Citando Ana María Matute

Olhou-me pela primeira vez, com os seus grandes olhos azuis, parecidos ou talvez iguais aos do Unicórnio, e acrescentou: «Deve ter outra linguagem.» Com outra linguagem, e sabendo que as flores murchas podem ressuscitar de noite, e também contam as suas histórias as chávenas, os garfos, as agulhas de pontear e as frigideiras, passava eu, no meu barquinho de papel de jornal, até à gruta debaixo do alto e incómodo sofá, onde me permitiam ver, ouvir e cheirar todas aquelas criaturas, que fingiam não me ver mas que gostavam de mim.

Ana María Matute, escritora Catalã editada pela Planeta (excerto de Paraíso Inabitado)

“Ana María Matute enche-me de orgulho como mulher, como escritora, como exemplo de conhecimento, de experiência, de sabedoria, de humanidade e celebro-a em todas as suas vertentes e capacidades. Exalto-a e elevo-a. Desejo-lhe, com toda a admiração e a par desta complexa e temporária passagem pelo planeta Terra, muita saúde e as maiores felicidades em tudo, na sua condição humana e na sua literatura.” Cristina Carvalho

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