Comunicado do Governo | Reunião de trabalho do Primeiro-Ministro com o Ministro de Estado e das Finanças | 2020-05-13 às 23h30

«O Primeiro-Ministro e o Ministro de Estado e das Finanças tiveram hoje uma reunião de trabalho, no quadro da preparação da próxima reunião do Eurogrupo, que terá lugar sexta-feira, e da definição o calendário de elaboração do Orçamento Suplementar que o Governo apresentará à Assembleia da República durante o mês de Junho.

Nesta reunião ficaram ainda esclarecidas as questões relativas à falha de informação atempada ao Primeiro-Ministro sobre a concretização do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução, que já estava previsto no Orçamento de Estado para 2020, que o Governo propôs e a Assembleia da República aprovou.
Ficou também confirmado que as contas do Novo Banco relativas ao exercício de 2019, para além da supervisão do Banco Central Europeu, foram ainda auditadas previamente à concessão deste empréstimo:
em primeiro lugar, pela Ernst & Young, auditora oficial do banco;
em segundo lugar, pela Comissão de Acompanhamento do mecanismo de capital contingente do Novo Banco, composta pelos Dr. José Bracinha Vieira e pelo Dr. José Rodrigues de Jesus;
e ainda pelo Agente Verificador designado pelo Fundo de Resolução, Oliver Wyman.

Este processo de apreciação das contas do exercício de 2019, não compromete a conclusão prevista para julho da auditoria em curso a cargo da Deloitte e relativa ao exercício de 2018, que foi determinada pelo Governo nos termos da Lei n.º 15/2019, de 12 de fevereiro.

O Primeiro-Ministro reafirma publicamente a sua confiança pessoal e política no Ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno

28) – C19 Upshot | Privacidade e saúde pública: prós e contras das aplicações de contact tracing COVID-19 | Novo estudo indica que o verão não é suscetível de afetar a disseminação do COVID-19 | Paulo Querido

🗃️ Estelle Massé – Access Now // Privacidade e saúde pública: prós e contras das aplicações de contact tracing COVID-19O rastreamento de contatos é o processo de identificação, avaliação e gestão de pessoas que foram expostas a uma doença para impedir a transmissão subsequente. Por meio desse processo, governos e profissionais de saúde buscam ajudar a limitar a propagação de um vírus, interromper a transmissão contínua e aprender sobre a pandemia.

O contact tracing é mesmo necessário?

Resposta rápida: não. Resposta longa: não, de todo!

Estás a gozar-me!?

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Mortos sem valor de mercado | Carlos Matos Gomes

Desenvolvemos uma sociedade onde tudo — mas tudo — tem um valor de mercado. Onde não existem pessoas, mas produtos e consumidores. Tudo é mercado. Esta é a civilização que criámos. O coronavirus expôs os fundamentos dessa “descivilização” que tem como farol os Estados Unidos da América e a Big Apple, Nova Iorque, como capital. Nós, os portugueses e os europeus, pertencemos a essa civilização. Quando o presidente dos Estados Unidos aponta o dedo à China como responsável pela pandemia está a dizer que a “nossa” civilização perdeu, apodreceu, está a reconhecer: A nossa Maçã está podre!

Há dias a comunicação social da nossa civilização mostrava a sede do império — Nova Iorque, a Grande Maçã, a metrópole que não dorme, a da Wall Street, a Bolsa que impõe o valor dos produtos no mercado, a Lota Mundial — a enterrar mortos do “vírus chinês” em valas comuns abertas por escavadoras, porventura chinesas, ou japonesas, ou coreanas, operadas por hispânicos! Conclusão a tirar da confissão de Trump: a China obrigou o nosso império a enterrar os seus mortos sem valor de mercado em valas comuns. Para aí vão os que, no Império do Mercado, não têm dinheiro para pagar um seguro privado de saúde, um fundo privado de pensões, um funeral como os que aparecem nos filmes, num campo relvado e música de fundo! As mesmas valas onde, provavelmente, há uns anos foram enterradas as vacas loucas, aquelas que sofreram uma degenerescência neurológica, ou os frangos da gripe aviária, ou os porcos da peste suína (que veio de Hong Kong) que também já foram sacrificados por não terem valor de mercado.

