A última fronteira – Lisboa em tempo de guerra

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De tempos a tempos, acontece sermos chamados a desempenhar esse papel de última fronteira entre a barbárie e a paz, entre a morte e a esperança. São ventos que sopram de uma europa empedernida, mergulhada nas trevas. Uma europa que se esquece do sentido de solidariedade e castiga.

Como se vivia em Lisboa por altura da Segunda Guerra Mundial, como foi receber essa vaga de refugiados (os que tiveram essa sorte) e como esses refugiados viram e retrataram a cidade que os acolhia.

O livro Lisboa, uma Cidade em Tempos de Guerra, da autoria de Margarida Magalhães Ramalho, serviu de ponto de partida para esta exposição que a autora organizou em conjunto com António Mega Ferreira.

Nesta exposição, patente no torreão poente da Praça do Comércio, recomendo vivamente que não percam a projeção de uma série de pequenos filmes; preparem-se para autênticas preciosidades.

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Da Wikilusa, a Enciclopédia de Portugal antonio valdemar - jornalista  e escritorAntónio Valdemar, (Ilha de São MiguelAçores) é o presidente da Academia Nacional Belas Artes, sócio efectivo da Academia das Ciências, membro da Academia Portuguesa da Históriainvestigadorolisipógrafo e jornalista profissional.

Vida e obra

Tem desenvolvido, a partir do final dos anos 50, intensa actividade cultural, com textos de intervenção crítica, abordagem e pesquisa histórica, além da participação em colóquios, júris e conferências. Tem investigado e publicado trabalhos acerca da história e a evolução de Lisboa, nas suas múltiplas transformações sociais, políticas, literárias, artísticas e urbanísticas. É também autor de inúmeros outros trabalhos publicados em livros, jornais e revistas a propósito dos Açores. Organizou, em 1988, com o patrocínio da Câmara Municipal da Ribeira Grande, da Presidência da Republica e da Academia Nacional de Belas Artes a I Semana do Barroco, com a intervenção de intelectuais e críticos de renome nacional. O Conselho da Europa associou-se a esta manifestação. Presidiu ao grupo que procedeu à coordenação da informatização e digitalização dos tomos do Inventário Artístico de Portugal do Distrito de Aveiro (Zona Nordeste, Norte e Sul); Distrito de Beja (Zona Norte); Distrito de Coimbra (Cidade e Distrito), Distrito de Évora, Distrito de Leiria, Distrito dePortalegre, Cidade do Porto e Distrito de Santarém. Representante em Portugal e no estrangeiro da Academia Nacional de Belas-Artes no Conselho Europeu das Academias de Belas-Artes, tem representado, igualmente, a Academia, dentro e fora de Portugal, em congressos, seminários, simpósios e outras reuniões de projecção nacional e internacional. Faz parte, desde 1987, dos júris anuais de atribuição dos prémios da Academia Nacional Belas-Artes, José de Figueiredo, Doutor Gustavo Cordeiro Ramos, Aquisição e Investigação. Dirigiu, durante seis anos, a galeria Diário de Notícias, no Chiado. Organizou dezenas de exposições de escultores, pintores e ceramistas. Entre outras destacam-se uma retrospectiva de Barata Feyo, escultura e desenho e outra de João da Silva, com grande destaque na área da medalhística. A carreira profissional de António Valdemar principiou, em 1958, no jornal República colaborando, entretanto, no Diário de Lisboa. Entrou em 1960 para o quadro do Diário de Notícias, esteve ligado ao grupo fundador de A Capital; desempenhou o cargo de chefe de redacção de A Vida Mundial; exerceu de 1968 a 1980 a chefia de redacção, em Lisboa, de O Primeiro de Janeiro, regressando depois ao Diário de Noticias. Desde o noticiário e a reportagem até à entrevista, à crónica e ao artigo de opinião acompanhou os grandes acontecimentos nacionais ocorridos nas últimas décadas. Integrou, o gabinete editorial do Diário de Notícias, leccionou jornalismo no Instituto Politécnico de Santarém; e orientou em vários locais do País outros cursos de Comunicação Social e de Cultura Portuguesa (séculos XIX e XX). Participou durante vários anos no desenvolvimento do programa de incentivo ao livro e à leitura, sendo co-autor com Jacinto Baptista de dois volumes publicados pelo Conselho de Imprensa e pela Alta Autoridade da Comunicação social. Teve um programa diário na RTP2, de 1984 a 1996; foi colaborador permanente do programa ACONTECE da RTP, dirigido por Carlos Pinto Coelho; é colaborador efectivo, desde 2007, do semanárioExpresso, no caderno de arte e cultura ACTUAL.

