Enganando dois KGB, Nureyev, com um “pas de deux”, fugiu para o Ocidente. | Manuel S. Fonseca in Página Negra

Enganando dois KGB, Nureyev, com um “pas de deux”, fugiu para o Ocidente. Ora leiam, é um fuga mirabolante, com Malraux e Kennedys à mistura. E dois KGB que ficam pendurados

“Onde estão aqueles dois KGB?”

Ouçam, ouçam. E como é a voz de Jackie Kennedy, peço que se sentem primeiro. Jackie e John vieram em visita de Estado a França. Jantam com De Gaulle e com André Malraux, o ministro da cultura, nesse sumptuoso clarão que é o Chateau de Versailles. E eis o que Malraux acaba de perguntar à sedutora Kennedy: “O que fazia antes de conhecer o John?’”

Passa um fulgurante segundo, a boca colorida de Jackie abre-se: “Era virgem!” disse ela, com riso e ponto de exclamação.

Nesse fulgurante segundo de virtude, talvez Malraux tenha esquecido a fresca tragédia: poucos dias antes, ao volante de um Alfa-Romeo descapotável, tinham morrido os seus dois filhos, estraçalhando-se contra uma árvore, nas mil curvas da Côte d’Azur. O carro oferecera-o Clara Saint, menina de 23 anos, milionária de origem chilena, noiva de um dos rapazes.

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Le 11 juillet 711, Tarik Ibn Zyad conquiert la péninsule ibérique | in babzman.com

Le 11 juillet de l’an 711, les troupes de Rodrigue, le roi wisigoth de l’Espagne chrétienne, voit ses troupes tomber sous les quelques centaines disciples du prophète Mohammed [QSSSL]. Cette modeste bataille de Guadalete, livrera la plus grande partie de la péninsule ibérique aux musulmans qui vont l’occuper durant près de sept siècles.

La tribu germaine des Wisigoths est venue, trois siècles plus tôt, d’au-delà du Rhin, après avoir créé un royaume à Toulouse (France). Chassée par Clovis et ses Franc, elle s’est repliée sur la péninsule espagnole où elle établit un royaume chrétien relativement prospère.

Démis de ses fonctions, à l’aube du VIIIe siècle, Wittiza, le roi wisigoth fit appel à un seigneur Maghrébin, l’Emir de Tanger, Moussa Ibn Nocair, pour lui venir en aide.

Il faudrait souligner qu’à cette époque, les chrétiens d’Occident ne connaissent pas véritablement l’Islam et le perçoivent plutôt comme une secte chrétienne, plutôt qu’une religion rivale. L’Emir ne se fit pas prier et envoya une armée de 6 000 guerriers, commandés par un jeune chef berbère nouvellement converti à l’Islam, le célèbre Tarik Ibn Zyad. Si l’Emir a pu rassembler autant d’hommes, c’est parce que les Wisigoths n’étaient pas populaires. L’armée d’Ibn Zyad, essentiellement composée de Berbères, d’arabes, de syriens, … des musulmans, mais également de juifs et de chrétiens, avait débarqué sur un rocher qui prendra le nom de Gibraltar, en arabe, Djabal Tarik, ou la montagne de Tarik. Débarquant sans difficulté sur l’Algésira, ils s’en emparèrent et avancèrent vers Cordoue et l’intérieur des terres pour se heurter plus tard à l’armée du roi Rodrigue.

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Bocage, a vida passada a limpo | Adelto Gonçalves | por Hugo Almeida

Bocage, a vida passada a limpo

Em pesquisa de grande fôlego, o escritor e pesquisador brasileiro Adelto Gonçalves recuperou dados da vida e obra, muitos antes inéditos, de Manuel Maria Barbosa du Bocage, o poeta que sonhava ser um novo Camões

Por Hugo Almeida

                                                 I

Com outras palavras, Jorge Luis Borges disse na apresentação de Vidas imaginárias, de Marcel Schwob, que a trajetória de uma pessoa está contida naquele tracinho que liga a data de nascimento à de morte. Ou, como escreveu Guimarães Rosa em Grande sertão: veredas, “o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia”.De certa forma, é isso que o escritor e pesquisador brasileiro Adelto Gonçalves, doutor em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP),mostra na biografia de Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765-1805),Bocage, o perfil perdido (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2021).

Em pesquisade impressionante fôlego, paciente,minuciosa,riquíssima em documentação inédita,Gonçalves recompôs em 520 páginasos 40 anos da vida intensa, agitada e contraditória do poeta que não realizou o sonho megalomaníaco de ser um novo Camões, mas entrou para a história da literatura portuguesa. O livro já havia sido publicado em Portugal em 2003 e foi aplaudido pela crítica especializada.

No prefácio da edição brasileira, Fernando Cristóvão, professor catedrático de Literatura da Universidade de Lisboa, resume em um parágrafo quem foi o poeta: “Bocage, alistado na Marinha, cursou a respectiva Academia, embarcou para a Índia, foi boêmio no Rio de Janeiro, passou três anos em Goa e Damão, desertou fugindo para Macau, regressou a Lisboa, onde a vida livre e as sátiras o atiraram para a prisão e o hospício. Morreu doente e pobre, traduzindo nos seus versos a sua vida e o seu tempo”. Cristóvão ressalta a importância de Bocage, o perfil perdido: “Foi para historiar e elucidar as contradições e lances da biografia do poeta que Adelto Gonçalves se abalançou a uma pesquisa aturada e sistemática, de que esta publicação dá conta”. E completa: “O excelente trabalho de agora vai desde o traçado da árvore genealógica da família de Bocage até ao final dos seus dias, facultando-nos abundante documentação”.

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«A Mãe Igreja na Serra de Aire – Uma descoberta de Alcanena a Fátima» |  Inês Santos e Rosa Neto

“A Mãe Igreja na Serra de Aire – Uma descoberta de Alcanena a Fátima” é uma edição de autor, escrita em coautoria por Inês Santos e Rosa Neto, duas catequistas do Covão do Coelho, diocese de Leiria-Fátima, concelho de Alcanena. A obra teve a sua génese nas sessões da catequese com a preparação dos jovens para a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, mas com o tempo ganhou maiores contornos.

A apresentação pública está para breve, em Minde e no Covão do Coelho, mas o livro já está à venda: online na BookMundo; diretamente às autoras*; entretanto na FNAC. Pagos os custos da impressão, todo o ganho com a venda da obra será entregue à Paróquia de Minde, para ajuda à aquisição de um sistema de som para a capela do Covão do Coelho.

O prefácio é assinado pelo padre Sebastian Joseph, sacerdote indiano da Congregação do Verbo Divino e pároco de Minde e da Serra de Santo António, para quem o livro “vai despertar muita curiosidade”. Isto porque, refere, “para os mais velhos é uma recordação daquilo que foi ou já existiu e para os mais novos um convite a manter as belas tradições, devoções e a revivê-las”.

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