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É sempre no amor que pouso os ramos | Maria Isabel Fidalgo

É sempre no amor que pouso os ramos
e nele planto acácias ou faço florescer
rosas e cerejas no inverno gélido.
Dir-me-ás que repito as flores e os frutos
que massacro de primavera os versos
que soletro gorjeios violáceos
para falar de amor.
E eu dir-te-ei que sim
que é sempre no amor que pouso os ramos
e que nele colho o sémen a bússola a maravilha.
Porque o amor faz-me dançar nas árvores altas
faz-me correr nos bosques
castiga-me de estrelas
traz-me um tempo de palavras cálidas
nas cordas do frio rigoroso.
Por isso,
é sempre no amor que pouso os ramos
e crescem-me galhos de aves no coração.

maria isabel fidalgo

O MELODRAMA | Eduardo Pitta, in Facebook

Toda a gente se lembra da noite do primeiro domingo de Agosto de 2014, quando Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, anunciou em directo a «Resolução» do BES. O Grupo Espírito Santo implodia em horário nobre e das cinzas do BES nascia o Novo Banco.

Nunca tal se tinha visto na Europa. Embora previsto pelo BCE, foi uma estreia absoluta. No dia seguinte ficou a saber-se que mais de metade dos ministros (era o Governo Passos & Portas) tinham assinado na praia.

Passaram seis anos. O Fundo de Resolução, constituído pelos Bancos a operar no país, enterrou 3,9 mil milhões de euros no Novo Banco. Mas a venda ao Lone Star, em 2017, não exonerou os compromissos contratuais. Dito de outro modo, os Governos de António Costa não podem assobiar para o lado. Há poucos dias foram mais 850 milhões, devidamente inscritos no OE 2020. Mas ainda faltam mais mil milhões.

Encenar uma ópera-bufa a pretexto de uma verba inscrita no Orçamento de Estado (ou seja, um diploma escrutinado por todos os deputados, aprovado por uma maioria deles, promulgado pelo Presidente da República, referendado pelo primeiro-ministro e publicado em «Diário da República»), não lembra ao Diabo. Abstenho-me de comentar a polémica em torno de gaps de comunicação.

A Direita, no seu conjunto, e uma parte significativa da Esquerda, julgou ter chegado o momento de abater Centeno, que ainda esta tarde, ouvido no Parlamento, foi claro: «Os senhores fizeram na praia a mais desastrosa Resolução da história da Europa…»

Rui Rio pediu a demissão do ministro das Finanças. Deputadas do BE e do CDS deram pinotes de corça. Pivôs de telejornal salivaram com o desfecho da reunião que à mesma hora juntava Centeno e o primeiro-ministro.

Tudo acabou em anticlímax: os dois abandonaram juntos a residência oficial e uma nota esclarece: «O primeiro-ministro reafirma publicamente a sua confiança pessoal e política no Ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno.»

Eduardo Pitta

Retirado do Facebook | Mural de Eduardo Pitta

27) – C19 Upshot | Como será o nosso futuro pós-pandémico. Economistas, investidores e CEOs sobre como o coronavírus mudou para sempre o mundo | Manhattan deserta se trabalhar em casa se tornar a norma | Paulo Querido

🌐 – Bloomberg // Como será o nosso futuro pós-pandémico. Economistas, investidores e CEOs sobre como o coronavírus mudou para sempre o mundo.Alguns analistas dizem que o fundo está próximo, mas poucos esperam que a economia volte ao estado anterior à pandemia. Prepare-se para um alívio maciço da dívida, mais intervenção do governo, aumento das tensões China-EUA e, pelo lado positivo, mais mulheres na força de trabalho.

Que se passa?

A Bloomberg pediu a várias personalidades mundiais da economia, finança e política o seu melhor palpite sobre como as nossas vidas serão fundamentalmente mudadas.

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