«A DAMA E O UNICÓRNIO»: MITO, SEDUÇÃO E TRAGÉDIA | Maria Teresa Horta

Graficamente belíssimo, já chegou às mãos de Maria Teresa Horta o livro com a sua última obra poética, «A Dama e o Unicórnio», incluindo o CD com a sonata profana de António de Sousa Dias sobre os poemas de MTH, ditos por Ana Brandão. Os leitores interessados terão de ter um pouco de paciência: a cuidada edição de Cecília Andrade, da Dom Quixote/Leya, com impecável produção executiva do Atelier 007, de Patrícia Reis (capa e paginação de Joana Miguéis), só chegará às livrarias no próximo dia 29.
Até lá fica um dos 72 poemas que compõem a obra e um trecho da contracapa.

LUME

Lume…
imagina o Unicórnio

Ao sentir o afago
da mão que a Dama
demora no seu dorso

E em seguida na lividez
da testa
em torno do seu corno

Osso de luz
a contragosto

CONTRACAPA – Conjugando numa unidade indivisível a tecedura das tapeçarias quatrocentistas «La Dame à la Licorne» com uma original interpretação da intriga nelas urdida, Maria Teresa Horta cria uma obra poética que se desdobra por vários cantos – «Arte e Ofício», «As Personagens», «As Tapeçarias», «O Mito», «À mon seul désir», «A Sedução», «Posse» e «A Eternidade» – numa apaixonante e mágica composição que o modelo gráfico acompanha lúcida e harmoniosamente. Com esta obra complexa, na qual uma sensualidade imanente subjaz ao lirismo com que a tragédia é tecida nos seus 72 poemas, a poetisa dá voz a um fascínio que remonta ao final dos anos 50, em Paris, quando se lhe depararam as tapeçarias numa primeira visita ao Musée de Cluny, actual Musée National du Moyen Âge.

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Sem Rede – Casa de Teatro de Sintra

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Sem Rede, é uma peça levada a cena pela Companhia de Teatro de Sintra, baseado num texto de Ana Saragoça com encenação de João Mello Alvim. Três atores emprestam a sua interpretação a um quadro familiar. Um homem, uma mulher e uma jovem no fim da adolescência. Seriam uma família. Mas nos dias de hoje, são estranhos com disfuncionais laços de aproximação.