Obra publicada

É autor, entre outros, dos seguintes livros:

Prefaciou: Hermano Neves, a Grande reportagem, da autoria de Norberto Lopes;

  • Memórias de Um Ex Morfinómano, de Reinaldo Ferreira (Repórter X) edições portuguesa e brasileira.
  • Amores da Cadela Pura I e II, memórias de Margarida Vitória, marquesa de Jácome Correia
  • Os Maias, de Eça de Queiroz, edição comemorativa do centenário promovida pelo Circulo dos Leitores
  • Nemésio, sem limite de idade, foi editado pelo Clube do Coleccionador e lançado, em 2001, nos Açores (Horta e Angra) no âmbito das manifestações comemorativas do centenário do nascimento do autor de Mau Tempo no Canal.

Reproduz inúmeros autógrafos inéditos e percorre passo a passo os múltiplos aspectos da vida e da obra de Vitorino Nemésio. Para a publicação oficial, da Presidência da República, das Comemorações do 10 de Junho de 2002, efectuadas em Beja, com uma exposição bio-bibliográfica e iconográfica sobre Mariana Alcoforado, escreveu;

  • As Cinco Cartas do Desassossego.

Acompanhou a última viagem presidencial de Jorge Sampaio ao estrangeiro, sendo o orador oficial na homenagem prestada a Teixeira Gomes em Bougie e o autor do livro e antologia de textos literários de Teixeira Gomes Um Português no Magreb, com prefácios de Jorge Sampaio e Abdelaziz Bouteflika (presidente da República da Argélia). Este livro foi traduzido em árabe por Badr Hassanien, numa edição conjunta do Instituto Camões e da Presidência da República A importância de trabalhos de António Valdemar e/ou a colaboração que prestou a obras de erudição vêm assinaladas na História de Portugal de Veríssimo Serrão e na última edição da História de Literatura Portuguesa de António José Saraiva e Óscar Lopes.

Prémios

José de Figueiredo, por duas vezes, para o melhor estudo na área da história (Chiado: o peso da Memória-1991 e A Cidade dos Sítios-1994); Prémio Júlio César Machado – 1987, para a melhor reportagem ou artigo sobre Lisboa – Cesário Verde em novos manuscritos; Prémio Júlio de Castilho – 1990, para o melhor livro sobre Lisboa Chiado: o Peso da Memória. Tem o grande oficialato das ordens honoríficas portuguesas. Foi condecorado, em 1991, no Dia de Portugal, em Tomar, pelo Presidente da República, Mário Soares com a Ordem de São Tiago; e, em Maio de 2000, pelo Presidente da República Jorge Sampaio, com o Grande Oficialato da Ordem de Mérito. Também foi condecorado pelo Presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso com a Ordem do Rio Branco. Recebeu, em Maio de 2008, a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores atribuída, por unanimidade

Academia Nacional de Belas Artes | Lisboa

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História

Segundo o “Dicionário de História de Portugal” foi Passos Manuel quem fundou a Academia de Belas Artes, referendando os três decretos de 25 de Outubro de 1836, todos relativos à Academia. O primeiro decreto teve por fim criar a Academia, o segundo, colocá-la numa parte do edifício do extinto convento de São Francisco da Cidade, onde ainda hoje existe, e criou uma biblioteca de Belas Artes no mesmo edifício, por último nomeou para os diversos empregos da academia as pessoas constantes duma relação que acompanhava o mesmo decreto.

Esta criação veio no seguimento da Revolução Setembrista e no âmbito de uma alargada reforma do ensino, sendo, desta forma, colocadas em prática as anteriores reformas de Agostinho José Freire. Assim, o então Estado Liberal assume a responsabilidade de centralizar o ensino artístico, anteriormente disperso, sendo-lhe conferido o objectivo de formar os artistas de belas artes e das artes fabris.
A Academia tinha funções honoríficas, culturais e pedagógicas, sendo constituída por docentes proprietários e substitutos, académicos de mérito, académicos honorários e académicos agregados. Entre estes podem-se referir: António Manuel da Fonseca, Joaquim Rafael, André Monteiro da Cruz, Domingos José da Silva, Francisco de Assis Rodrigues, Caetano Aires de Andrade, Benjamin Comte, José da Costa Sequeira, Constantino José dos Reis e José Francisco Ferreira de Freitas.

