17 jun 2020 // Hoje temos escolhas de Paulo Querido, Ana Roque, Luis Grave.

🦠 Devemos visar a imunidade do rebanho, como a Suécia?

A Suécia tem seguido uma estratégia de coronavírus diferente da maioria do resto do mundo desenvolvido: deixa o vírus correr solto, refreia-o o suficiente para garantir que não sobrecarregue o sistema de saúde como em Hubei, Itália ou Espanha, mas não tenta eliminá-lo. Pensam que pará-lo completamente é impossível. A consequência natural é que a maioria dos cidadãos é infectada, e isso acaba por abrandar a epidemia. É por isso que, em suma, as pessoas chamam a essa estratégia “Imunidade do Rebanho“.

A outra estratégia é o Martelo e a Dança. O Martelo ataca  agressivamente o coronavírus, fechando a economia. Uma vez travado, salta para a Dança substituindo o bloqueio agressivo por medidas baratas e inteligentes para controlar o vírus.

Alguns países e Estados, como a Holanda e o Reino Unido, ou Estados norte-americanos como o Texas e a Geórgia, implementaram medidas entre as duas estratégias. Então qual é a melhor estratégia?

• Nota: artigo longo e com boa controvérsia nos comentários.

[Tomas Pueyo – Medium]

👩 Estarão as nações mais seguras do coronavírus quando as mulheres lideram?

Compilei as taxas de mortalidade pelo coronavírus para 21 países em todo o mundo, 13 liderados por homens e oito liderados por mulheres. Os países liderados pelos homens sofreram uma média de 214 mortes relacionadas com o coronavírus por milhão de habitantes. As lideradas por mulheres perderam apenas um quinto do número, 36 por milhão.

Se os Estados Unidos tivessem a taxa de mortalidade por coronavírus da média dos países liderados por mulheres, 102.000 vidas americanas teriam sido salvas das 114.000 perdidas.

[Nicholas Kristof – The New York Times]

💶 “Haverá poder de fogo financeiro suficiente para enfrentar” os efeitos da pandemia, insiste o chefe do orçamento da UE

Confrontada com a recessão económica potencialmente mais profunda da Europa em décadas, a Comissão Europeia revelou o seu fundo de recuperação planeado para fazer face às consequências da pandemia da COVID-19.

O pacote sem precedentes de 750 mil milhões de euros constituirá o maior estímulo de sempre do bloco. Mas Bruxelas ainda enfrenta uma série de obstáculos se quiser conseguir um acordo até Julho. Subsistem grandes divergências entre os Estados-membros sobre a forma como o dinheiro deve ser distribuído e sobre as condições a que deve estar sujeito.

[ – Euronews]

CURTAS

📊 Coronavírus é pior para negros e hispânicos americanos, mostram dados do CDC. Sabemos que o coronavírus afecta negros, latino-americanos e nativos americanos a taxas muito mais altas que os brancos. Novos dados do Centro de Controle de Doenças dos EUA mostram que a diferença racial é muito pior do que se sabia anteriormente. [Olivia Messer – The Daily Beast]

💊 Coronavírus: Dexametasona é o primeiro medicamento para reduzir a taxa de mortalidade por COVID-19. Um esteroide sintético de baixo custo, Dexametasona, será utilizado no Reino Unido depois de um ensaio bem sucedido ter demonstrado que reduziu as mortes num terço dos doentes com COVID-19 em ventiladores. Trata-se de um “desenvolvimento pioneiro” na luta contra o vírus. [ – Euronews]

🗽 América – um acto de contrição?. O que é que está a acontecer? Porquê? Há algum paralelo entre os protestos por causa do assassínio de George Floyd, debaixo do joelho de um polícia, e as manifestações dos direitos civis dos anos 1960? Há uma “transformação” em curso, dizem. Mas porque se ajoelha agora a América? [Gabriel Sousa – Público]

🤔 Ética de Weber para tempos de pandemia. Preservar vidas ou reanimar a economia? Os pensamentos do filósofo alemão, sobre cuja morte se cumpriram 100 anos, ainda estão muito vivos. [Fernando Vallespín – El País]

📌 Como o coronavírus se compara com 100 anos de acontecimentos mortais. Só as piores catástrofes superam por completo os padrões normais de morte, ensombrando, ainda que brevemente, causas quotidianas como o cancro, as doenças cardíacas e os acidentes rodoviários. Eis como a devastação provocada pela pandemia se compara com os acontecimentos históricos. [Allison McCann – The New York Times]

BOOKMARKS

1. 📈 Direção-Geral de Saúde: ponto de situação atual em Portugal (link)
2. 💊 Mapping COVID-19 Research: The “Map of Hope” provides a geographical overview of planned, ongoing and completed clinical trials. (link)
3. 📊 Reuters: breaking the wave (link) (enviado por Marisa Torres da Silva)
4. 📊 ESRI: Evolução Covid-19 em Portugal – Dados Adicionais (link) (enviado por leitor anónimo)
5. 📈 European monitoring of excess mortality for public health action (link) (enviado por Manuel Carreira)
6. 🕸️ Google: See how your community is moving around differently due to COVID-19 (link)
7. 🏙️ Público: Como está a evoluir a pandemia onde eu vivo (link)
8. 🏛️ Oxford University: Government Response Tracker (OxCGRT) (mapa das políticas de resposta, RECOMENDADO) (link)
9. 📈 Ministério da Saúde: Vigilância da mortalidade (link)
10. 🦠 Uns estão a vencer, outros não: que países estão a safar-se melhor na luta contra a COVID-19? (link)
11. 📊 Pordata: Números da Crise. Dezenas de indicadores-chave para melhor analisar o impacto económico e social da Covid-19 em Portugal (link) (enviado por leitor anónimo)
12. 📈 COVID-19 Infections Tracker; Estimativas de RT por país (NOVO) (link) (enviado por Manuel Carreira)
13. 📈 Coronavirus Country Comparator: permite comparar casos ou mortes, valores absolutos ou per capita (NOVO) (link) (enviado por Luís Grave)

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