Citando André Macedo in “Diário de Notícias”

(…) O antigo e o atual primeiros-ministros encontram-se no avião. Têm duas horas de viagem pela frente. Podiam falar. Além dos embates televisivos, será que alguma vez se sentaram sozinhos e trocaram ideias? Não haverá até benefícios mútuos e coletivos? Não há aqui um dever político de relacionamento? Um protocolo que se deve manter até quando tudo arde? Eu diria que sim. Há uma obrigação de convivência institucional que, a acontecer, nos tornaria a todos um pouco mais cooperantes e, por isso, confiantes. Não é hipocrisia, é um dever de salubridade. Num país onde há cada vez menos confiança nos políticos, onde é tudo reduzido a escaramuças partidárias, pobreza e vingança, havia naquele voo de Paris uma oportunidade qualquer de normalidade – já nem digo de grandeza – que não se concretizou. Um à frente, outro atrás; um no presente, o outro no passado; ambos com o futuro incerto, como nós. Nem em business nem em económica, Portugal viaja no porão.

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3221955 … (FONTE)

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