Inauguração

Inaugurada em 1837, os estatutos da Academia foram elaborados e redigidos por uma comissão presidida pelo tenente-coronel do Real Corpo de Engenheiros João José Ferreira de Sousa, director das Aulas Régias, e da qual faziam parte: Joaquim Rafael, José da Cunha Taborda e André Monteiro da Cruz, pintores, José António do Vale e Francisco Vasques Martins, professores de Desenho, João Maria Feijó e José da Costa Sequeira, arquitectos, Francisco de Assis Rodrigues, escultor, que também era secretário, João Vicente Priaz e Benjamin Comte, gravadores.

Estes estatutos foram posteriormente “corrigidos e adicionados” por uma nova comissão composta por três membros da Academia Real das Ciências: o bispo-conde D. Francisco de S. Luís (posteriormente cardeal Saraiva), Francisco Pedro Celestino Soares e José Cordeiro Feio.

Instalada no antigo convento quinhentista de São Francisco da Ci¬dade, confiscado em 1834 através dos decretos anticlericais, a Academia tinha inicialmente como funções: a formação de novos artistas, a identificação, a classificação, a inventariação, a conservação e o restauro das obras artísticas com o intuito de promover o desenvolvimento das belas artes e dos estudos arquitectónicos, a preparação de exposições e conferências, entre outras.
No reinado de D. Luís, com o decreto de 22 de Março de 1862, a Academia de Belas-Artes passa a ser designada por Academia Real de Belas-Artes, sendo que, em 1881, houve uma reforma no ensino artístico, a qual ratificou algumas inovações curriculares já antes introduzidas, dando-se a separação entre a Escola de Belas-Artes de Lisboa, com fins didácticos, e a Academia Real de Belas-Artes propriamente dita, com fins culturais.

Em 1882, integrada no Conselho de Arte e Arqueologia, surge a Comissão dos Monumentos Nacionais, presidida pelo arquitecto Possidónio da Silva, à qual se seguiram sucessivamente novas comissões, até que, a 9 de Dezembro de 1898, surge uma nova reestruturação organizacional e é criado o Conselho Superior dos Monumentos Nacionais, basicamente com as mesmas competências das comissões anteriores, fazendo parte deste Conselho os inspectores das belas artes de Lisboa e do Porto, os inspectores das Academias das belas artes, o inspector dos serviços de obras públicas, o conservador do museu nacional e os professores de arquitectura das Academias das belas artes. Este Conselho estava incumbido de estudar, classificar e inventariar os monumentos nacionais, de consultar e propor ao Governo as providências necessárias à guarda, conservação, reparação e exposição pública dos monumentos, de instruir, projectar ou propor as respectivas reparações, apropriações, aquisições e destinos do património, bem como de promover a propaganda e o culto público pela conservação e pelo estudo dos monumentos, velando pelos mesmos.

A Academia e a República

Em 1911 a Academia Real de Belas-Artes é extinta pelo Governo Provisório da República, sucedendo-lhe a 29 de Maio de 1911 o Conselho de Arte e Arqueologia (1.ª Circunscrição), com objectivos semelhantes, especialmente na conservação, administração e valorização dos monumentos e museus portugueses, sendo este por sua vez extinto a 7 de Março de 1932.

Com o Decreto n.º 20 977 de 1932, a Academia é restaurada sob o nome de Academia Nacio¬nal de Belas-Artes, por iniciativa do então ministro da Instrução Pública, Gustavo Cordeiro Ramos. Participaram também nesta instituição José de Figueiredo, também fundador do Museu Nacional de Arte Antiga, Reinaldo dos Santos, Raul Lino, José Luciano Freire, Teixeira Lopes, Xavier da Costa, Sousa Lopes, José Pessanha, Afonso Lopes Vieira, entre outros.

A galeria da Academia de Belas¬-Artes formou-se a partir de pinturas e outras obras de arte provenientes dos antigos conventos, maioritariamente da zona Centro e Sul de Portugal, os quais foram extintos em 1834. Pelo facto de se ter reunido este espólio no antigo Convento de São Francisco da Cidade aí foi instalada a Academia, juntamente com a Biblioteca Pública. Devido à falta de instalações as pinturas foram sendo colocadas em salas e corredores. Sousa Holstein reorganizou a galeria em salas para o efeito, sendo estas abertas ao público em 1869.

Os Museus Centrais

Em 1881 Delfim Guedes arrendou o Palácio Pombal, na Rua das Janelas Verdes, hoje Museu de Arte Antiga, com o intuito de se realizar a Exposição Retrospectiva de Arte Ornamental Portuguesa e Espanhola. Este edifício foi comprado pelo Estado, sendo a sua abertura oficial a 12 de Junho de 1884, sob o nome de Museu Nacional de Belas-Artes e Arqueologia, concretizando o objectivo de nele instalar o que então se designava por “Museus Centrais”, ficando entregue à Academia, nessa altura, a direcção e orientação do Museu.

