10 horas y un tiempo para poder dar de mamar a sus hijos. Durante esa huelga, perecieron más de un centenar de mujeres quemadas en una fábrica de Sirtwoot Cotton, en un incendio que se atribuyó al dueño de la fábrica como respuesta a la huelga.

En 1910, durante la Segunda Conferencia Internacional de Mujeres Trabajadoras celebrada en Copenhague (Dinamarca) más de 100 mujeres aprobaron declarar el 8 de marzo como Día Internacional de la Mujer Trabajadora.

Actualmente, se celebra como el Día Internacional de la Mujer.

Vinicius de Moraes | A minha homenagem a todas as mulheres

“A mulher que passa
Rio de Janeiro
Meu Deus, eu quero a mulher que passa.
Seu dorso frio é um campo de lírios
Tem sete cores nos seus cabelos
Sete esperanças na boca fresca!

Oh! como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias!

Teus sentimentos são poesia
Teus sofrimentos, melancolia.
Teus pêlos leves são relva boa
Fresca e macia.
Teus belos braços são cisnes mansos
Longe das vozes da ventania.

Meu Deus, eu quero a mulher que passa!

Como te adoro, mulher que passas
Que vens e passas, que me sacias
Dentro das noites, dentro dos dias!
Por que me faltas, se te procuro?
Por que me odeias quando te juro
Que te perdia se me encontravas
E me encontrava se te perdias?

Por que não voltas, mulher que passas?
Por que não enches a minha vida?
Por que não voltas, mulher querida
Sempre perdida, nunca encontrada?
Por que não voltas à minha vida?
Para o que sofro não ser desgraça?

Meu Deus, eu quero a mulher que passa!
Eu quero-a agora, sem mais demora
A minha amada mulher que passa!

No santo nome do teu martírio
Do teu martírio que nunca cessa
Meu Deus, eu quero, quero depressa
A minha amada mulher que passa!

Que fica e passa, que pacifica
Que é tanto pura como devassa
Que bóia leve como a cortiça
E tem raízes como a fumaça.”

Vinicius de Moraes

Marilyn Monroe

Marilyn Monroe

Citando Eça de Queirós | O riso

eq“O riso é a mais útil forma da crítica, porque é a mais acessível à multidão. O riso dirige-se não ao letrado e ao filósofo, mas à massa, ao imenso público anônimo. É por isso que hoje é tão útil como irreverente rir das ideias do passado: a multidão não se ocupa de ideias, ocupa-se das fórmulas visíveis, convencionais das ideias…”

– Eça de Queirós, in ‘Carta a Joaquim de Araújo’, 25 de Fevereiro de 1878.

Por ocasião do falecimento de Estela Costa Gomes

Maria Estela Veloso de Antas Varajão Costa Gomes (1927-2013)

Foi no atelier do pintor e amigo Henrique Medina que Francisco da Costa Gomes viu o retrato a óleo de uma linda minhota com o tradicional traje de mordoma. A beleza enigmática daquela jovem despertou-lhe o interesse, conseguindo que o pintor os apresentasse. Do encontro – no Porto, em casa da madrinha dela – nasceu um correspondido amor-à-primeira vista e um apaixonado namoro, iniciado em Maio de 1952. Casaram sete meses depois, na Sé de Viana do Castelo. Maria Estela acompanhou sempre a carreira militar e política do marido, vivendo em Lisboa, nos Estados Unidos da América, em Moçambique e em Angola. Em Setembro de 1974, Costa Gomes assume funções como Presidente da República e em Novembro de 1974, fruto da instabilidade política, o casal é aconselhado a mudar-se para o Palácio de Belém. Maria Estela recordará sem saudade os tempos que viveu na residência oficial, pela agitação e pela falta de comodidade daquele espaço, desabitado desde o Presidente Craveiro Lopes. O regresso à casa particular, em 1976, foi, pois, um momento de alívio para os dois e de regresso à tranquilidade, abalada anos depois pela morte inesperada do único filho, Francisco. O casal apoia-se mutuamente nesse momento trágico fortalecem os laços que os unem. Costa Gomes manteve uma actividade discreta mas intensa, sempre acompanhado por Maria Estela, que o ex-Presidente tratava carinhosamente por “Estelinha”. A morte dele, em 2001, pôs fim a uma vida em conjunto de 49 anos. Estela Costa Gomes – que nunca se reconhecera no papel de primeira-dama – faleceu no passado dia 2, no mês em que completaria 86 anos.

Estela e Francisco da Costa Gomes

Estela e Francisco da Costa Gomes

 

http://www.museu.presidencia.pt/index_detail.php?sid=2301 (FONTE)