Com a primeira República o Museu deixa de depender da Academia. As colecções de arte moderna foram retiradas do Museu Nacional de Belas-Artes em 1911 para serem instaladas no Convento de São Francisco da Cidade, no então criado Museu Nacional de Arte Contemporânea (actual Museu do Chiado).

Em termos de instalações a Academia permaneceu nos dois pisos inferiores do Convento de São Francisco da Cidade (Decreto de 9 de Maio de 1837), à excepção de toda a zona nascente do mesmo edifício, confinado com a Rua de Serpa Pinto, a qual foi destinada para as instalações do Museu Nacional de Arte Contemporânea, criado nesta data, albergando ainda a Biblioteca Pública e, em 1875, as instalações do Governo Civil de Lisboa.

Prémios e Publicações

A Academia Nacional de Belas-Artes tem diversas actividades, podendo-se destacar, publicações como: “Os Primitivos Portugueses”, “O Manuelino” de Reinaldo dos Santos, de saída periódica o “Inventário Artístico de Portugal” referente à inventariação por distritos de diversas obras distribuídas entre arquitectura, escultura, pintura e artes decorativas, ou uma publicação se¬mestral ou anual, o “Belas artes: revista e boletim da Academia Nacional de Belas Artes”.

A biblioteca da Academia Nacional de Belas-Artes possui milhares de volumes, sendo uma referência na arte portuguesa. A Academia Nacional de Belas-Artes possui também uma galeria de arte, na qual se expõem obras de interesse artístico e histórico.

O sistema de concursos e a atribuição de prémios produziam um elemento dinamizador da progressão da aprendizagem. Desta forma existiram concursos anuais de Desenho incidindo nas áreas do desenho de figura. Os concursos trienais eram realizados para as áreas de arquitectura, escultura e pintura histórica, sendo estas posteriormente articuladas com as exposições, também estas trienais. Mais tarde deu-se a substituição do regime de concursos por um sistema de exames finais no Curso de Desenho.

No seguimento da prática usada no reinado de D. João V e por D. José I, estavam previstas para a Academia de Belas de Lisboa bolsas de estudo para complemento da formação no estrangeiro.

Após um processo de diversos anos de discussão de regulamentos de bolsas, o então Vice-Inspector da Academia de Lisboa, Francisco de Borja Pedro Maria António de Sousa Holstein consegue aprovar, em 1865, o regulamento, sendo que no ano lectivo de 1866/1867 efectuou-se a partida para Paris dos primeiros bolseiros.

Os prémios e bolsas de estudo concedidos anteriormente pela Academia Nacional de Belas-Artes, em cumprimento do Decreto-Lei n.º 28003 de 31 de Agosto de 1937 – prémios Anunciação, Lupi, Ferreira Chaves, Soares dos Reis, José Luciano Freire, Rocha Cabral, Barão de Castelo de Paiva e Júlio Mardel e subsídio de viagem do legado dos Viscondes de Valmor – deixaram de corresponder, pela sua definição, à realidade artística do final do século XX. Assim, segundo o Decreto-Lei n.º 42, de 25 de Janeiro de 1983, e respectivo regulamento, os prémios anuais passaram a ser somente dois – o prémio Investigação e o prémio Aquisição.

A Insígnia

No ano de 1937, pela Portaria n.º 8630 de 20 de Fevereiro, é aprovada a insígnia destinada aos vogais da Academia, a qual é composta por uma medalha dourada, suspensa por um cordão com o respectivo passador. No anteverso da mesma, é figurada uma mulher jovem, realizada ao natural, que representa a Academia, e, em plano afastado, a figura do mármore pentélico do Museu de Atenas, cópia da estátua que Fidias esculpiu para o Parthenon, no reverso figura a legenda “Academia Nacional de Belas-Artes” e uma coluna dórica, adornada com livros e utensílios de escultura, pintura e arquitectura.

A 2 de Dezembro de 1982 foi aprovada, em sessão plenária da Academia, uma Medalha de Mérito abrangendo as classes de ouro, prata e bronze, com vista a galardoar pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, por actos considerados relevantes em prol da vida académica, artística ou cultural.

Em 1982 através do edital n.º 51 da Câmara Municipal de Lisboa, houve uma mudança toponímica do local, passando a designar-se Largo da Academia Nacional de Belas¬-Artes.

A 10 de Fevereiro de 1987 os estatutos da Academia Nacional de Belas-Artes de Lisboa foram renovados. Segundo a Portaria n.º 80, de 10 de Fevereiro de 1987, a Academia é uma instituição de utilidade pública, dotada de personalidade jurídica, sob a tutela da Secretaria de Estado da Cultura.

Ao longo da sua existência a Academia tem-se evidenciado pelo seu apoio à divulgação cultural e à formação de novos intérpretes culturais nas mais diversas áreas, quer através da atribuição de bolsas de estudo, para estudar em Portugal e principalmente no estrangeiro, quer através dos prémios que fomenta anualmente. Os últimos estatutos aprovados para a Academia indicam o mesmo caminho.

175 anos de existência

Prestes a comemorar 175 anos de existência, a Academia Nacional de Belas Artes, situada ao Chiado, em Lisboa, aguarda maior atenção dos poderes públicos para a sua conservação e dos documentos históricos que ali se encontram.

Exposição | Torreão Poente do Terreiro do Paço

Uma exposição a visitar no torreão poente (antigo Min. do Exército) do Terreiro do Paço. Comissariada por Margarida Magalhães Ramalho e António Mega Ferreira. Como era o quotidiano de Lisboa no tempo da guerra, com milhares de refugiados onde se podem vi os vistos de imensos artista que por cá passaram como Max Ernst, Peggy Guguenheim, Chagal, Gulbenkian entre outros.

Exposição

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Einstein recebeu uma carta da miss New Orleans que lhe dizia: ” Prof. Einstein, gostaria de ter um filho seu… A minha justificativa baseia-se no facto de eu ser um modelo de beleza, e tendo um filho com o senhor certamente que o garoto teria a minha beleza e a sua inteligência”. Einstein respondeu: ” Querida miss New Orleans, o meu receio é que o nosso filho tenha a sua inteligência e a minha beleza.

Fernando Dacosta | Os Mal-Amados – Confidencias inéditas de figuras que construíram o Portugal como o conhecemos

Mal Amados

Sinopse

Através de casos pessoais, a presente narrativa pretende ser a evocação de uma época, de uma fractura na História de Portugal.
Ter-se nascido na ditadura (nas censuras, nas representações), vivdo a revolução (o sonho, a desmesura), contribuído para a Democracia (a liberdade, a diversidade), imergido no neoliberalismo (o lucro, a excendetarização) foram experiências-limite concedidas às gerações que, agora, começam a sair, mal-amadas, de cena. Mal-amadas por míngua de sentimentos, por excesso, ausência, desencontro, receio deles.
É a sua memória, mágoa, sarro, utopia, ousadia que aqui se encenam, nesta versão recriada so Nascido no Estado Novo.Costa Gomes evita a guerra civil
Implacabilidades de Álvaro Cunhal
A morte silenciada de Marcello Caetano
O fenómeno dos Retornados
Premonições de Natália Correia
Agostinho da Silva revela Confidências de Fernando Pessoa
E antevê: a sobrevivência de Portugal, quando a CE bloquear, está em África
Uma nova etapa germinará através da lusofonia.

Fernando Dacosta


Ficcionista e autor dramático, formado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa, exerceu a actividade profissional de jornalista, na sequência da qual publicou os trabalhos de investigação jornalística Os Retornados Estão a Mudar Portugal (Grande Prémio de Reportagem do Clube Português de Imprensa) e Moçambique, Todo o Sofrimento do Mundo (Prémios Gazeta e Fernando Pessoa). Estreou-se como dramaturgo com Um Jipe em Segunda Mão , peça que, tendo por tema as sequelas da guerra colonial portuguesa, foi distinguida com o Grande Prémio de Teatro da RTP, e editada, em 1983, com o monólogo dramático A Súplica e o diálogo Um Suicídio Sem Importância, volumes a que se seguiriam os trabalhos teatrais Sequestraram o Senhor Presidente (1983) e A Nave Adormecida (1988). Tentado pela maior liberdade de tratamento do espaço e do tempo no registo novelístico, com O Viúvo (Grande Prémio da Literatura do Círculo de Leitores) e Os Infiéis , afirmou-se no domínio da ficção com uma escrita instituída como indagação obsessiva sobre uma portugalidade entrevista num passado recente (O Viúvo ) ou no período dos Descobrimentos (Os Infiéis), e estabelecendo nexos de intertextualidade com outros autores de língua portuguesa que integram ou reflectiram sobre a mitologia do ser português, como Agostinho da Silva, Jaime Cortesão, Antero, Pascoaes, Oliveira Martins, Camões ou Pessoa.